Camaradas, vocês tem que parar de usar a palavra “randomização”. Existe uma palavra em português para tal, chama-se aleatório. Aleatório, aleatória, aleatoriedade.
Randomização
é uma palavra que existe no dicionário português.
Mas concordo que deveriam (em geral) pensar um pouco mais antes de aportuguesar palavras.
Já vi, acredite se quiser, scrollar
, se não me engano num texto aqui no Tecnoblog.
Outro dia apareceu um buildar
aqui que me fez contorcer um pouco, mas enfim.
É o processo de modificação que todas as linguas vivas passam.
Uma é um verbo e a outra um adjetivo.
Pelo bem ou pelo mal somos mto bons em abrasileirar as coisas.
“Randomização”, apesar de ter em dicionários, não é uma palavra em português, mas sim uma palavra emprestada.
“Performance” também é emprestada, mas parece que ninguém liga mais.
Acho até que temos que agradecer que os artigos ainda não estão sendo escritos usando dancinhas de TikTok.
[resmungos de velho]
heheheh
Um questionamento serio agora, qual seria uma fonte confiavel para verificar se uma palavra foi oficialmente incorporada a língua portuguesa brasileira?
Um exemplo pelo dicionário Michaelis com a palavra “performance”:
Repare que a palavra está em itálico e isso significa que ela tem um sentido especial, é uma palavra estranha e/ou estrangeira. E também tem a etimologia dela que é o inglês.
Desempenho já não está em itálico e a etimologia é outra:
engraçado que randomizar não está em itálico
Não fazia ideia que acidentalizar era o verbo sinônimo de randomizar.
Eu crente que tinham verbalizado o adjetivo “aleatório” e criado o “aleatorizar”, mas parece que não.
Acho que performance
está em itálico porque a palavra inteira, como é escrita em inglês, foi inserida no português.
Já a palavra randomizar
é aportuguesadaderivada do inglês.
Na definição do dicionário Michaelis:
ETIMOLOGIA der do ingl random+izar, como ingl randomize .
poluímos tanto o tópico original que ele foi dividido.
Reclama com o Japão, que usa palavras estrangeiras pra muita coisa que eles mesmo tem equivalente em nihongo.
Qual o problema exato? Um monte de palavra que a gente usa no dia a dia vem de outro idioma. Tudo depende da influência do país/idioma no momento.
Atualmente, somos influenciados por falantes de ingleses. Em outras épocas, isso já foi diferente.
Temos diversas palavras de origem francesa no vocabulário, como Sutiã, Batom, Abajur, Purê, etc e ninguém reclama. Isso aconteceu pela influência francesa da época.
Temos UM MONTE de palavras de origem tupi no Português também. Principalmente em frutas, animais e nome de cidades/estados. Isso vai ser um problema também? Abacaxi, amendoim, etc…
e assim vai.
Entendo quando é aleatório, e falam palavras como “mindset”, mas de resto… Palavras estrangeiras são sempre integradas a diversos idiomas.
Pelo comentário original, usar estrangeirismo quando já se tem um termo em português com o mesmo significado.
Um monte de palavras tem o mesmo significado, e foram incorporados no Português. O próprio OP usou “camarada”, que é de origem francesa/espanhola…
Tem que falar Porta-seios em vez de Sutiã? A palvra existe e tem uso em Portugal… As incorporações do inglês só são mais recentes, única diferença é essa.
Segundo a Academia Brasileira de Letras, na busca no vocábulo, a palavra Randomizar já não é mais considerada de origem estrangeira.
Ao contrário de Performance.
Fico imaginando se o OP usa a palavra ecrã no lugar de monitor ou mesmo rato no lugar de mouse.
Eu entendo a influência do inglês no nosso dia a dia, mas acho um saco…
Aqui em SP as pessoas do mercado corporativo usam tantos estrangeirismos, que tem hora q eu simplesmente não sei do q estão falando.
Tem coisa sim, q caiu no uso comum, tipo palavras como download, performance, etc
Mas tem outras q simplesmente são ridículas.
Outro dia alguém me pediu as red flags do processo. Eu entendi q ela queria os pontos de atenção. Mas era mais fácil falar “pontos de atenção”.
Aí cada um decide o seu próprio ponto de corte.
Se formos seguir essa linha ao extremo, ainda estaríamos falando o português de Portugal dos anos 1500.
Como eu falei no meu outro comentário, esse é o processo natural de transformação que qualquer língua viva passa.
Pô, é só se ligar no budget desse pessoal. Eles estão sempre no deadline do job, porque perderam muito tempo no briefing. Mas se já tiver over, uma call com os stakeholders resolve.