Será quase impossível restaurar um celular Android roubado

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Isso pode até piorar. Os “oprimidos da sociedade (com apoio)” vão roubar e fazer igual carro e moto. Desmanche pra revender as peças

Já é assim com iPhone. Agora será com celular Android

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Se ferrar quem compra roubado já vai me deixar muito feliz :smiling_face_with_three_hearts:

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É possível fiscalizar e cobrar procedência das peças nas lojas de manutenção, já é alguma coisa.

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A maioria das pessoas vai no mais barato independente da procedência, infelizmente.

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É tanta segurança que o dono do aparelho, é constantemente tutelado por uma Big Tech como se criança fosse, mesmo quando é o proprietário e pagante do aparelho. Coincidentemente encontrei a nota fiscal do “meu” Nokia ontem, mas “pra minha segurança” não posso deixar o “meu” smartphone sem um bloqueio de tela (senão não posso usar internet banking), nem usar o CX File Explorer para copiar “meus” sketches do Sketchbook para “meu” laptop via SSH porque o Android data é inacessível “para minha segurança”.

É tanta segurança, em reconhecimentos faciais por exemplo, que o próprio “dono” do rosto não consegue passar pela validação facial, seja num Android ou num Gov.br (embora isso não tem a ver com “Android” mas tem a ver com o “Para Sua Segurança”).

Aí eu penso: “vou jogar o smartphone na parede e viver como um Luddite”. Não posso, “Para Minha Segurança” eu preciso ter um Pix porque estabelecimentos cada vez mais não aceitam mais dinheiro físico (e agências bancárias cada vez mais estão sem dinheiro em espécie para saque). Cartão? Muitas vezes é bloqueado para ser liberado pelo… app do internet banking!

Toda vez que vejo essas coisas hipócritas de “Para sua segurança” de Big Techs, corporações e governos, eu olho pro cemitério e penso: “que lugar tranquilo para eu morar, não preciso ser protegido ali”.

E não, essas medidas “Para sua segurança” não vão acabar com furtos e roubos. Biometria/PIN? Um cano metálico encostado na cabeça da maioria das pessoas rapidamente resultará em um celular sendo desbloqueado. Qualquer deslize (ou tentativa de ser “esperto” e usar um PIN secreto de emergência), o cano vai literalmente esquentar.

Assaltantes não roubam mais celulares apenas pelo celular, mas pelo que tem dentro, e se as medidas “Para Sua Segurança” efetivamente atrapalharem o criminoso que pegou um smartphone, então o criminoso vai usar o próprio “dono” do aparelho. O resultado? Um aumento dos sequestros relâmpago, roubos e latrocínios. Não, o assaltante não vai olhar para um mundo distópico orwelliano onde tudo é milimetricamente protegido e vigiado e pensar “Huh, acho que vou parar de assaltar, vou trabalhar”. Só no mundo de Alice no País das Maravilhas que muita gente vive achando que é real.

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Nunca se trate <3

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É por isso que eu não julgo a Apple colocar empecilhos no sistema quando uma peça não reconhecida é instalada no aparelho.

Se todas as fabricantes fizessem igual e de forma ainda mais rigorosa (tipo, não permitir que uma peça de um aparelho seja usado em outro), queria ver o plano de fundo depois…

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O problema é que isso é uma típica solução “Problema XY”, onde ocorre uma solução, aparentemente correta, para o problema errado, trazendo assim mais problemas.

Um deles é financeiro. Qual será o custo de uma “reposição original”, o preço de um novo aparelho? Compensará comprar outro e descartar o anterior, mesmo pra quem tem grana para queimar. Se somente “peças autorizadas” podem ser usadas, isso vai ter um custo, e um custo maior. Peças “não reconhecidas” não são sinônimo de “peças receptadas”, mas quem determina a distinção diso é quem também determinará os preços das peças “reconhecidas”. Aparelhos bons acabarão descartados.

Isso leva a outro problema: o ecológico. Nem todo mundo nem todo lugar que tem pontos de coleta de e-waste para reciclagem dos metais pesados e terras raras presentes nos dispositivos descartados. Portanto, a probabilidade de esse dispositivo parar em um aterro é enorme… se é que vão parar em aterros e não em locais habitados por outras espécies, o que já tem ocorrido com outros descartes humanos.

Junte isso com as atualizações e depreciações (obsolescência programada) cada vez mais frequentes, e o Planeta Terra está virando um “lixão para as bugigangas humanas”, em grande parte devido à ganância e distopia tecnológica.

