Sai Intel, entra Apple: os detalhes da maior mudança nos Macs em 15 anos

Higa falou que os ARMs poderão ter resfriamento ativo. Eu não creio que a Apple vá fazer isso. Com certeza ela vai lançar MacBooks pro mais finos e sem ventoinha (e vai se gabar disso). E falando nisso… E os Mac Pro? Em 2027 eles vão ser ARM também? Onde ficaram as placas de vídeo pci-e? Talvez veremos uma evolução da Adreno, afinal originalmente ela foi desenvolvida pela AMD.
E… Coitados dos clientes brasileiros que compraram algum MacPro por R$100 mil ou mais … Em 7 anos eles talvez não tenham mais suporte.

Talvez o MacBook Air possa ser lançado com dissipação passiva (que seria incrível, é o que eu espero), mas isso não faz muito sentido com o MacBook Pro, iMac e Mac Pro, já que com dissipação ativa é possível fazer os chips rodarem em frequências mais altas.

Sobre o Mac Pro, acho que você não faz ideia do perfil de quem compra essas máquinas. Uma produtora de vídeo média de interior, como onde eu trabalho, fatura algo entre R$ 200k e R$ 500k por mês (no eixo Rio-São Paulo, pelo menos). Um Mac Pro, para essas empresas, não é um investimento alto, existem lentes mais caras que ele, e se pagam muito rápido.

Finalizando, um computador não deixa de funcionar quando perde suporte oficial. A gente ainda tem aqui 2 PowerMacs G5 sendo usados diariamente, ligados 24/7 há uns 15 anos (triste é lembrar que eu trabalhei neles quando foram comprados :disappointed_relieved:).

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Não sei, ainda sou cético quanto a um ARM mobile bater um i7 em tarefas pesadas.

Poucas coisas são mais “pesadas” que trabalhar em projetos de vídeo 4k e nisso tanto o iPad quanto esse Mac Mini de desenvolvimento se provaram capazes de realizar sem nenhuma dificuldade. No YouTube você encontra vídeos sobre edição 4k no iPad e na Keynote foi demonstrado uma timeline do Final Cut rodando clipes 4k como se não fosse nada demais.

Eu estou bem empolgado com esses novos chips.

Será que a Apple vai realmente usar os chips de iPads ou ela vai criar um chip ARM específico para Macbooks, dado que a bateria é maior, e a demanda por performance também deve ser?

Serão criados chips específicos, foi falado na Keynote.

A Apple disse que vai lançar uma linha de chips para Macs, então deve ser diferente dos Apple Ax que temos nos iPhones e iPads. O formato dos dispositivos é diferente, não tem as mesmas preocupações de manter um dispositivo fino, gastando o mínimo de energia, etc. Logo, faz sentido ter chips adaptados para essa nova realidade.

Mercado corporativo é outro jogo. Eu não tenho números aqui, mas empresas são mais conservadoras que pessoas, elas não ficam trocando de fornecedor assim que o concorrente passa a fazer melhor. E hoje, quem tem mais capacidade de escala, suporte, tecnologia, é a Intel. Não dá para dizer que a AMD está fazendo um trabalho ruim com os Epyc, mas mesmo assim, a Intel detém 95% do mercado de servidores com o Xeon.

Limitação de desempenho não é problema no ARM se considerar que o supercomputador mais potente do mundo hoje é ARM: Japan Captures TOP500 Crown with Arm-Powered Supercomputer | TOP500

Sim, na verdade em 2022 ou até antes.

Sobre placas de vídeo, lembra que a gente já tem eGPUs hoje que funcionam via Thunderbolt 3. PCIe é padrão em x86 há anos, mas nada impede a Apple de fazer diferente.

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A estratégia da Apple em virtude da margem de lucro é óbvia, mas ainda parece faltar, principalmente nos mercados emergentes, a porta de entrada que o iPhone SE/2 foi. O atual iPhone SE não configura exatamente um aparelho mais acessível e isso falta também em iPad e de forma gritante nos Macs. Acho que mudar os chips para projetos in-house é justamente a oportunidade pra isso. Imagino um “Mac SE” num preço competitivo de entrada para tarefas básicas. Basicamente o que o Macbook 12" deveria ter sido. PS: No antepenúltimo parágrafo reparei que XPTO tem a mesma quantidade de letras que SONY…

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Provavelmente a linha “pro” ganhe mais alguns anos de suporte.

Explicação perfeita!
Só fico com a dúvida em relação a Samsung que foi citada no video. É em realçao ao Exynos? Ela que desenha e fabrica ele né? Talvez se ela investisse mais em pesquisas, poderia bater.

Como o próprio Higa disse no vídeo, a otimização de software ajuda mas não faz milagre — principalmente se tratando de renderização. O hardware manda muito nesse caso. E não tem essa de gerar vídeo com perda de qualidade, já que com o LumaFusion (provavelmente o editor mais popular disponível para iPad) você pode definir a resolução e o bitrate antes de exportar, e vários testes realizados por aí colocam a mesma configuração de exportação no iPad e no Mac/PC pra ser justo.

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Isso, Samsung projeta e fabrica os Exynos (além de RAM, memória NAND, etc.)

Qualcomm, MediaTek, AMD e outras gigantes são fabless, só projetam.

