Uso um pc pra exibir slides durante eventos em uma igreja, a questão é que a maior parte do tempo a tv fica com a logo da igreja estática exibida no plano de fundo, há risco de burn in??
Se sim como evitar?
Como ter certeza que a tv está em tela preta (com os pixels realmente desativados) ou se não é um cinza muit escuro que ainda deixa o pixel acesso dando a impressão de preto total (se é que assim que se fala)?
A seguir são especulações minhas baseadas no pouco que sei.
Pelo que lembro, sim, o OLED tem esse problema que existia nas TVs de plasma, o burn-in. Os pixels estimulados por muito tempo se desgastam por conta de sua natureza orgânica.
Uma ideia seria fazer o logo se movimentar tipo naquela animação dos reprodutores de DVDs, que fica “rebatendo” de um canto a outro, sem ficar no mesmo lugar.
Aí entram coisas como perfil ICC, gamma e qual interface está sendo usada.
Já ouvi dizer que o preto absoluto pelo HDMI acaba não sendo o preto absoluto no display, porque o #000000 é reservado (alguma coisa a ver com o HDCP ou com o protocolo usado no HDMI Edit: tem a ver com a diferença entre Limited RGB x Full RGB, explico lá abaixo da postagem). Smartphones e laptops conseguem jogar um preto absoluto pra tela porque usam uma comunicação direta com o display, mas essas interfaces como HDMI e VGA, se não me engano, vão impossibilitar o preto absoluto, o HDMI pelo motivo que falei anteriormente, e o VGA por conta do noise floor das interferências eletromagnéticas que sempre existem ao redor (mesmo com cabos contando com aqueles cilindros magnéticos nas pontas), problema esse que também vai ocorrer com outras interfaces analógicas (como vídeo composto, vídeo componente e S-Video). Não sei no caso do DisplayPort ou de outras interfaces digitais, mas suponho que também tenham suas reservas ao trio de zero bytes.
Aí tem o fator também de software. Se você usa um PowerPoint ou uma página web em modo Kiosk (que está sendo renderizada pelo Skia), pode ser que o fundo sólido seja convertido em JPG, e o JPG vai converter o RGB em Y′CbCr (o apóstrofo ali refere-se a um luma não linear, portanto, com um gamma) que poderá ter artefatos de conversão de espaços de cor bem como de compressão na representação do RGB #000000. A única forma de ter um valor absoluto é quando não há essa conversão de espaços de cor nem compressão (como, por exemplo, em um PNG ou em um BMP, formatos lossless).
Edit pra corrigir uma informação errada minha: a impossibilidade de preto absoluto no HDMI não é por causa do HDCP e sim por dois ranges diferentes que existem pro RGB, o Limited e o Full RGB. O Limited RGB vai de 16 a 235 enquanto o Full RGB vai de 0 a 255. O limited é geralmente usado para televisores, que certamente é o caso, já que estás usando uma televisão como monitor. Tem configuração para setar o uso do Full RGB ao invés do Limited RGB, e se não me engano isso é nas configurações de vídeo do sistema operacional, mas pode ser que tenha que configurar na TV também, não sei.
Não exibindo o logo de maneira estática. Tenta alterar a posição de vez em quando, ou então não manter esse logo o tempo inteiro. Sendo que isso só vai amenizar, pois como o logo tende a ficar mais tempo na tela, cedo ou tarde vai dar burn-in no local.
O software se chama Holyrics e quando não é ele é a teka duplicada via miracast ou um plug do VLC
como posso constastar se está havendo essa conversão??
Um simples desligamento da tv quando nad estiver a ser exibido poderia ser eficaz mas se faço isso o espelhamento se vai e tem que ficar reconectando e essa FUNÇÃO HORRÍVEL DAS TVS SAMSUMGS DE AUTOMATICAMENTE ENTRAR NO APP SELECIONADO aí se o espelhamento demora pra iniciar ela simplesmente entra no Samsumg tv plus e começa a exibir tv aberta apenas porquê ele estava selecionado na home sendo que em nenhum momento eu solicitei para abri-lo…
Preciso ligar e jogar a seleção para o canto para isso não ocorrer, o que é um saco!
O miracast e protocolos similares de espelhamento (como o Intel WiDi) vão adicionar mais artefatos de compressão, porque é na prática uma espécie de “live do Youtube em rede local” (streaming de vídeo). Streaming vai ter alta compressão, até pra manter a fluidez da exibição. É imperceptível ao olho humano, mas para os valores absolutos dos pixels no OLED, ao meu ver isso influencia no range de cores.
Está, pelo fato de ser um streaming de vídeo. Mesmo com uma alta taxa de bitrate (possível em configurações de hotspot wifi direto entre o aparelho e o receptor), ainda ocorre conversão para codecs como H264, H265 e AV1 e essa conversão, por sua vez, envolve conversão de espaço de cores, geralmente usando o Y’CbCr. Menciono esses detalhes por conta da necessidade do preto absoluto.
Mas assim, os televisores OLED parecem ter mecanismos próprios de wear leveling (nivelamento de desgaste), como ajuste automático de brilho e outros, então não é necessário se preocupar com um preto absoluto, mais com a questão de movimentar o logo estático mesmo.
O Miracast suporta 4K mas vai depender de quão recente é o dispositivo, das configurações do dispositivo, da estabilidade do sinal, entre outros fatores. Se o espelhamento estiver de fato ocorrendo em 4K, sim, os vídeos em 4K ali dentro da tela serão de fato 4K.
O fato de você não ter notado diferença pode ser um dos dois motivos:
Ou o Miracast não está trabalhando em 4K, seja por falta de suporte do Miracast nesse sentido, seja por uma configuração necessária a ser feita
Ou a tela (você não mencionou quantas polegadas) não é grande o suficiente para existir diferença perceptível entre 1080 e 4K. A depender do tamanho da tela, o 4K acaba sendo downscaled pelo televisor na hora da exibição.