O smartphones ficaram bem “smart” mesmo, acumularam diversas funções, viraram câmeras fotográficas, filmadoras, videogames, editores de mídia, comunicadores, GPS, midia players, além de fazer ligações.
Mas erá que precisamos realmente de um aparelho que execute tão bem, quase profissionalmente todas essas funções?
Hoje utilizou um intermediário, eu não jogo muito, mas se quiser jogar, é possível (Mi A2). Consumo bastante conteúdo de audio/video, acesso documentos, tiro boas fotos. Não estou vendo muita necessidade de upgrade nos próximos anos.
Existem tantas marcas e opções de aparelhos Top atualmente, será que essa demanda que existe é desnecessária? Ou será um pouco (ou muito) de ostentação?
Wardz_de_souzA
( • 令和 • Ward'z de Souza 🇯🇵🎌🦊🔥 - Risonho e Límpido)
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Eu sou heavy user, então o celular intermediário pra mim não seria suficiente.
Além disso, eu costumo demorar muito, muito mesmo, pra trocar de celular.
Se nada de ruim acontecer com meu aparelho, eu fico com ele por 4/5 anos facilmente.
Meu último smartphone foi um Lumia 930, em janeiro agora, a Pitzi trocou ele pelo A30s (sob meu protesto, já que o Lumia era um high-end e o A30s é um intermediário), eu tinha o Lumia desde 2015.
Essa é uma visão mais presente em um país como o nosso. Onde um aparelho chega por absurdos 6/8/10/12mil, e é inevitavelmente taxado de artigo de luxo, ostentação. Sendo que lá fora o atendente do Mc donald’s só precisa trabalhar 4 dias para comprar um iPhone top de linha.
Eu uso iPhone e não faço por ostentação, sempre gostei do sistema e da marca. Para meu padrão de exigência, usar um intermediário seria uma tortura.
Hoje não se trata mais de esse smartphone faz a mesma coisa que o top de linha (similar a analogia de que qualquer carro leva o passageiro ao mesmo lugar, que uma Ferrari). Então a diferença está mais nos detalhes.
No mais é mais uma questão de disponibilidade financeira, desejo de ter o melhor e necessidade real.
Smartphones de longo prazo(na minha opinião): Samsung(se não enganado, vi num site tech que atualizará seus produtos top de linha por 3 anos), Google Pixel, OnePlus e Apple – de longe, a melhor em suporte a longo prazo de atualizações – 5 anos!
@Wardz_de_souzA essa é uma ótima justificativa e aproveitamento de aparelho.
Mas vejo muitas pessoas trocando a cada 1 ou 2 anos um top por outro, sendo que usam apenas recursos simples. Imagino quantos % de pessoas que possuem o top que não precisaram nem ter ou trocar? Deve ser um numero alto.
@Douglas_Knevitz acredito que no seu caso seja por preferencia de sistema ou marca, devido a qualidade, eu entendo. Mas independente da realidade financeira, há muitos players no mercado com produtos nessa faixa, por um lado eh bom porque competitividade puxa a solução tecnológica, por outro, acho que muita gente é levada pelo desejo ou propaganda.
Acho que nunca cheguei a 5 anos com um aparelho, ou foi problema de tela, ou bateria, ou sistema, e já perdi alguns TB. Se eles fossem modulares talvez pudessem durar mais tempo mesmo, se compensasse fazer reparo ou upgrade.
Smartphone não é PC. Tudo é custom build. Todas as peças tem integração total com o software. Se um fornecedor não atualizar o driver, já impossibilita migrar de Android. Agora imagina o caos de compatibilidade de componentes. Fora espaço interno para componentes modulares. Com conectores amigáveis para o leigo. Resistência IP já era, sem dúvida.
Tô com um S8+ e vou usar até se esfarelar na minha mão. Paguei 3 mil nesse, e não pretendo pagar mais do que isso no futuro. Essa faixa dos 6 mil reais eu quero passar beeem longe. Melhor investir em equipamentos de áudio pra trabalhar.
Eu tenho acesso fácil a esse tipo de produto por causa do trabalho, o que talvez colabore com o que eu penso sobre o assunto: ninguém precisa.
Ao mesmo tempo:
ninguém precisa de um carro de R$ 800 mil
ninguém precisa de um apartamento de R$ 3 milhões
ninguém precisa de uma moto de R$ 100 mil
ninguém precisa de uma obra de arte
ninguém precisa de uma joia
ninguém precisa voar de classe executiva ou primeira
É tudo supérfluo, você pode viver perfeitamente sem ou com um equivalente de preço menor.