Os governos, corporações (Big techs) e seus fandoms esquecem é que, antes de qualquer “Ação Humana” (título da obra de Mises), faz-se necessário um Terrarium minimamente em equilíbrio que sustente a existência biológica perante a inospitalidade e indiferença cósmicas. E as ações humanas atuais têm rumado a um desequilíbrio desse Terrarium. Em partes, devido ao suposto “combate à insegurança” que leva a obsolescência de hardware e software, parte do problema que essa solução do Android inevitavelmente trará. Como diz o ditado: “Descobre-se um santo pra cobrir outro”.

Se Mãe Gaia voltasse à Era Hadeana mesmo que por míseros segundos… não haveriam humanos pra contar a história do “Dia em que a Terra parou (…para os humanos, porque Deusa Gaia continua muito bem obrigada)”.

Sundar Pichai, Tim Cook, Elon Musk e companhia, não são absolutamente nada sem o constante habitat que não podem replicar em laboratório. A tecnologia humana não irá proteger os humanos de um cataclisma e de uma extinção como espécie… e nem deles mesmos.

Faz sentido sua análise. Não tinha pensado a fundo nesse sentido. Mas também gosto de me atentar para a qualidade do aparelho com peças trocadas. Vejo muita gente usando, por exemplo, carregador falso. Sim, às vezes é pela falta de condições de comprar um original. Mas aí entra o “barato sai caro”, pois ele acaba com a bateria original do aparelho, e lá se vai a pessoa querer trocar a bateria também, e aí gera um problema, que gera outro, enfim…

E sobre esse argumento:

Se o único encaixe de uma peça que daria certo num aparelho for a original da própria assistência, o Governo iria intervir, se não geraria algo parecido com venda casada. Então não acho que as empresas poderiam ser abusivas (e nem sei se isso seria possível).

Enfim, são muitas possibilidades…

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Por um lado, sim, o barato sai caro.

Mas o caro nem sempre justifica ser caro: um carregador da Apple é feito na China, às vezes até na mesma planta industrial que um carregador paralelo… mas o primeiro sairá mais caro porque é “certificado pela Apple”. E, no fim, baterias em específico já vêm com um problema de eventualmente acumular reações químicas irreversíveis que afetarão a quantidade de carga a longo-prazo.

Um carregador de má qualidade vai, obviamente, exacerbar esse problema, que se apresentará em menos tempo, mas não significa que um carregador original vá evitar algo da própria natureza da bateria de lítio, para o qual soluções existem mas ainda não são implementadas na prática (em partes porque… acionistas).

Bastaria um lobby daqui, uma propina dali, uma ameaça capitalista (“ovôsaí do país”) de lá, e os governos geralmente abrem exceções, ou então a legião de advogados encontra um loophole dentro do arcabouço de leis mal-feitas.

E outra: essas Big Techs (dentre outras corporações) têm cacife econômico suficiente pra influenciar ou até mesmo controlar, direta ou indiretamente, órgãos internacionais como IEEE e afins, que criam e mantém os padrões tecnológicos usados pela indústria.

Um padrão “aberto” não necessariamente será “universal”: basta uma empresa fazer lobby por um padrão tão amarrado em requisitos técnicos (como tamanho de litografia) que, na prática, só ela e talvez outros concorrentes-amigos tem à disposição, e haverá um loophole legalizado de cartel/monopólio.

Mas aí já estaríamos partindo pra um outro lado da questão e fugindo um pouco do tópico.

As empresas já vão lucrar de qualquer jeito. É utópico pensar numa grande reviravolta do mercado. É muito mais pé no chão se ater ao que criminosos podem ou não fazer. Se eles roubam pra desmanchar e vender peças, é pq tem como dar uma utilidade para tais peças. Com a intervenção das próprias empresas (sim, ela definiriam os preços das peças, mas isso não é lá muito diferente do preço dos próprios aparelhos), eu não creio que ladrões continuariam roubando tanto assim. Afinal, ladrão rouba pra ganhar, não por pura maldade (pelo menos a esmagadora maioria).

O desgaste natural do aparelho já existe, com ou sem essa hipotética intervenção. Não consegui encontrar dados de aparelhos com defeito que foram levados para substituição de peças, mas com relação a aparelhos roubados, foram mais de 900 mil em 2023 no Brasil. Se esse número é bem maior do que o de aparelhos que precisam de conserto, eu vejo mais vantagem que desvantagem pro consumidor, se houvesse o controle de peças.

A minha maior dúvida é se tem realmente como fazer isso (inutilizar peças de celulares roubados).

A UE não curtiu seu comentário.

As lojas de procedência com certeza…mas… acho que nem todos tem condição de pagar os serviços de uma. Solução, recorrer na loja de quintal, eles vão comprar.

Eu prefiro que seja assim, o uso fica mais restrito