Nessas horas eu sinto falta de uma central de aplicativos no windows que realmente funcionasse, um lugar central para atualizar tudo, assim como se tem no Linux.
Não precisava ser uma loja só da Microsoft, e sim um sistema de atualização que cada desenvolvedor colocasse ali o link para manter o seu programa atualizado, roda um comando e faz a instalação silenciosa de todas as atualizações.
Muito tempo usei o Avast para verificar as atualizações dos programas instalados no computador, bons tempos de windows XP e 7.
A versão original da Microsoft Store era assim, apps sempre atualizados sem ter que manter 3514 serviços e atualizadores rodando em segundo plano.
Pessoal fez birra, muito desenvolvedor não quis adaptar seus programas para o formato MSIX exigido pela loja, que caiu no esquecimento até a dona do Windows lançar a “nova” Microsoft Store próximo do lançamento do Windows 11, que virou casa da mãe Joana.
O formato MSIX não é mais exigência, por um lado agora você encontra a maioria dos apps populares que não eram publicados na loja, mas em compensação quase todos eles simplesmente executam o instalador que você obteria diretamente no site do programa em segundo plano, ou seja, após a instalação inicial, você que se vire para manter o programa atualizado, boa sorte também com os resquícios que vão ficar pra trás se você desinstalar o programa…
Ao meu ver esse é o problema, exigência de modificar os softwares em vez de fazerem um sistema/loja mais genérico que funcionasse com os instaladores .exe atuais.
Não seria tão difícil a loja exigir algo básico como o número da versão do software que foi enviado o link para lá e armazenar essa informação na hora de instalar, depois só conferir se subiram uma versão atualizada, ou simplesmente verificar o hash do .exe e avisar que pode ter uma atualização pendente, para baixar o novo .exe.
Uma sugestão também seria pedir para os desenvolvedores ter opção de instalação silenciosa, assim ajudaria na hora de atualizar.
O MSIX soluciona de uma vez só diversos problemas de usabilidade dos instaladores atuais (atualizações automáticas, isolamento, dependências, remoção sem largar vestígios pra trás, entre outros) e a maioria esmagadora dos programas EXE tradicionais podem ser reempacotados em MSIX com poucas horas e um pouquinho de dedicação.
Da maneira que você descreveu, o instalador continuaria sem padronização alguma, fazendo o que o desenvolvedor do programa bem entender, que é a causa do problema.
Continuo achando um erro a Microsoft ter liberado a loja para aceitar qualquer formato de aplicativo e não permitir sequer diferenciar aplicativos tradicionais de aplicativos UWP/MSIX ao navegar pela loja.
Tiveram a oportunidade quase que perfeita de colocar ordem na casa e eliminar uma bagagem da época do Windows 95 mas desistiram no meio do caminho…
Qual problema, o de não ter um sistema central de atualizações?
Como então que programas externos conseguiam fazer isso?
Desistiram pq ninguém embarcou nessa ideia, nem as grandes empresas quiseram embarcar nessa ideia, nem os aplicativos da própria Microsoft recebiam atualizações pela sua loja, eu não chamaria de desistência, e sim de fracasso mesmo.
A solução para as atualizações era utilizar a loja, com os formatos específicos que eu já citei (APPX para aplicativos UWP, MSIX para aplicativos Win32). Não teve adoção e a Microsoft lavou as mãos com a “nova” Microsoft Store, lançada na mesma época do Windows 11: agora é permitido publicar softwares em praticamente qualquer formato, mas o desenvolvedor do programa que se vire com a manutenção e o suporte caso opte por não usar os formatos já estabelecidos.
A maioria dos problemas é bagagem e legado das versões anteriores do Windows. Por mais que existam pastas do sistema predefinidas para os arquivos do programa, instaladores EXE e MSI podem colocar os arquivos onde bem entenderem, também não existe nenhuma garantia de que os arquivos serão completamente removidos quando você desinstalar o programa, ou de que ele vai cuidar corretamente de dependências, ou da integração com o sistema.
Mesma coisa com o registro do Windows, muitos programas largam tranqueira por lá (mesmo após terem sido removidos), e também com os dados do aplicativo (vai salvar dentro da pasta onde o programa foi instalado, na pasta Documentos, em uma pasta de nome começando com . dentro do perfil do usuário, ou em %AppData%, como deveria ser?)
Com as atualizações, mesma coisa, cada programa implementa sua própria solução de atualização (isso quando implementam) e na prática você acaba com 3514 serviços e processos rodando em segundo plano, gastando recursos do sistema, só pra essa finalidade.
Mais uma vez, o MSIX soluciona todos esses problemas (e alguns outros) de uma vez só, basta o desenvolvedor empacotar o programa nesse formato e submeter na loja sempre que liberar uma nova versão e o próprio Windows se encarrega de todo o resto (inclusive de manter o software atualizado, usando o mesmo backend do Windows Update).
O formato continua existindo e uma boa parte dos programas da Microsoft utilizam ele, basta fazer a instalação diretamente pela loja ao invés de baixar do site ou de outro local. De terceiros tem o Spotify, Deezer, iTunes, WhatsApp (não o desktop, o app novo), Messenger, suíte CorelDRAW, entre outros, também adotando o MSIX.
Bastava a Microsoft forçar a barra mais um pouco e começar a colocar obstáculos nesses instaladores legados que, talvez, o formato ganhasse mais força no mercado. Agora que ela abriu as portas da Microsoft Store, infelizmente vai continuar sendo um formato de nicho, com uso limitado ¯\_(ツ)_/¯