O futuro dos artistas é competir com inteligências artificiais?

Elas não criam nada.
Apenas são recortes dos dados que as alimentaram.

Ou seja, elas apenas não são capazes de N coisas que os artistas são!

A diferenciação entre criar e gerar é uma conversa interessante. Nosso convidado, o Sergio Venancio, também não utiliza o termo criar para descrever o que esses sistemas fazem.

Ainda assim, toda questão de explorar os espaços entre os conceitos aprendidos dá margem para geração de imagens bem impressionantes. Coisa que não parece feita por máquina. Acho que é essa simulação de subjetividade o que mais chama a atenção quando a gente começa a brincar com Midjourney e afins.

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A melhor coisa que aconteceu para a pintura foi a fotografia, porque a fez se deslocar da representação da realidade para a proposição de afetos. Dá para dizer que o mesmo aconteceu com o teatro em relação ao cinema. O ponto é que não é a primeira vez que surge uma tecnologia com ares apocalípticos e com a promessa de competir com artistas. Pelo contrário, é frequente essa oposição entre arte e tecnologia, como se fossem antagônicas. Na prática, o contrário se apresenta: vale lembrar, por exemplo, que o Arduíno foi construído para que artistas tivessem uma plataforma mais acessível para criar suas obras interativas, sem precisar escovar bit.
No fim das contas, minha aposta é que os artistas vão se apropriar dessas IA para compor suas obras e, potencialmente, superá-las. Estou ansioso para ver o que vem por aí.

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Criar algo 100% do zero hoje é praticamente impossível, então posso dizer que uma IA usando pequenas variações de tudo o que o ser humano já concebeu é arte mesmo.

Quanto aos artistas em si, creio que eles ainda vão existir, mas aqueles que trabalham com serviços em massa, provavelmente vão aderir a estes algoritmos, seja de forma parcial ou total. Afinal, é um método mais rápido, prático e barato. Vencerá quem tiver o melhor resultado gerado.

Ainda assim, acho que a criatividade e subjetividade humana nos da a superioridade frente as maquinas, que sempre serão fiéis a um código, a lógica e padrões definidos. Quando se quebra isso com o livre-arbítrio que temos, abre-se uma porta para coisas realmente inacreditáveis.

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