Consultando recentemente no site da Anatel as ERBs licenciadas pela Claro, pude observar que em algumas cidades como Boa Vista, Ananindeua, São Luís, Macapá, Manaus, São Paulo, Xangri-lá, Natal, Recife, Joaboatão dos Guararapes, Mossoró, Teresina, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Guarujá, São José dos Campos, Diadema, etc. algumas das antenas está usando ou usará só 4G/5G.
Sabemos que nos dias de hoje, com o VoLTE limitado ao pós-pago, os clientes dos outros planos dependem do sinal 2G/3G para fazer/receber ligações, então isto será um indício de uma expansão aos planos pré e controle? Já cheguei ver antena até no extremo da periferia (pensando num perfil de consumo).
Ainda é cedo para afirmar com convicção, já que em alguns outros lugares ela tem licenciado ERBs com 3G. A Vivo, por exemplo, está licenciando 3G, provavelmente para atender aparelhos que não suportam VoLTE ou que ainda dependam do 3G, como máquinas de cartão, mas a maior parte dos novos licenciamentos é só com 4G/5G.
Cogito a ideia de que ela queira acelerar a expansão do 5G, e seria a alternativa mais viável economicamente focar na quarta e quinta geração.
Para fazer ligações precisa do volte, e para o volte funcionar precisa do 4g estar funcionando. Eles meio que vão ser obrigados a ativar o volte por padrão em todos os planos.
Não entendo porque eles se recusam tanto a utilizar. É tão caro assim por linha? A TIM usa somente o VoLTE, sem VoWIFI e funciona tão bem. Não entendo esse rolê, sendo que no 5G já se usa o VoRN de mais de 128kbps.
Uns 2 anos atrás falei com um funcionário da Claro do setor de inovação deles, basicamente o
VoLTE/VoWIFI tem custo e a Claro não queria gastar com isso já que tem freqüência de sobra pra 2G e 3G.
Embora migrar pro VoLTE reduza os custos, principalmente do consumo de energia dos equipamentos legados, afinal são milhares de torres de celular.
Mas o pessoal de tecnologia/inovação só pode dar a sugestão é quem decide é o setor financeiro né!
Marketing pode gastar milhões num famoso qualquer pra fazer um comercial de 30 segundos, mas área de tecnologia não é vista como investimento e os contadores de moedas só veem o setor que faz tudo funcionar como custo.
Quem é da área vai entender o que tô dizendo.
Ainda bem que edital do 5G Anatel especificou que tem que ser SA/Ref16 então a Claro que se planejava ter só NSA usando as redes legadas pra voz está tento que correr atrás do prejuízo enquanto TIM e Vivo que já estavam migrando pro VoLTE saem na frente.
O grande problema para ela é “jogar fora” o que já gastou e substituir pelo novo. Nesse aspecto, a Vivo está muito à frente, pois além de instalar novas ERBs, em sua grande maioria, exclusivamente 4G, está trocando o uso das já instaladas. Onde tinha refarming ela está alocando tudo para o 4G, deixando com uma única frequência 3G para atender os outros clientes.
Por isso ela tinha os pacotes de dados mais expressivos que a concorrente, pois estava cortando o máximo de custos possíveis.
Seu comentário me fez lembrar que uma localidade turística aqui no meu estado só veio ter antena da TIM há poucos meses.
Até então, apenas a Vivo tinha antena por lá, há mais de duas décadas.
O detalhe é que essa antena da Tim é apenas 2G.
Aqui no estado foi a Claro que recebeu clientes e a estrutura da Oi.
Equipamento de uns 10-15 anos pra cá aceita várias tecnologias (dependendo das bandas, claro). Se for algo mais antigo, precisa meter uma plaquinha nova no baseband unit, se for algo mais recente, dá pra ativar remotamente.
Eu tava falando da interface de rádio mesmo.
A Claro eventualmente vai ter que liberar, não vão conseguir manter pra sempre todo mundo dependendo de CSFB, mas dá pra ver que não tão com pressa…
Bem provável, pois o trio de operadoras foi obrigado a atender toda a base de clientes, inclusive aqueles com a rede legada (2G), então até as próprias operadoras mudarem os clientes da extinta Oi Móvel pras redes mais atuais (4G/5G), elas (as 3 operadoras) terão que operar a rede “antiga” da Oi, em sua totalidade!