Samsung é coerente com seu próprio discurso ecológico?

Então, levando em conta o lançamento do S22|S22+|S22Ultra hoje, a SAMSUNG reforçou a sua posição de preocupação com o meio ambiente, e que por isso mantém a atualização de 4 anos dos seus dispositivos móveis (smartphones, wearables e tablets), posição que ela já informou ano passado inclusive (conforme essa matéria do Tecnoblog informa).
Na teoria o discurso é lindo, mas agora eu levanto uma questão (que inclusive sugiro que o @higa qualquer momento questione a marca sobre): se a ideia é preservar a ecologia, e aumentar a vida útil dos produtos, pq no segmento de TV’s, segmento que um usuário (com poder aquisitivo) troca de TV de 5 em 5 anos, e outro ficam até 10 anos com uma TV, a Samsung não libera atualização do seu TIZEN pros modelos antigos, como liberar o TIZEN 2022 (aquele com conteúdo em tela cheia), pras linhas 2021 e 2020??? Isso não é obsolescência programada, ao contrário ao discurso da marca no Unpacked??

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Eu não sei como é o mercado de TVs e nem a política da Samsung em relação às suas TVs, mas tem algumas considerações a se fazer.
Primeiro que esse posicionamento público é algo consideravelmente recente, mas eles devem ter decidido por esse posicionamento internamente há mais tempo.
Segundo que quando lançam um produto, eu imagino que a empresa já tenha meio que definido e consolidado a decisão de quanto tempo vão dar suporte (podendo mudar no futuro, mas mudando pouco, talvez +1 ou -1 ano).
Terceiro, esse planejamento e decisão de tempo de suporte talvez seja decidido logo no começo do desenvolvimento do produto. Eu não sei com quanto tempo de antecedência eles começam o desenvolvimento de uma nova linha, mas supondo que são 2 anos, significa que a linha de 2022 começou a ser desenvolvida em 2020 e talvez nessa época a Samsung ainda não tinha definido esse posicionamento mais ecológico internamente.
Quarto, a Samsung é gigante e tem vários braços. A decisão pode demorar para ser adotada em todos os braços (se de fato for).

Com isso eu quero dizer que é possível que as TVs que começaram a ser desenvolvidas antes desse posicionamento interno dificilmente vão ter uma mudança de política de atualização (talvez com exceção da linha mais recente). Isso porque eles possivelmente precisariam remanejar pessoal para trabalhar na atualização de linhas de TVs que eles não tinham planejado manter o suporte.

Então eu esperaria um pouco mais para ver se a Samsung muda alguma coisa pra poder dizer com mais certeza. Talvez a Samsung não seja coerente mesmo, talvez ela só esteja adotando o discurso ecológico no braço de smartphones porque é o mercado mais notório em relação à troca constante de aparelho, não sei.

Agora sobre se não atualizar pode ser considerado obsolescência programada, eu não sei. Como não tenho TVs da Samsung e nem TV smart, eu não tenho experiência para apitar. Dito isso, minha opinião de alguém de fora é que a não ser que o sistema atualizado seja extritamente necessário para o uso da TV, eu diria que não, não oferecer atualização não é, necessariamente, obsolescência programada.

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Eu vejo hoje a questão dos SO das TVs o que via nos smartphones a uns 5~8 anos atrás, onde o hardware já era lançado defasado, que mal rodava as coisas do ano, é que mesmo que atualizada a experiência não seria boa, espero que daqui a uns 5 anos o hardware seja potente o suficiente pra rodar pó muitos anos sempre a última versão do software.

Mas eu faço um questionamento inverso, o que não roda no modelo 2020 que roda no 2022? Quais apps que estão faltando? Ou é só uma questão estética mesmo da nova versão?

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Ao meu ver, esse papo de ecologia é puro marketing MESMO… Se eles realmente se importassem com o meio ambiente, fariam programas de reciclagem real dos hardwares antigos. Mas isso custa dinheiro. MUITO dinheiro. E é um dinheiro que eles não pensam em investir nessa área porque essa área nunca terá o retorno do investimento. (aquele usar rede do oceano que afoga as tartarugas é marketing. Ou o material saiu mais barato que o normal)

Outra coisa que eles fariam era parar de economizar no hardware… existem TV Boxes de 2020, por uns 400 reais (no BRASIL, depois dos impostos), que tem hardwares mais parrudos que as TVs de 2022… Entendo que TV lowend tem de cortar em alguma coisa, mas é complicado tu comprar algo com hardware de 2018 em pleno 2022 com um OS pesado dando a impressão que o hardware é dá época dos 8 bits…

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Não existe preocupação com meio ambiente. Isso é apenas greenwashing.

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Aparentemente, todos os apps de streaming de jogos em nuvem: o Google Stadia(esse n faz falta, pq não está no BR) e Nvidia Geforce NOW!!!

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Ecologia só interessa de verdade pra maioria quando bate no bolso (i.e. quando a opção mais econômica é a opção ecológica/que gasta menos).
Tipo lâmpada LED.

