Rappi é condenado a contratar todos os entregadores pela CLT

Que bom.
Pena que não deve durar, provavelmente vão conseguir reverter a decisão em uma instância superior.

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Vai e vem infinito, semana que vem é a vez de postar algo sobre uber, ou 99, ou ifood…

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Por mim ainda pagavam todo os beneficios retroativamente. usaram meus dados para se passar como entregador e eles nao fizeram nada para resolver. que paguem muito!

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Entregadores geralmente trabalham para mais de uma plataforma ao mesmo tempo, justamente por serem autônomos. E agora?

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Se isso acontecer de verdade é a melhor notícia do mundo pra restaurantes. Se isso fizer os entregadores serem mais compromissados, responsáveis com a entrega e trabalharem exclusivamente na entrega designada o Rappi sai ganhando. Hoje eles escolhem corrida, fazem pausa coordenada pra subir o preço da entrega, fechando restaurantes por falta de entregador.
No meu restaurante e todos da regiao temos 4-7% de roubo de pedidos por dia.
Rappi absorve parte dessa perda. Além de comida que chega fria por estarem usando duas contas em celulares ou partições diferentes. E de serviços distintos. Que também gera restituição do dinheiro pro Rappi.
Certeza q os encargos trabalhistas são menores doq as perdas.
Rappi deve contratar CLT com todos os direitos.
Mas com todos os deveres também dos entregadores. Aceitar todo pedido que mandam (no meu trabalho eu não posso escolher quem atender, entrou tem que fazer). Ter mais atenção com as entregas. Mais respeito com o restaurante e com o cliente. Enfim…

Mas jamais vai ocorrer isso.

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Por que você não contrata, via CLT, entregadores para entregar seus pedidos e não passar por esses transtornos todo?

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Sério, jovem, que pensa assim?

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Sim e isso acontece pela precarização do trabalho, a desculpa é que todo mundo vai ter trabalho com menos direitos: a realidade é todo mundo trabalhando em vários empregos e ganhando ainda menos e sem poder reclamar porque vai pra rua.

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Olha o lado dos dois, vc entregador vai ter um emprego fixo, com salários, jornada fixa e deveres na entrega. Para o restaurante vc tem a certeza que a comida vai ser entregue, pode cobrar o entregador pela qualidade do serviço. Ganha ganha.

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Não existe vínculo trabalhista aí… é juiz querendo aparecer.

Pra ter vínculo, é necessário ser não eventual, subordinado, pessoal e com pagamento de salário (os quatro quesitos).

Entregadores, motoristas e tudo mais tem liberdade de trabalhar a hora que bem entender (trabalho eventual), podem escolher que entrega/corrida fazem e ter cadastro em quantos aplicativos quiserem (não subordinado) e se não aceitar, o aplicativo manda pra outro (não pessoal). E claro, como o pagamento é feito por serviço prestado, não há salário.

“Ain, mas não tem proteção”. Todos os aplicativos mais conhecidos (Rappi, iFood, Uber, 99, etc) tem seguros que cobrem despesas com acidentes ou até dão subsídio pro entregador/motorista caso ele fique impossibilitado de trabalhar. São mais completos que o INSS inclusive. Aposentadoria? É só pagar como autônomo. Sempre foi possível.

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Nesse assunto já fizeram alguma pesquisa entre os entregadores pra saber a opinião deles?

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Entregadores não querem, justamente porque acaba com a autonomia. Não conseguem mais trabalhar a hora que quiser nem prestar serviço a mais de um aplicativo.

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Você acha que os entregadores fazem menos de um salário mínimo trabalhando em várias plataformas autonomamente?

Porque se for CLT vai ser salário mínimo, limitado a uma empresa só. Não entendo como isso pode ser favorável pra eles. Vai acabar com a autonomia e versatilidade que eles tem. Sem contar que muitos tiram o sustento da família dia após dia. Se for esperar pelo tal do 5⁰ dia útil…

Cara, não sei. Mas Imagino que para esse assunto só seria válido debater com quem rala nessa área, só quem está na pele pra saber.

