Não era mais facil usar um app de notas…
Galera acha que WhatsApp e Instagram são os únicos apps que tem no celular.
Pior que em alguns casos até tem utilidade, tipo organizar várias mensagens que vc quer mandar pra outras pessoas.
Mas sim, em geral o brasileiro quer usar WhatsApp pra tudo.
Por um lado concordo contigo que
Mas aqui vai um relato pessoal com relação a apps de notas: recentemente eu perdi quase tudo que eu tinha no smartphone, incluindo textos pessoais (Noto, Joplin e Notesnook, três apps onde eu tinha criações literárias próprias, relatos de experiências oníricas, entre outros). As únicas coisas que se salvaram foram as coisas do WhatsApp.
Sim, eu sei que esses apps de anotações têm funcionalidades de sincronia, mas que ou são pagas (Notesnook) ou exigem um self-hosting (Joplin) que por sua vez exige um servidor NAS (duas coisas que eu ainda não tive como investir porque estou desempregado pra pagar uma assinatura ou comprar/montar um NAS doméstico). Quando não há uma configuração ativa de sincronia/backup, as notas ficam salvas internamente, no smartphone.
Já o Whatsapp, por pior que seja (e vale ressaltar que eu odeio o Whatsapp), tem um backup automático e “out-of-the-shelf” (de fábrica). Não é melhor que o Telegram, que tem a nuvem própria (enquanto Whatsapp usa o Google Drive).
Nesse sentido, usar o mensageiro como anotação pessoal (mandando mensagem pra si mesmo) é útil, até, e organizar anotações pessoais em “pastas” (grupos) é um recurso e tanto pra quem (como eu) faz isso. Eu odeio o WhatsApp e o Zuckerberg, mas nessa tiro o chapéu para ele.
Bem, nesse caso você usa 3 apps deferentes sem backups e nenhum deles tem um sistema de backup que te atende. Existem vários apps de notas que “syncam” na nuvem de graça: Keep, OneNote, Notion, etc… Se você escolhe não ter backup esse é um risco que você corre.
Sim, tô ligado na existência desses aí.
Não escolhi eles por um fator de Termos de Uso:
O conteúdo que consegui recuperar foi conteúdo que enviei no WhatsApp pra mim mesmo, conteúdo, vamos dizer assim, bem family friendly, anotações de dia-a-dia.
Mas não era (e não é) esse o caso para o que eu tinha no Noto, Notesnook e Joplin: escrevo textos (e crio desenhos) góticos, ocultistas e niilistas, muitas vez beirando tópicos muito sensíveis, tópicos de quando alguém resolve unir essas três temáticas num conteúdo.
E, como é possível encontrar em todos os três termos de uso, há proibição explícita a determinados tipos de materiais, não só materiais legalmente proibidos mas também materiais que, aos olhos da lei, não são crime (e vale enfatizar essa parte pro pessoal não achar que eu escrevo/desenho coisa ilegal, não é), mas são muitas vezes tidos como tabu, “imorais” e, por consequência, rejeitados pelos serviços de nuvem.
Não só serviços de nuvem, mas redes sociais, incluindo as decentralizadas como no fediverso e no geminispace, geralmente tópicos muito “polêmicos” são proibidos. Tanto que, pra dar um exemplo, ontem escrevi uma estória de 11 KB (de texto puro) no total, mas não pude publicar em lugar nenhum (nem fediverso), de tanto tópico sensível que a estória abarca, daí ficou restrita ao meu HD do laptop, que já está lotado.
Sim. Só me atendiam no sentido que não têm essas proibições de determinados tópicos nos termos de uso, principalmente o Noto.
Não é que eu “escolhi não ter backup”, eu estava pretendendo fazer um NAS e armazenar isso em HD, talvez até com redundância (seja RAID ou cold backup), mas o desemprego não ajuda a investir sequer em um computador novo (porque meu laptop está bem velho já), então fiquei dependente do armazenamento do smartphone (principalmente o cartão de memória) e do laptop.
Edit: e ainda que as notas na nuvem sejam privadas (porque não compartilharia com ninguém), as regras também valem para itens privados porque, na prática, um armazenamento em “nuvem” é literalmente computador de terceiros (e isso inclui também redes sociais, porque armazenam o conteúdo publicado na “nuvem”) e, tal como um aluguel de um cofre/armário (storage box) ou de um imóvel pra morar, quem aluga não é dono, é apenas inquilino, e o proprietário tem o poder pra proibir, além das coisas óbvias, itens considerados “profanos”/“imorais”.