TSE avalia voto online ou por celular para Eleições 2022

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Segundo TSE, mudança no sistema de votação poderá acontecer se houver garantir de segurança, sigilo do voto e eficiência

Eu acredito ser viável e seguro tecnicamente o voto via celular, mas a questão não é essa. No Brasil, principalmente no interior, ainda reina o tal do voto de cabresto. Blockchain nenhum iria garantir a privacidade do voto em certas regiões.

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Como garantir o sigilo de voto e, principalmente, a liberdade de quem vota?
Fico imaginando algum vereador cadastrando o título de alguma população afastada e votando no lugar delas, em troca de uma cesta básica.

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Tinha visto uma reportagem falando que o sistema poderia deixar as pessoas votarem durante um período e não em um único dia e que elas poderiam trocar seu voto, isso ajudaria em locais que a milícia domina. O problema é locais em que pessoas seriam obrigadas a votar em candidatos apoiados por milicianos.

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Eleição online só deve ser feita em eleições presidenciais. Acho bem mais seguro e difícil de burlar.

Sobre o app, espero que tenha identificador facial em tempo real, mas parece bem difícil com a estrutura atual do TSE.

Ainda acho a opção de ir até a urna a melhor solução. Algumas coisas poderiam ser aprimoradas, como a urna em si.

Não deram conta do e-Titulo, agora imagina escalar isso para um montante significativo de pessoas aptas a votar no mesmo dia.

O acesso à internet poderia ser resolvido tornando a navegação no app gratuita, mas ainda não resolve o problema de locais que se quer tem conexão 3G. Ou luz elétrica.

A urna poderia receber algumas melhorias, como contar com a biometria integrada e após o voto, imprimir o comprovante de votação. Simplificaria o processo de mesários, exigindo menos pessoas, apenas o necessários para manter a ordem e segurança.

Fico muito em dúvida desse sistema on-line ser desenvolvido por uma empresa aleatória. Se querem implementar isso, deveriam buscar apoio de uma Microsoft, que já vem desenvolvendo um sistema nesses moldes.

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Os marketeiros já criam um monte de zapzap com vários celulares, imagine com os títulos.

Se for reconhecimento facial 2D, não serve pra nada. Resolvido esse problema (que envolveria criar um processo de recadastramento biométrico em massa da população, usando tecnologia de mapeamento de verdade, não só 2D) , e depois, como faz com quem não possui aparelho com hardware descente?

Continua com votação offline, ué. Não será possível ter em comunidades afastadas, então a regra pra eles deverá ser a mesmo.

Alguém explica pro desgoverno que cédula impressa != voto impresso… pqp
Ninguém quer a volta das cédulas impressas, a gente quer que o voto seja impresso para recontagem caso tenha problema…

Até pq o voto já é impresso ao final das eleições - o boletim dá o resultado final, por seção (mas não individualmente, q acho q é o q as pessoas querem) e fica pregado na porta da seção pra quem quiser conferir.

Alias, quase isso. Pelo que lembro, o pessoal queria que o voto fosse impresso individualmente para a pessoa conferir na hora e não levar para casa.

Não conseguiram nem fazer o e-Titulo funcionar como deveria, poucas pessoas conseguiram acessar/utilizar sem nenhum problema, quem dirá uma votação totalmente online e no mesmo dia para todos.

Acho a forma atual bem tranquila e rápida, não sei porque ficam caçando assunto, querendo alterar novamente.

Buscar novas soluções é sempre bom, agora ter pé no chão também. Não conseguem por em prática coisas básicas, vão conseguir mudar um sistema eleitoral em dois anos.

Antes de por em prática algo do gênero será necessário dezenas de testes em um ambiente real. Uma grande simulação de votação, com toda a população. Pra testar, fechar brechas, otimizar servidores … e educar a população sobre a nova maneira de votar.

Só o resumo, não o voto em si.

Não há como o eleitor e mesario garantirem que o resumo não teve avaria. O voto impresso seria mais seguros sim.

Você vota e o papel da confirmação do seu candidato cai na urna, ou seja, você viu de fato que o voto foi correto.

Aí só os mesarios compararem os votos de papel com o resumo.

É IMPOSSÍVEL garantir com total certeza que aquele resumo que sai ao fim da votação não foi manipulado

Por mais que eu defenda a modernidade, não vejo solução para essa questão da privacidade do voto online no nosso país, devido ao velho problema do voto de cabresto ou de ameaça, no caso de comunidades dominadas por criminosos, realidade bem comum aqui no Nordeste.

Só para vocês terem uma ideia da dimensão do problema: a diarista que trabalha aqui em casa mora numa das periferias mais violentas de Fortaleza, e ela comentou que os traficantes que dominam a comunidade estão ameaçando os moradores que votarem no candidato a prefeito que é ex-policial militar (Capitão Wagner), que vai disputar o segundo turno com o candidato apoiado pelo atual prefeito, atual governador e a oligarguia dos Ferreira Gomes, que controla o estado.

Como os últimos governos estaduais foram extremamente omissos na questão da segurança pública, não é difíci entender porque os criminosos não desejam que haja mudanças na liderança política, ainda mais quando um dos candidatos é um ex-policial.

Ela me contou a mesma coisa nas eleições em 2018, onde os eleitores do bairro onde ela mora foram ameaçados pelos criminosos e coagidos a não votarem no Bolsonaro, assim como aconteceu nas favelas cariocas dominadas pelo tráfico/milícias. Tenho conhecidos que moram em outras regiões periféricas da cidade e os relatos foram idênticos.

Se esses moradores já têm medo de represálias com o voto sendo secreto, imagina ter que votar pelo celular na presença de capatazes de políticos “fazendeiros” ou de marginais, muito complicado.

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Muito menos quando era votação em papel, onde os escrutinadores podiam alterar ou anular votos a bel prazer e isso acontecia direto.

A questão é q a urna pode ter defeitos e isso é inerente a qualquer coisa no mundo.
Mas é uma forma muito mais segura de votação, do que os papéis antigamente.
Mesmo que a urna imprima uma informação, não se pode garantir que o registro na memória seja o mesmo. E se essa forma de burlar fosse feito de forma ampla, geraria um caos tão grande, que não surtiria efeito, fora o trabalho q daria, com tanta gente envolvida.
Há outras formas mais simples de se comprar votos.

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Poderiam fazer um modelo híbrido, onde utilizando um tablet + sistema online (blockchain ou qualquer que fosse) e o local presencial da votação, nos moldes atuais, a fim de tentar coibir (apenas um pouco) o voto de cabresto.

Cada urna custa em torno de R$ 4.400, são grandes, difíceis de se transportar e ainda só podem enviar os votos no final do dia. Com tablets + sistema em tempo real, mesmo que a apuração não fosse disponibilizada (até por conta de coeficientes eleitorais que só são calculados no final), todo o processo seria mais prático. E em caso de algum problema com o hardware, é só pegar um tablet novo, o presidente da sessão “loga/autoriza” o novo e pronto.

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Excelente ponto. Se eliminar o voto presencial é quase impossível no nosso país devido aos motivos apontados, ao menos poderia se reduzir os custos com aquisição, manutenção e transporte de urnas. Um tablet com um sistema robusto e seguro seria suficiente, bem mais prático e barato.

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