No prédio de um conhecido meu em SP tem uma família com o novo coronavírus. Eles estão trancados no apartamento, com poucos sintomas, recebendo comida por delivery.
Como?
O pacote é colocado no elevador e… eles vão ao elevador (de uso comum) buscar.
Eu fiz as compras do mês e, por mais doloroso que seja saber que muita gente vai ficar sem trabalho/entregas, eu não consigo me expor ou expor entregadores ao risco.
Por aqui a cozinha está funcionando e o aplicativo está desligado.
A Rappi mandou um guia sobre como minimizar o contato (quem é usuário recebeu por e-mail, checa lá). Certo que algumas cidades nem caso tem, mas SP e RJ estão com transmissão comunitária. Como vocês estão lidando com isso, pede ou não pede?!
Estamos falando de uma gripe forte e não da peste negra.
Nós trabalhadores desta industrial vital estamos expostos a todo tipo de doenças (multiplique o risco se morar no RJ, onde há o risco de projéteis desocupados disparados à esmo…).
Manipulamos dinheiro que veio da mão sabe-se lá de quem, provamos roupas, bebemos em copos de barzinhos da moda.
Tem vizinho que bate lençol na janela acima da nossa…
Não acho ético pedir nesses aplicativos nem fora de época de pandemias.
Esses aplicativos criaram uma nova categoria de sub-empregos que eu simplesmente não quero colaborar para a expansão. No meu celular esses apps foram apagados faz tempo.
Falou pouco mas falou besteira. No mínimo que emprego pra você tem que ser pela CLT com CTPS assinada. Melhor mesmo é passar fome e viver de bolsa-família. Bom, você não sabe o que é passar fome e muito menos o que é trabalhar, pelo jeito.
Voltando ao tópico: excessos à parte, esse vírus tem a mesma letalidade da “gripe aviária” basicamente até onde eu sei. Quem está morrendo basicamente são crianças, idosos e pessoas com condição de saúde mais precária. Na notícia do TB mesmo que saiu mais cedo mostrando o mapa do BING mostra que a proporção de óbitos não é tão absurda assim. E muita gente passando pela gripe e se recuperando. As precauções são válidas mas dessa vez pra mim se excederam no alarmismo.
Não sei de onde no que eu escrevi você supôs isso. Nas poucas palavras que eu coloquei, pode me explicar melhor onde eu coloquei alguma coisa nesse sentido? Corrigirei para que não ocorra novamente.
Melhor mesmo é ter um emprego, independente do regime, em que uma empresa se importe com o colaborador (que de fato seria colaborador/funcionário) sem obrigar a fazer uma maratona em poucos minutos pra fazer X entregas pra ganhar 1/5 de um supracitado Bolsa Família, colocando ele próprio e outros em risco para cumprir as apertadas metas e curtas bonificações oferecidas.
Entendo que um sistema que obrigue alguém a passar por isso não é um sistema bem sucedido, e uma empresa que se aproveite desse sistema falho não faz dessa condição boa para nenhum lado, a não ser de quem esteja explorando.
De forma alguma a opção é não trabalhar e passar fome, mas precisaríamos fazer nossa parte e brigar para os entregadores terem melhores condições nas startups que enchem os cofres às custas dessa nova economia. Meu posicionamento de não utilizar esses aplicativos se pauta em não contribuir para esse novo mercado até que esteja mais amadurecido, e mais a favor dos entregadores.
Me avise se alguma parte não ficou clara na minha posição e lhe ajudo a entender.
Claro, também pode se opor totalmente à tudo que eu disse, o importante é a discussão.
Abraços!
E o que era diferente ANTES do iFood? Delivery existe desde sempre. A diferença agora é que não tem que cumprir horários e metas que o seu empregador costuma exigir e muito menos ser refém de um salário miserável (se você quiser assim). Ou você nunca viu na vida uma motocicleta com o entregador carregando galão de água até em cima do tanque de combustível? No iFood e assemelhados você faz o seu salário. É pra complementar a renda? Ok! É como única forma de sustento? Sem problemas!
Enquanto isso empresas que não se adequam aos aplicativos por fazerem entregas diferenciadas exigem demandas absurdas dos seus entregadores. Não, o iFood não é o vilão. Pode não ser o bom moço ou o herói. Mas tem vilões bem piores que ele.
só errou quando fala em crianças. Elas tem o sistema imunológico forte e normalmente passam despercebidas pela pandemia. A OMS relata um único caso de falecimento de uma criança de 7 anos, que não se sabe quais outras doenças ela tinha relacionadas.
O problema mesmo são idosos e pessoas com problemas respiratórios;
Eu acho válido os aplicativos, só acho que as taxas de entrega são caras demais.
Não peço nada que tenha de pegar taxa de entrega… ou então procuro na net cupons que dão entregas grátis.
Mas mesmo assim, os pratos são mais caros nos aplicativos.
Minha impressão que o alarde feito sobre o corona é muito maior que o problema real… Olha, não estou falando que o covid19 não seja um problema real, ele é. Mas é muito menor que essa histeria…
Sobre pedir comida, eu simplesmente não acredito que seja anti-ético, seria anti-ético pedir comida num horário que a temperatura esteja acima dos 40°C ou quando tu tá embaixo de 2m de neve…
Supondo que vc ou alguém na sua casa estejam doentes, mais cedo ou mais tarde alguém na casa vai ter que sair pra fazer compras. Ou alternativamente pedir delivery.
Não tem jeito. Em algum momento alguém vai se expor.
Eu cozinho normalmente (faço o básico pra semana e congelo). Mas tem coisa que vc tem que comprar in natura como verduras.
O jeito é tomar cuidado, sair fora de horário de pico (eu já fazia compras mais tarde a noite).
E tentar passar por isso da melhor maneira possível.
Não falei que não era grave, falei que o pessoal começou a exagerar em tudo…
Daqui a pouco vai ter idoso passando necessidades por causa dessa histeria coletiva… pessoal já tá começando a estocar coisas e deixando o grupo mais vulnerável de lado. Até alcool em gel tá faltando no mercado. (E quando aparece, tá 20-30 reais por 1 litro…)
Nesse momento os entregadores de aplicativos estão sendo fundamentais para a manutenção dos restaurantes, principalmente os pequenos que não têm apoio das grandes franquias.
Os entregadores entraram na categoria de serviços essenciais (sendo aqui na minha cidade os únicos autorizados a entrarem nos shopping centers para retirar pedidos, por exemplo), além do apoio que os aplicativos estão dando à eles e aos motoristas em caso de doença ou qualquer suspeita de coronavírus, e isso é muito bom.
Eles estão recebendo o reconhecimento e direitos que eu comentei acima que eles precisam receber. Ainda sem maiores direitos, mas estamos caminhando.
Que continuem recebendo esse suporte das startups quando tudo isso passar.