Facebook limita recurso de foto de perfil usado por pessoas antivacina

Alguns dos filtros contra a vacina continham a mensagem “Eu confio no meu sistema imunológico, não em uma vacina”.

Uau que aburdo uma pessoa não confiar na segurança de uma vacina cercada de tanta políticagem e controversia.
Os caras não percebem que (tentar) calar esses discursos só gera mais munição pros teóricos da conspiração.

Uma coisa é excluir postagens realmente danosas como as que afirmam, com todas as letras, que a vacina causa AIDS. Agora questionamentos sobre a segurança (principalmente à longo prazo) dessas vacinas, cujo o número de pessoas relatando efeitos colaterais é gritante, são perfeitamente válidos.

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a única politicagem foi a feita pelo presidente e seus fãs.

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Que efeitos? pq os efeitos ditos pelo anti vacinas são absurdos, pega morte de pessoas comum e manipula e coloca como se fosse da vacina.

E tem que fazer esse controle, porque essas informações chega em pessoas que não tem conhecimento, de baixa instrução, ingênuas e acaba acreditando nesses absurdos.

Tem uns que chega ser sem razão nenhuma: chip da besta, chip do 5G, transformar em jacaré

Segurança da vacina é o de menos, utiliza procedimentos e tecnologia usados por anos, a da coronavac é por décadas e é a que os caras mais ataca e tenta destruir a reputação, vc mesmo já deve ter tomado várias vacinas que usa a mesma tecnologia

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Dor na região da aplicação, dor de cabeça, febre, fadiga e outras coisas são bem comum mesmo.

Edit: outras coisas, é basicamente diarréia e outro que esqueci, mas são menos comuns.

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Tem muita coisa pra desempacotar na discussão sobre vacinas, principalmente das contra covid.
Um ponto importante a se admitir é que é um erro agrupar pessoas que são contra a vacina porque sim e pessoas que são receosas em relação a essa vacina baseado em evidências.

O primeiro grupo são, no geral, as pessoas que podem ser taxadas de conspiracionistas, que usam evidências pífias de fontes duvidosas e que dificilmente serão convencidas do contrário apenas na argumentação (e alguns nem mesmo com evidência empírica).

Já o segundo grupo pode ainda ser subdivido em outros menores e, no geral, incluem pessoas que tomaram outras vacinas mas estão com receio dessa vacina por diversos motivos.

Tem aqueles que também estão com receio por causa dos efeitos colaterais mais graves, que receberam uma atenção consideravelmente grande e tiveram suas proporções exageradas. No caso das vacinas baseadas na tecnologia de RNA mensageiro o risco de miocardite e pericardite (inflamação do miocárdio ou pericárdio, partes do coração) existe e os dados mostram que ele é maior do que sem a vacina (ou seja, comparando dois grupos de 100 pessoas, um grupo toma a vacina e outro grupo não toma, o grupo que tomou a vacina vai ter uma incidência maior de mio/pericadite do que o grupo que não tomou, independente do sexo e idade). (Myocarditis Cases Reported After mRNA-Based COVID-19 Vaccination in the US From December 2020 to August 2021)
Mas mesmo assim, os dados também mostram que a incidência ainda é baixa em termos absolutos (menos de 5 a cada 100.000) (https://www.bmj.com/content/375/bmj-2021-068665 e New Insights Into Myocarditis and mRNA COVID-19 Vaccines | tctmd.com).
No caso das vacinas baseadas em adenovírus o risco de trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue) que os dados também indicam haver um risco maior entre os que receberam a vacina (Immune thrombocytopenia following immunisation with Vaxzevria ChadOx1-S (AstraZeneca) vaccine, Victoria, Australia - PubMed). Mas, novamente, os números absolutos indicam ser um efeito colateral raro e o aumento do risco é equivalente ao causado por outras vacinas como contra hepatitie B, sarampo, rubéola e outros (https://www.bmj.com/content/373/bmj.n1489.full).

Tem aqueles que tem receio porque a vacina foi desenvolvida e aprovada em tempo recorde, o que é altamente contrastante com o tempo que outras vacinas e remédios demoram pra chegar no mercado. E essa velocidade, querendo ou não, pode acabar gerando desconfianças de que o processo foi feito sem o devido cuidado, ou que houve interesses espúrios por parte das empresas farmacêuticas (que, por sinal, possuem um histórico bem ruim em relação à segurança e real preocupação com a saúde da população).

Tem aqueles que questionam a necessidade e a obrigatoriedade de se tomar vacina mesmo depois de já terem sido infectados e curados do vírus. E esse questionamento ganhou ainda mais força recentemente com a divulgação de um estudo conduzido pelo CDC dos EUA mostrando que quem tem o menor risco de se infectar com o vírus são aqueles que já se infectaram uma vez (risco esse que é menor do que quem tomou duas doses mas nunca foi infectado). (COVID-19 Cases and Hospitalizations by COVID-19 Vaccination Status and Previous COVID-19 Diagnosis — California and New York, May–November 2021 | MMWR)
Ora, se infectados curados estão numa categoria de risco menor do que até mesmo os vacinados, qual o motivo de se obrigar a vacinação nesse grupo? Junta isso com o histórico das empresas farmacêuticas que buscam o lucro desenfreado (além de já terem obtido um lucro gigantesco ano passado por causa das vacinas contra covid), não é difícil supor que tem alguma coisa a mais por trás dessa obrigatoriedade (seja por lei direta, como é o caso da Áustria, seja por lei indireta, como é o caso de vários países onde não vacinados são barrados nas mais diversas atividades).
Ainda nesse tópico, um estudo recente foi publicado mostrando que uma dose da vacina depois de ser infectado e curado do vírus aumenta a proteção também, o que pode ser usado como argumento a favor da vacinação universal. (Effectiveness of the BNT162b2 Vaccine after Recovery from Covid-19 | NEJM). Mas os dados, até agora, também mostram que a vacina perde efeito consideravelmente rápido (DEFINE_ME), o que pode acabar induzindo a uma política de vacinação constante, que também ajuda bastante o bolso dessas farmacêuticas.

