Projeto de privatização dos Correios coloca Anatel como agência reguladora

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Proposta do governo federal permite a exploração de serviço postal pela iniciativa privada e criação da Correios do Brasil S.A.

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Vai privatizar, mas não vai privatizar. Economia mista o país continua detendo a maior parte da empresa. Só vão quebrar o monopólio de correspondências (cartas e afins). Quer dizer, vão quebrar o monopólio “mas nem tanto” porque empresas privadas que quiserem explorar o serviço vão ter que fazer por meio de concessão.

Economia mista por economia mista já conhecemos bem e se chama Petrobrás. Como o setor de logística está em franca ascensão, o governo não vai largar o osso de jeito nenhum. Daí a parte privada da coisa fica com o grosso do trabalho enquanto a parte pública continua no direito de apadrinhar e continuar mandando e desmandando na empresa ao gosto de quem estiver no governo.

Por mim continua é público mesmo. Melhorar não vai porque não acredito que os grandes interessados vão querer se estapear pelos 49% que o governo vai colocar à venda.

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Nessa conversa só me preocupo com as cidades pequenas.
Minha família mora em uma cidade de 30 mil habitantes que fica longe mais de 200 Km de qualquer capital e o aeroporto mais perto fica a mais de 100 Km. Quando preciso enviar alguma encomenda para lá, por mais que eu rode só me sobra os correios ou algum transporte de passageiros que aceitam levar encomendas.
Não acho uma empresa particular que envie para essa cidade, só dizem que não tem cobertura lá.
Quero ver, com essa “privatização”, como essas cidades vão ficar.
Vão fazer igual na época do meu avô? Que tinha que ir para a cidade vizinha para enviar e receber encomendas?

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Acredito que vão colocar nas cláusulas a obrigatoriedade de atender essas cidades pequenas. Igual acontece com as empresas de telecomunicação, esperamos…

Não vai mudar nada porque não vai haver privatização e sim abertura parcial de capital da empresa. Então como o governo ainda continua sendo a “dona” da maior parcela, eles não vão mudar as coisas.

Na prática: se é ruim, vai continuar ruim. Não vai ser a “privatização” que vai melhorar ou piorar.

Pra quem não entendeu o que vai acontecer é que, hoje os Correios São isentos de impostos, com a Criação dos Correios do Brasil S.A essa mamata vai acabar e adivinha quem vai pagar a conta?
Sabe aquela encomenda que você importa e paga menos da metade do preço e os Correios entregam de graça ou as vezes cobra 15 reais? Adivinha… Vai acabar. E viva a privatização.

Leu a notícia? Pelo jeito não. Não vai ter privatização. Tudo conversa.

Problema é sempre o custo. o custo de uma Tele é a implantação da torre, nas cidades pequenas os terrenos são comprado ao invés de alugados. O custo de manutenção é baixo, então no médio prazo se paga. Já nos correios os custos de transporte são muito latos pra compensar atender as cidades com menos de 30k habitantes.

Realmente não haverá a privatização, porém vai abrir o capital e com isso todas as vantagens e algumas obrigações que ela tem como uma empresa 100% pública acaba.

eu só acho graça. palhaço faz palhaçada

Nessa parte eu discordo, pelo menos com alguns investidores externos, assim como na Petrobras, existe a mínima possibilidade de pressão para melhorias na empresa, algo que não ocorre se continuar 100% pública.

A entrada de mais capital também pode dar um fôlego para os Correios investirem em modernização e restruturação, o que ajuda o serviço ruim ficar menos pior.

Infelizmente o mundo real não é justo, e não existe almoço grátis, se os Correios conseguem entregar em todo o Brasil (o que é uma falácia) é porque certas entregas subsidiam as que dão prejuízo (vide cidades pequenas e regiões Norte/Noderdeste), e quando isso não ocorre, nós pagadores de impostos que ficamos com a conta (o que não é péssimo).

Com a privatização total, além das dívidas e perdas dos Correios ficarem fora da nossa carteira de impostos, de fato o novo dono começaria a fazer uma limpa em operações que dão prejuízo em algum momento.

Mas isso não significa que você ficaria descoberto para sempre, com a saída dos Correios da cidade, abra-se a oportunidade para novas transportadoras ocupar essa demanda não atendida.

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Pra quem está achando que a abertura de capital dos Correios vai trazer benefícios: uma coisa é um executivo que realmente está interessado em que as empresas públicas prosperem. Outra é um executivo que solta lei e medida provisória a toque de caixa pra criar cargo em empresa pública e apadrinhar simpatizante.

A Petrobrás tem nomeados da era do Lula como presidente até hoje. Salários generosos e função que não contribui em nada com a empresa.

E Correios já foi empresa de excelência com direito a figuração em ranking de melhores empresas e tudo o mais no passado. Inclusive tinha um plano de cargos e carreiras invejável. Quem ocupava cargos de chefia e presidência na empresa eram somente funcionários de carreira de dentro da casa. Não existia “nomear gente de fora” e cargo criado do nada. Mas com o passar dos anos esse plano foi basicamente extinto, colocar gente que nunca trabalhou na empresa virou rotina e o fundo de pensão da empresa foi saqueado. Daí falam “vamos privatizar” sendo que privatização de fato não existe. E essa de “pressão externa” agora que é economia mista, novamente: Petrobrás. Sempre vai ser o público quem vai dominar e determinar os rumos da empresa. Então e novamente reitero: vai continuar a mesma coisa. E quem vai se lascar (ou continuar se lascando) é quem mora no rincão e ainda depende exclusivamente dos Correios.

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soa a muita inocência pra mim

Aonde tem dinheiro, tem gente querendo ganha-lo, com a saída dos Correios de uma cidade pequena, abre espaço para outros competirem, isso não significa que o serviço vai ser melhor e mais barato.

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Primeiro que com a “privatização” os Correios não vão sair de lugar nenhum (pelo menos acredito eu, quero estar enganado). E segundo: empresa quer lucro e não prejuízo. Manter uma agência dos Correios exige PELO menos 2 funcionários, que é um responsável pelo atendimento de balcão e outro pelas entregas. Fora o ponto e todos os custos envolvidos. Nenhuma empresa em sã consciência vai arcar com uma despesa em torno de R$ 10.000 (um palpite) pra enviar/receber malemá 1 carta e/ou encomenda por dia. Não paga esse custo nunca.

O que PODE acontecer é que algumas empresas de transporte rodoviário de passageiros possam a vir assumir o transporte de cartas e afins, que hoje é exclusividade dos Correios e poder agregar no faturamento da empresa se a cidade estiver na rota. Aliás isso até ocorre hoje informalmente. Você dá uma gorjeta pro motorista e fala que fulano de tal vai pegar o que a pessoa enviou na próxima cidade.

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Se o governo vai continuar com a porcentagem, teremos os mesmo comportamentos de tentar controlar a empresa de forma indireita, mesmo com a iniciativa privada.

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