Encontro me na situação de viver entre duas cidades, que apesar da distância de 1hora de carro, uma é 120V e a outra é 220V. Isso significa que quase não há equipamento que eu possa simplesmente transportar entre as duas cidades sem que não funciona ou queime. Por exemplo, na cidade de 120V estou passando calor, pois simplesmente não é possível colocar o ventilador que está na cidade de 220V e transportar até aqui. Como resultado, vou ter que comprar um ventilador/climatizador simplesmente para poder utilizar na outra cidade, mesmo que fosse fácil colocar o equipamento no carro e levar até onde estou passando calor.
Mas pesquisando na internet, o pior é que 80% dos produtos só existem na versão 220V ou são 100, 150 reais mais caros na versão 120V. Até faz sentido, já que 220V é mais comum no Brasil, mesmo que São Paulo capital tenha que ser diferente.
Então me pergunto, por que motivos os eletrodomésticos ainda não são bi-volt? Com o notebook, por exemplo, não tenho problema, já que ele é bi-volt. Agora eletrodomésticos é quase nenhum. E isso nem é porque eles são mais baratos que um notebook, mas mesmo coisas mais caras como o climatizador ou uma geladeira ainda não tem essa incrível tecnologia.
As geladeiras mais recentes, com motor inverter, costumam ser bivolt, mas com exceção da Samsung, Panasonic e LG, as outras marcas ainda insistem em tecnologia antiga…
Eu estou espantado que o 220V tá mais barato, geralmente é o oposto.
Mas é, parece ser mão-de-vaquice dos fabricantes, até por que a diferença de um motor 127 pra um 220 se não me engano é uma pequena diferença na forma que ele é conectado.
Pode reparar que aquipamentos não bivolt são equipamentos com um motor AC (ventilador, geladeira, maquina de lavar, ar condicionado), ou que usam resistência (chuveiro, forno elétrico, aquecedor).
Então essa deve ser uma “limitação técnica” dos aparelhos, se tiver alguém ai com conhecimento na parte eletro/eletrônica vai conseguir explicar melhor.
Normalmente esses aparelhos com motores AC ou resistências são feitos pra operar numa tensão. Especialmente se forem monofásicos/bifásicos.
Em caso de compressor de arco de sonado (quem pegou a referência) e motor de geladeira, alguns tem a possibilidade de realizar uma ligação diferente entre as duas tensões pra funcionar em 127 ou 220, mas isso requer mais capacitores, mais fiação, mais trabalho de manufatura e as empresas são vão querem arcar com esses custos.
Sim tipo as luminárias de lampada fluorescente tinham 3 fios, preto com branco era 110v e preto com marrom 220v, ou a velha chave 110/220v.
Porém isso aumenta o custo de risco do fabricante né, a pessoa chaveia errado, queima o aparelho e manda pra garantia, sem contar que dificilmente esse tipo de aparelho é transportado pra lá e pra cá, então é de se entender porque eles preferem manter como está.
Isso acontece quando o pessoal usa o instituto TdC pra precificar as coisas.
Em teoria, os dois deveriam custar praticamente o mesmo… a diferença dos componentes é de centavos.
Se os equipamentos são 220v e vai se mudar para um lugar 120v, se a residencia/apartamento dispõe de instalação bifásica, pode adaptar a rede elétrica do local de fase-netro 120v para fase-fase 220v, assim não precisa trocar nada.
ai eu te pergunto, qual a grande diferença entre o transformador da concessionaria na rua e um que tu liga o teu equipamento nele? única coisa importante é saber dimensionar o potencia dele.
Aqui no Sul é quase que padrão em lugares 120v fase-neutro por conta dos chuveiros com potencia acima de 6000w, não sei no resto do Brasil como é.
Excelente pergunta
EU, não tenho ideia. Mas já duvido que o trafo da esquina siga o mesmo padrão de qualidade e o mesmo tipo de eficiência que um WEG ou ABB usado nos postes.
O ponto é que, qualquer fabricante de eletroeletrônico não recomenda (isso quando não desencoraja) o uso de trafo em casa, o q faz uma certa diferença quando você precisar de garantia pra alguma coisa.
Norte e nordeste a rede em geral é 380V trifásico, então eles não tem bifásico em residências, residencial é fase+neutro pra dar 220V.
Eficiência não importa para o fabricante na hora de dar ou negar a garantia, então entra a questão da qualidade, esses trafos não tem de passar por teste do inmetro ou outra entidade avaliadora?
Acho que na teoria, sim. Na prática tenho minhas dúvidas sobre o quanto isso é fiscalizado, uma vez que não faz parte do programa brasileiro de etiquetagem, então não sei o quanto o INMETRO fiscaliza.
Este tema é crítico (técnica e economicamente) quando envolve motores elétricos.
O motor de 220V necessita de menor corrente elétrica para produzir a mesma potência. Isso permite o uso de fios de cobre mais finos, mais baratos e mais leves (o que acaba por impactar até nos custos de fretes).
Para produzir a mesma potência, o motor 110V precisa de mais corrente elétrica do que o 220V, isso exige o uso de fios de cobre mais espessos, mais caros e mais pesados.
Este é o motivo porque os produtos 220V são mais baratos que os de 110V.
Também é esta a razão para não serem bi-volt. Motores elétricos são tecnicamente mais complexos que circuitos eletrônicos e tornar estes equipamentos bi-volt é bastante mais complexo e caro.