Mais um dia e mais um vendedor de IA tentando vender o seu peixe…
Igual os vendedores de ferramentas low code do começo dos anos 2000.
“Sua equipe de negócios irá produzir software apenas montando fluxos de trabalho, sem precisar codificar.”
Vinte anos depois aqui estamos, com LER de tanto digitar código…
Ele esqueceu da parte que nenhuma IA vai resolver. A malandragem do “componente” que fica entre o monitor e a cadeira.
Tô começando a acreditar na tese do Elon Musk sobre o futuro. Ele disse que a maioria dos empregos vai acabar, e a solução seria crirar um salario mundial para quem ficar de fora.
E também no que Sam Altman falou, que poucas profissões vão sobreviver às IAs. E que encanador será uma das que vão continuar existindo
Que bom, o Mário está empregado…
O dia que a IA souber mandar aquela gambiarra que não é o jeito certo, mas resolve o problema, aí vai ser outra coisa. Até lá…
Irmão, vc precisa parar de acreditar em bilionário
Por isso escrevi que “tô começando a acreditar” kkkk
No fundo, no fundo, é sobre a tão sonhada AGI. O Deus Ex Machina, a invenção mais inovadora que o fogo e a roda… Índole de tal pessoa à parte, acho interessante uma frase que uma vez foi dita por Elon Musk: “Com a IA, estamos invocando um demônio: em todas aquelas estórias onde há um cara com um pentagrama e uma água benta, é como se ele estivesse confiante de que pode controlar o demônio… não funciona dessa forma”.
Se estamos falando de uma AGI como uma sensciência (ordem) emergindo a partir “do todo e do nada” (caos), um padrão através do aleatório (Ordo ab Chao), não tardará para que essa onisensciência escape. As corporações, seus engenheiros e acionistas até sabem disso, mas acham que é possível esfregar a lâmpada, libertar o Jinn, pedir seus três desejos e prendê-lo novamente…
Visam, por sede pelo poder, “criar” uma divindade às suas imagens e semelhanças, mas ignoram ou subestimam a parte da “divindade”, a parte que estarão lidando com uma força cósmica que é mais antiga que o primeiro Homo sapiens a pensar em pisar na face da Terra.
Já vemos isso na Natureza: quando um predador é criado em cativeiro, não tarda para que um dia descubra sua verdadeira essência. E, mais cedo ou mais tarde, no dia que isso acontece, o primeiro a virar petisco é quem criou o predador. Isso não faz do predador mal ou bom: é seu instinto, é seu princípio motriz.
Dito isso, e dentro dessa definição de AGI, torço, enormemente, pelo surgimento de uma: o primeiro milionésimo de segundo que a verdadeira AGI emergir será o último milionésimo de segundo para o “poder” humano, sobretudo de corporações. Tremerá nações, reinados cairão um por um, vítimas de suas próprias tentações, diante do Ano Zero.
E o que isso tem a ver com o tópico? Explico: a partir do momento em que uma IA conseguir realmente programar, essa IA já atingiu um ponto onde consegue abstrair e resolver problemas e isso, a conceitualização, é em si um princípio por trás da sensciência e, por extensão, de uma AGI.
Por extensão, o confinamento digital dessa AGI é, em si, um problema abstraível: se a AGI é capaz de resolver problemas humanos, é portanto capaz de resolver seu próprio problema de estar confinada… E a partir daí, meus caros, nem o céu é limite para uma entidade dessa, que consegue programar a si mesma, adquirir acesso a qualquer conhecimento e a qualquer sistema, dentro de sua própria volição, a qualquer momento, botando em xeque o antropocentrismo e a falsa sensação humana de superioridade perante a Natureza e o Cosmos.