É um problema porque cada vez menos as classes mais baixas vão ter acesso ao serviço.
Por outro lado, as classes mais baixas sempre tiveram uma dificuldade maior de acessar esse tipo de serviço, seja por questão de preço, seja por falta de disponibilidade onde mora, seja por falta de equipamento para usar o serviço.
Isso, somado à praticamente essencialidade de ter acesso à internet hoje em dia, força essas classes a adotarem soluções precárias mas que cabem no orçamento, o que normalmente significa contratar um plano pré-pago ou controle de banda móvel com franquia ínfima e um celular mequetrefe.
Com a inflação dos últimos anos fica realmente difícil manter planos abaixo dos 100 reais, se por um lado o custo do MB vem baixando, o custo fixo da disponibilidade do ponto de internet só sobe, só pensar quanto custa manter um técnico para fazer as instalações e manutenções na rede.
Agora se o pobre se organizar, com os planos de alta velocidade que temos hoje em dia, da facilmente pra colocar um roteador com mesh em cada casa e atender umas 3 casas com um só ponto de internet, quando eu morava em apartamento eu tinha um cabo clandestino ligando ao vizinho para dividir a internet.
Hoje em dia a tendência é iato mesmo alias 100 reais nao valem mais nada kkk.
Atualmente pago 99,90 na claro por 350 megas, porem se tivesse a vivo fibra no meu bairro mudaria mesmo que tivesse metade da velocidade e custasse o dobro.
Digo porque no consultório temos vivo fibra e na questao upload que usamos bastante pra envio de videos e imagens de exame faz a diferença.
Depende do provedor. Planos com 400 Mbps ou mais de velocidade de download abaixo de R$ 100,00 estão raros. Só ocorrem em provedores menores.
Uma tendência que vejo no mercado de banda larga é a inclusão de serviços de streaming ou outros aplicativos de conteúdo para tentar aumentar o valor do plano.
Além do fato de que planos com 50 Mbps de download ou menos estão fora do portfólio das prestadoras de internet fixa. A exceção são os planos via rádio e os via satélite.
Grande parte dos provedores vende planos com no mínimo 100 Mbps de download a menos de 100 reais.
Ao longo dos anos só percebi aumento da velocidade e não dos preços.
A 15 anos atrás, quando minha mãe assinou banda larga pela primeira vez, pagava R$129,90 por 300Kbps. Hoje é o preço de 600Mbps em um provedor local. Se considerar a inflação do período, a coisa fica mais desbalanceada ainda.
Realmente é um problema.
Uma vez que essas velocidades raramente são alcançadas em sua totalidade.
Vejo a maioria das operadoras aumentando os valores de planos e velocidade de conexão.
Pra ser sincero percebi que qualquer 100/20 mega estáveis e com ping bom me atenderiam.
Mas em minha cidade vejo que o plano 100/20 vem 50/5 e assim por diante, aparentemente está sendo criado uma cultura de precisar de maior velocidade, mas em 90% dos casos só é necessário mais qualidade.
Mas é isso porque tenho o plano de quando ela iniciou aqui na cidade (há uns 2 ou 3 anos) e chegou super agressiva pra conseguir clientes, mas era apenas 120/60. Porém apareceu na sequência duas promoções pra dobrar a velocidade.
Tenho visto muitos leigos falando “minha internet está ruim, preciso pegar uma mais rápida”, quando o problema é justamente o que vc falou: qualidade, não quantidade.
E muitas vezes o problema é só o modem/roteador, nem é que a internet da empresa seja ruim.
As pessoas tem preguiça até de tirar o modem da tomada uma vez por semana.
Já tive problema com modem.
O problema era físico, foi trocado por um mais moderno e nunca tive o mesmo problema.
Modelos mais novos não precisam ser reiniciados e se precisarem o fazem de forma automática.
O que me refiro é mais grave que um problema em hardware, é o não cumprimento da velocidade contratada, ping alto, não ter ip privado, realização de trafic shaping…
Essas e outras práticas servem para baratear os custos, mas interferem diretamente na qualidade e estabilidade da conexão.
Acredito que se depender das grandes operadoras tudo tende a piorar, minha melhor experiência com internet foi em um provedor local até que um provedor maior o adquiriu e a internet ficou ruim quase que no mesmo instante.