Somado a tudo isso a gente ainda tem a grande pergunta sobre a escrupulosidade das farmacêuticas e da relação entre elas e os órgãos governamentais. Tem o caso da pergunta sobre a integridade dos dados dos testes da Pfizer (Covid-19: Researcher blows the whistle on data integrity issues in Pfizer’s vaccine trial | The BMJ) que deu bastante a se falar (https://www.medpagetoday.com/special-reports/exclusives/95484 e Re: Covid-19: Researcher blows the whistle on data integrity issues in Pfizer’s vaccine trial | The BMJ como resposta) e se vê que parece haver uma comunicação falha entre empresas e órgãos pra conseguir esclarecer as informações. Tem também o fato que as empresas não vão liberar os dados completos dos testes de suas vacinas por anos. A Pfizer parece que só vai liberar os dados completos em 2025, a AstraZeneca não tem data definida e nem está aceitando pedidos pelos dados feito por pesquisadores independentes, a Moderna tem chances de soltar os dados no fim de 2022, e a situação parece ser a mesma para as empresas que desenvolvem remédios e tratamentos para covid (Covid-19 vaccines and treatments: we must have raw data, now | The BMJ).

E também cabe a discussão sobre as agências checadoras de fatos aqui, que envolve o próprio FB. Tanto o BMJ quanto o Cochrane tiveram suas postagem checadas e marcadas como falsas por agências de checagem e a pergunta que fica é, de fato, quem checa os checadores (Facebook versus the BMJ: when fact checking goes wrong | The BMJ).
O caso do BMJ tem bastante pano pra manga, já que o que foi checado foi um editorial e não um paper. O caso do Cochrane não tem muita informação sobre o que levou ao shadowban da conta deles no Instagram, mas foi por, supostamente, terem ido contra as regras de conteúdo sobre COVID-19. Detalhe que tanto o BMJ quanto o Cochrane são instituições renomadas e com reputação pela qualidade dos dados e informações que eles provêm. Dai entra a necessidade do debate sobre o nível de influência que as grandes empresas de tecnologia possuem em suas mãos e sobre como elas distribuem essa influência (o FB não tem uma agência própria de checagem, eles terceirizam esse processo para várias agências e, aparentemente, acatam cegamente o que essas agências dizem, efetivamente transferindo a influência do FB para essas agências, daí fica a pergunta sobre como é feita a seleção dessas agências e como garantem que elas não estão seguindo uma agenda também).

Enfim, tem muita coisa pra debater.

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Comentário melhor que muito artigo da “imprensa”.
Eu me enquadro no segundo grupo. Apesar te ter tomado a vacina assim que ficou disponível para a minha faixa etária ano passado, e a segunda dose idem (fiquei na fila, num frio de 6 graus às 5 da manhã), estou cético com a vacina.

Praticamente todo mundo que conheço que é vacinado acabou pegando COVID em algum momento (eu incluso), com alguns até mesmo sendo hospitalizados.

Minha esposa ficou com um fluxo menstrual gigantesco e com o ciclo desregulado alguns meses após a vacina, assim como outras mulheres que conheço. A princípio, disseram que isso era coisa de “negacionista”, mas depois começaram a surgir estudos que corroboravam com as observações.

Enfim, muita coisa que era coisa de “negacionista” acabou por se provar verdadeira com o tempo.

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A taxa de mortalidade dessa onda de 2022 foi bem mais baixa que as anteriores, a menos que tenha rolado uma mutação muito boazinha do vírus (muito raro mas não impossível) a única explicação que sobra é que a vacina funciona pra diminuir a gravidade da doença (a maioria das vacinas age assim, não eliminam por completo o contagio).

O cara fica dez meses sem postar, e quando posta é ofendendo, tem que ser muito Zé ruela e sem noção

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@Luciot
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Qual foi a taxa de mortalidade em cada uma das ondas de covid?
Capaz nem de saber matemática básica pra calcular o numero de casos versus o numero de mortos e montar uma tabela com porcentagem.

Esse artigo (https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp2119682) debate exatamente sobre a dificuldade de se estudar se a variante ômicron é menos severa ou não. Os motivos são diversos, mas o que parece ser possível concluir com os dados disponíveis (de um artigo não revisado e um do Imperial College London) é que essa variante é sim menos severa, requerendo menos hospitalização do que a variante delta, mas não tanto assim.
Em números:

Mas de fato, é difícil negar que vacinas ajudaram a diminuir a severidade dessa última onda em vários lugares. E não só as vacinas, mas também as ondas passadas, já que tem dados mostrando que infecções passadas geram proteção contra reinfecções severas e, aparentemente, por um tempo considerável (até 376 dias, segundo dados colhidos no Qatar: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMc2200133).

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na boa, vai se tratar

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