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A Apple tem explícito nos últimos movimentos que ela pretende expandir serviços e diminuir dependência do iPhone, acho que nesse contexto faz sentido lançarem uma linha mais simples de Mac para atender esse mercado de entrada sem perder margem.

Ela já tem o iPhone SE e o iPad, produtos em faixas de preço mais acessíveis que devem fazer mais sentido no sentido de trazer usuários para plataforma/serviços do que lucrar na venda. Não vejo um MacBook Pro ficando mais barato, a estratégia seria lançar um mais simples…provavelmente ressuscitar o MacBook ou algo assim.

Acho que já passou a época da Apple do Steve Jobs, com poucos produtos e foco no hardware. A Apple não entra em guerra de preço, vendendo hardware com zero lucro, mas longe de ter uma linha minimalista como pregava e está avançando forte em serviços. Inclusive, o Cook está fazendo essa transição muito bem ao meu ver.

OBS: não estou falando de Brasil, estou pensando nos EUA principalmente em que eles têm uma presença grande.

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Hoje o supercomputador mais poderoso, é baseado em ARM, no Japão.

Um grupo de ex-engenheiros da Apple está sendo processado por usar trabalhos concebidos na Apple, para criar uma empresa que atenda esse mercado de servidores. Aparentemente não são concorrentes. Mas isso é o que nós sabemos. Nada impede que a Apple esteja desenvolvendo seus próprios servidores, usando chips próprios.

Eu vejo como uma tendência já esperada no mercado, ainda mais com os problemas que a Intel vem tendo com as suas fábricas, inclusive no momento sendo pressionada por uma leve AMD que terceiriza a produção, e só foca em seus projetos. O mercado é claro que vai ficar de olho nessa transição, e observar até que pondo os ganhos em energia e a questão do desempenho compensam para uma migração de arquitetura. E que também não se enganem, a arquitetura X86 é bem complexa e com muito mais instruções embarcadas que a ARM, o que resulta em diversos outros fatores no que se refere ao multitarefa e consumo geral de RAM. Mas vamos observar o que a Apple vai conseguir extrair dessa mudança, e até que ponto isso realmente pode acelerar com o mercado.

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Samsung ia ter que investir muito, atualmente não tão conseguindo bater nem a Qualcomm.

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E não basta bater em benchmark, tem que bater no uso diário. A Apple é a única que conseguiu fazer benchmark alto (não o mais alto) e melhor desempenho sustentado, sem interferir negativamente na bateria.

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Creio que a Apple queira mesmo é controlar todos os processos de produção de seus produtos (meu Deus, quanto “pro”!!!) do que qualquer outra coisa. Questão de bateria não vejo como um problema. Notebooks não são necessariamente portáteis. Da pra levar pra todo lado, mas não é um produto que dá pra simplesmente tirar da mochila e sair usando como um celular ou um tablet. Quase sempre vai ter uma tomada perto pra usa-lo. Nos MACs então, consumo nunca foi um problema, afinal ele fica ligado na rede elétrica o tempo todo.

Desempenho? O A12z Bionic chega próximo ao poder do 7700K, mas basta lembrar que o i3-10100 também chega. Tem muito processamento bruto acima disso pra simplesmente jogar fora. X86 tem muito poder de processamento pro ARM conseguir chegar perto. Nos últimos anos até conseguiu, mas mais por conta da preguiça e da falta de concorrência pra Intel do que qualquer outra coisa.

Dada a natureza fechada dos produtos e serviços da maçã, acredito que a adoção de arquiteturas ARM RISC para produtividade seja a melhor alternativa na atualidade, pois já temos bom desempenho desses sistemas aliados a bons níveis de consumo. Será uma evolução natural já que estamos chegando ao limiar da redução dos nanômetros dos transistores da atual arquitetura, seja x86, amd64 ou o que o valha. Até a computação quântica não ser disponibilizada em nível comercial ainda teremos que conviver com as limitações do sistema binário.

Artigo magnífico, Higa!
Sobre o boot camp, Microsoft já não liga tanto pra vender Windows quanto antes, então contanto que Office renda no MacOS, o resto é resto.
A comunidade GNU/Linux está se movimentando quanto a isso, já que o kernel do Linux é flexível o suficiente para poder ser versátil em qualquer plataforma. Disseram que tem como desativar o “Modo Seguro” do MacOS (Apple A12Z no Mac Mini) e injetar um pedaço do linux em modo CL.
Agora, o xorg e todo o resto da interface Linux vai ter que fazer umas boas linhas de código pra ficar estável no Apple Silicon.

Samsung bem que poderia investir melhor nos Exynos, focando em aprimorar a arquitetura.
Exynos parece uma piada no segmento mobile, sempre sendo o terceiro atrás da Snapdragon e Apple AX.
Os notebooks como Samsung Flash poderiam ser melhores se fossem projetados com um Exynos Pro com Windows ARM.

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A velocidade extra nos dispositivos Apple tem haver com muita coisa: eles usam módulos de memória, ssd, controladores do melhor que há; adicionalmente eles têm chips compatíveis ARM com unidades especializadas para gráficos; no final obrigam o software a usar ao máximo as unidades de hardware. No caso da Intel, as gráficas não estão optimizadas e as aplicações no Windows não usam o hardware como deve ser.

Só espero que esses números não sejam iguais ao que acontece no mundo dos smartphone,onde com números astronômicos tarefas são executadas em tempo igual ou menores no outro lado com “numerozinhos”.

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