Mas as pessoas têm desejos. E cada uma tem suas preferências e exigências. Algumas querem ter uma câmera melhor ou gostam de um sistema operacional que só está nos produtos mais caros, por isso elas pagam mais.
O tema da ostentação sempre aparece numa discussão dessas, o que é normal em um país tão desigual, mas o que precisa ser pensado é:
Ostentação não é sustentável a longo prazo. Se a pessoa tenta manter um padrão de vida mais alto do que as condições financeiras permitem, ela quebra e volta pior do que estava antes.
Tem muita gente com muito dinheiro no Brasil. Muito se fala dos 1% mais ricos, que ganham sei lá quanto dinheiro, mas talvez não se fale que 1% da população brasileira dá 2,1 milhões de pessoas. É gente pra cacete.
Eu sempre penso que não se deve gastar dinheiro com o que você não precisa para impressionar alguém que não te importa. E, na real, ninguém precisa de nada.
Mas se comprar um celular de R$ 7 mil te faz feliz e suas condições financeiras felizmente te permitem isso, bicho, vai lá e compra. Você não deve nada a ninguém, não tem nada de errado nisso.
E se você fica satisfeito com um celular de R$ 1,5 mil e pode pagar por isso, tá ótimo também!
O produto vai existir enquanto tiver demanda pra ele.
Equivalente quase ao número de habitantes em Sergipe — exatos 2,3 milhões em população! Para mim, um smartphone básico atenderia-me bem, mas fica faltando certos recursos que seriam altamente úteis: Bluetooth 5.0, Wi-Fi ac dual-band, giroscópio e NFC; caso estivessse assim, estaria muito realizado; infelizmente, ficam devendo em muitos smartphones!
Nunca tinha olhado por esse lado… se apenas 1% dessas pessoas comprasse um telefone de 10 mil reais, já seriam 210m movimentados… nossa. Acho que minha conta deve estar errada.
Depende muito do que você quer dizer com “precisa”.
“Precisa” no sentido de “ser necessário para sobreviver biologicamente”, ninguém, porque pra isso o que precisa é praticamente só comida e água.
“Precisa” no sentido de “ser necessário para ser um cidadão funcional na sociedade atual”, provavelmente quase ninguém.
“Precisa” no sentido de “preencher o vácuo existencial que o sistema capitalista insiste em pregar que só pode ser preenchido fazendo compras e mais compras”, provavelmente muita gente.
Também não vejo como uma questão de “precisar”, contudo, eu compro o top de linha pois ele tende a resistir por mais tempo.
Meu antigo smart era um MI5, durou 4 anos. Só não fiquei mais com ele por causa da bateria.
Mês passado peguei um Mi Note 10, “quase” top de linha, mas com uma bateria gigante, e que espero que dure os mesmos 4 ou mais anos.
Olha, não sei você, mas já viu chinês indo as compras ? É mais consumista que americano. Lá as coisas esgotam da prateleira em horas. A própria cymye já falou isso diversas vezes.
Essa noção romântica do capitalismo malvadão do século 19, não dá mais.
Oi @higa, nossa, muito bem colocado, esses números mostram bem isso.
Eu acho importante pensar dessa forma, no meu caso, sou, ou me considero, de certa um pouco minimalista. Pra mim basta uma pequena quantidade de roupas, uma TV na casa apenas, carro único popular para a família, etc… mesmo que seja possível ter mais. Dessa forma não sofri tanto na pandemia quando outras pessoas, porque não tenho contas altas para pagar, me deu mais segurança num momento como esse, mesmo perdendo renda. Aqui não incluo pessoas de baixa ou mínima renda, porque para eles sim é totalmente desigual comparação.
Não vejo problema também em adquirirem aparelhos caros, que muitas vezes justificam esse preço pelos recursos, outra não, é só posicionamento de mercado.
Vejo pessoas que seguem esses desejos, gastam muito em um aparelho caríssimo, depois quebra o vidro e fica anos com o aparelho quebrado porque custa o preço de um intermediário o reparo.
Agora, um numero que não temos, talvez fosse possível levantar com uma enquete (existe isso aqui no Discourse?) é quantos desses aparelhos Top são subutilizados ou desnecessários?
É claro que as empresas vão querer vender, existe esse mercado e no mínimo é bem explorado.
Pior que isso nem me surpreende mais. hahaha
O Brasil é a terra dos parcelados e também dos iPads/iPhones* pagos com Bolsa Familia fraudado… (*não só isso, já teve caso de casamento no exterior pago com Bolsa Familla… só procurar)
[E não, antes que alguém pergunte, não eu não sou contra o Bolsa Familia. Sou contra o pessoal que não precisa ficar fraudando o Bolsa Familia]