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Tanto é que a ação da notícia não partiu de um entregador, mas do MPT

Conversei com um uma vez que disse que tirava em torno de 3k, mas não sei o custo que ele tinha. Sem contar que ele tinha outro emprego durante o dia.

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Onde o poder público se mete, geralmente dá merd@.
Será que os entregadores querem essa mudança? O que atrai eles não é justamente o fato de não ter vínculo, trabalhar quando quiser, ter flexibilidade, poder ser parceiro de mais de uma plataforma?
E olha o que o magistrado alega: que os caras tem que seguir regras? Imagina um entregador chegar na sua porta mal vestido, fedendo a cigarro, sujo, moto suja. Qual o problema em seguir regras?
Eu prevejo esses serviços de entrega, transporte de passageiros e de encomenda que trabalham com parceria entre plataforma e autônomos com veículos particulares indo embora do Brasil. E aí, vamos ter um monte de pai de família sem renda, indo atrás dos programas sociais do governo.
Mas com esse governo o plano sempre foi esse: quanto menos gente com sua independência financeira, melhor. Quanto mais gente tendo o Estado como único provedor, melhor

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Independente do mérito da decisão ser correta ou não, algo deveria ser debatido tbm: querem colocar uma exigência que praticamente inviabiliza entregadores autônomos no Rappi, mas não tomaram a mesma decisão com o iFood, com a diferença que o Rappi, mesmo sendo o 2º maior player do segmento de delivery, tem 10% do mercado, e o iFood, tem, em média, 76%, sendo líder com ampla margem.


Aí eu pergunto: querem entregar o monopólio de vez pro iFood?

É para uber, ifood e rappi, só pesquisar.

@Emanuel_Schott @MalarKeY

O discurso oficial de “você trabalha o quanto quiser, faz seu salário e não tem chefe” é tentador, mas depende de uma pirueta argumentativa para esconder que, sim, quem dirige ou pedala tem chefe. E não é um humano, mas o algoritmo por trás do aplicativo que vai lhe enviar corridas, entregas ou vai limá-lo da plataforma. […] Quem ganha com esse de modelo de negócios são os clientes (que pagam muito barato por corridas), os executivos (com seus salários polpudos) e os investidores (que esperam uma taxa de retorno violenta no IPO). […] O principal prejudicado na história é o motorista/ciclista/motociclista. Neste modelo de alta rotatividade, o profissional se torna descartável. É muito fácil perder a vaga caso as vontades algorítmicas não sejam cumpridas. Então a maioria, sem muita opção, se sujeita a elas.

Temos então um batalhão de trabalhadores não apenas insatisfeitos, mas esgotados. Quem nunca pegou uma corrida de app com o motorista claramente virado da noite anterior? Muitos reportam problemas de saúde mental, como agressividade, ansiedade, ataques de pânico e burnout pelas horas excessivas. A responsabilidade pelas ferramentas de trabalho é 100% do fornecedor, o que faz com que as ciclovias de São Paulo estejam apinhadas de entregadores com as bicicletas laranjas do Itaú. Quando o app cria uma nova promoção ou serviços mais baratos, o espremido da história é sempre o trabalhador. Spoiler: quem custeia esse hambúrguer mais barato no seu prato ou a corrida com outras pessoas no carro? Raramente o app. É um jogo onde a banca sempre leva

Corte do tecnocracia de 2019. Maioria daqui do fórum fala sem saber de nada, não são entregadores e nem sabem se realmente é isso que os entregadores querem ou não. No fim das contas o que a gente quer mesmo é a entrega barata bancada por dinheiro de venture capital, não importa quem vai na sua porta deixar a comida ou dirigir com preço mais barato que o custo da gasolina.

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Provavelmente foi algum sindicalista, certo.

Olha aqui essa pesquisa:

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