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Eu troquei pra led por outro motivo: o branco das leds me pareceu mais branco que a das fluorescentes. hahaha

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Temperatura de cor é um conceito que muita gente tem dificuldade, sabe…
(mas aposto que suas fluorescentes eram 4000k ‘branco neutro’ e as LED que você comprou são 6500k, ‘branco frio’)

https://twitter.com/evefavretto/status/1479214912203276290?s=20&t=PfhLsK9iQ8TPWqPCXfRn-Q

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A LED que eu tenho no quarto não é o branco azulado. É uma de 45W 3500K/4000K/4500k Philips que eu comprei faz uns 8 anos (não é equivalente à 45W, realmente consome 45W e equivale à uma de 200W incandescente, segundo a embalagem), branco natural.
Queria mais umas, mas to com problema para achar outras do tipo… a da sala é 6500k e ela me incomoda. hahaha
Pior que tava procurando o modelo, mas não acho. Essa aqui não é pequena, ela, sem zuera, tem uns 30 cm de tamanho.
É essa aqui, mas versão 45W (ou 35W, mas tenho quase certeza que é 45W):
image

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meu deus mas você tem seu sol particular

Se você visse as G9 de 7200k que eu tinha na sala (começaram a dar problema, troquei), você ia ver o que era azulado

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É pra iluminar uma casa ou um bairro?

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Kkkkkkkkkkk
Kkkkkkk

@Keaton

Tb acho, mas a população também teria que ajudar
O nível de educação, conscientização, coletivismo e respeito teria que melhorar bastante

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Empresa não é amiga de ninguém.
Empresa não quer o seu bem.
Empresa não se preocupa com a sociedade.
Empresa não liga para sua cor de pele.
Empresa não liga para o aquecimento global.
Empresa não liga para nada, além de fazer dinheiro, o “como?” não importa, é justamente por isso que existe vários tipos de empresas, além de muitas delas estarem a margem da lei.
Empresa só faz algo se esse algo der dinheiro, e só para de fazer algo se esse algo der prejuízo.

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Eu não enxergo muito bem em ambiente mais escuro e eu usava o quarto pro ead. Haha
(Além dessa lâmpada, ainda tem uma luminária de 4w na mesa hahaha)
Mas enfim virou off hahaha

Um quarto de no máximo 20m, mas acho que 15m nunca medi

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Mas esse é o motivo de qualquer empresa privada: dar lucro.
Já fazer qualquer coisa, eu sei que o Brasil desanima, mas existem leis pra ser cumpridas. Nem tudo que se faz é errado.
Mas o que se faz normalmente não aparece pois é feito na surdina.

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A resposta não oficial e simplista é que agregar valor em TV é muito mais difícil que em celular, já que o consumidor médio não consegue avaliar qualidade de imagem (porque não tem muitas referências) e muito menos de som, então o jeito é tentar se diferenciar em software e outros recursos extras, como um controle remoto solar ou um design ultrafino para impressionar na loja. Se uma TV de 2014 rodasse perfeitamente um sistema operacional de 2022, as pessoas teriam um motivo a menos para comprar outra TV. Sim, não é nada sustentável, mas é como empresas funcionam.

Indo além e procurando uma resposta mais lógica, se a gente olhar a margem de lucro de TVs, é um troço meio apertado. E, apesar de as fabricantes não falarem com todas as letras, a verdade é que TV de entrada não dá lucro, por isso tem tanta campanha de marketing direcionada para modelos de alto valor (como Neo QLED, QNED, OLED, etc.), ainda que eles representem uma fatia pífia do volume de vendas. Se a margem já é baixa, tem que cortar onde dá. E as pessoas não compram TV pensando em atualização de software (que gera custo de desenvolvimento), ou seja, é um dos lugares mais fáceis de cortar. Também dá para economizar um pouco no design, no alto-falante integrado e nas conexões, mas na tela, que é o componente mais caro, não tem muito o que fazer.

Pelo que converso com executivos da indústria, tem também uma questão de limitação de hardware, principalmente quando há mudanças significativas, como o Tizen desse ano ou o WebOS do ano passado. Os componentes saem meio que sob medida para cada segmento de TV, então a experiência ficaria muito ruim com hardware velho.

E aí voltamos no mesmo ponto de sempre: compensa pagar desenvolvedor para ficar otimizando software para TV velha? Quando a gente olha para a política de atualizações de Android da Motorola (que piorou absurdamente nos últimos anos) e as vendas não mexendo nenhum pauzinho (muito pelo contrário, a marca só cresceu), isso é um argumento forte contra atualizar equipamento antigo.

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Perfeita a colocação.

PS: Eu leio todos os comentários do Higa com a voz do Higa.

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Acho que tá aí um diferencial que poderiam oferecer nas topo de linha como fazem nos celulares, garantia de atualização, hoje uma das coisas que mais me desanima em pegar uma TV topo de linha é saber que o software dela vai fica obsoleto logo.

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Tá aí algo q não me incomoda, pois consigo dar sobrevida através de chromecasts, rokus ou apple tvs e xiaomis boxes e amazon fires da vida.
Tanto q minhas TVs são de 12 anos atrás (as dos quartos). E a da sala é mais nova, mas ainda tem atualização.

Acho q esse mercado de TV e também de smartphones precisa dar um passo à frente.
Hoje eu tenho um computador desktop ou note e instalo Windows, Linux, até MacOS se quiser. Essa dependência de sistemas e da boa vontade do fabricante em atualizar incomoda, mesmo com os aspectos elencados pelo Higa, q fazem todo o sentido.
A empresa quer lucrar, o consumidor não quer trocar todo ano. Tem q haver um meio termo.

Eu vi uma pesquisa aí q diz q a maioria das pessoas assiste a streamings pela TV. OK! Mas mesmo assim, hoje não preciso ficar preso a ela - tanto que assisto muita coisa no smartphone, por mera comodidade (até sentado no vaso sanitário…rsrsrs).

Aí vcs vão me falar da qualidade da imagem. Ok, dá pra sentir diferença num 4K, ou numa TV OLED, sem dúvidas. Mas não sei se isso é definidor pra me fazer trocar de aparelho. Minha velhinha FullHD continua me atendendo muito bem.

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