Que episódio maneiro! Sendo bem sincero… eu ainda ouvia o Tecnocast no Ipod até ano passado. Eu usava um Ipod nas caminhadas matinais e como caminhava numa avenida próxima ao prédio em que resido, acabava indo sem smartphone pra ter um momento de “paz”. Eu conseguiria facilmente passar semanas com um aparelho mais simples que mandasse sms e recebesse ligação, mas, como trabalho na área de tecnologia e sou praticamente obrigado a ficar disponível o ano inteiro através de apps como Teams, Meet, Slack, etc… aí fica impraticável. Já tenho utilizado algumas funções do IOs pra me notificar apenas de informações de 4 contatos após as 18hs… nenhum outro app consegue me notificar e isso faz com que meus estudos noturnos fiquem mais produtivos.
Olá pessoal! Acabei de ouvir o episódio e gostaria de deixar minhas contribuições sobre o que é discutido no final, sobre o controle de tela e a facilidade de se esquivar disso de maneira simples pelo próprio celular.
Eu sempre tive um uso tóxico com celulares devido a vícios não apenas em redes sociais como também em pornografia. Cogitei bastante alguns features phones como solução, porém a falta dos apps de banco, GPS, WhatsApp e Spotify foram o que não me fizeram seguir em frente.
Do ano passado pra cá consegui resolver esse problema. É possível fazer isso com certa facilidade com o Controle Parental, então deixo esse comentário como dica pra quem queira fazer o mesmo. Meu celular é um Z Flip 3 (Android), mas acredito que é possível fazer também no iOS.
Segue o passo a passo:
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Criei uma segunda conta de email e gerei uma senha longa e aleatória para não correr o risco de memorizar. Anotei essa senha num caderno na casa da minha mãe, em outro bairro, para precisar me locomover ou pedir ajuda de alguém caso realmente precise acessá-la.
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Vinculei o Controle Parental da minha conta principal com essa conta nova. É possível fazer isso totalmente pelo computador via web.
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Uma vez vinculado, configurei para que novos aplicativos da PlayStore sejam instalados apenas com a senha da conta secundária (isso me impede de baixar outros browsers ou versão lite dos aplicativos).
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Configurei também o Google Chrome para ocultar conteúdo adulto e bloqueei sites de redes sociais (twitter, instagram, youtube, linkedin, pinterest). (PS: se você usa o Chrome no PC ele também bloqueia esses sites lá, o que acabou fazendo o Edge ser meu navegador padrão no PC)
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Em Limite de Apps, bloqueei os aplicativos de redes sociais e outros browsers exceto o Chrome. Bloqueei também a Pasta Segura (conseguiria baixar lá tudo novamente). Com isso, consegui deixar o meu celular com apenas o necessário.
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Dicas bonus: pra manter a DM do Intagram e Linkedin baixei o app do Beeper e vem funcionando muito bem.
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Para evitar o pornografia no computador, alterei o DNS da rede e felizmente minha provedora local trava o acesso ao roteador. Então novamente precisaria da ajuda de alguém pra desfazer isso.
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Comprei um tablet multilaser baratex e instalei nele o instagram lite, youtube e tiktok lite. Criei uma terceira conta de email para ele e defino que após 1h de tela, ele vai se bloquear. Também configurei ele pra bloquear as 22h e desbloquear as 11h da manhã do dia seguinte.
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Limitei o tempo do gmail pra 5min, e de aplicativos de banco para 15min. Com isso, caso meu celular seja furtado, talvez pelo pouco tempo de tela disponível o ladrão seja atrapalhado.
Tenho que dizer que tudo isso melhorou e muito meu uso com o celular. Principalmente ao ir dormir que passava horas rolando feed, ao acordar que enrolava na cama fazendo o mesmo, e em contextos sociais, onde nem tenho o que ver caso pegue meu celular, o que me obriga a socializar.
Desculpa pelo comentário longo, mas tá aí, vício em celular tem solução.
Interessante.
alguém traga um gênio para esse troféu
Sabendo que se hackearia, o homem hackeou a própria capacidade de hackear, tornando-se, portanto, irraqueável.
Um celular burro deve ser excelente para grandes executivos, celebridades e outros ricaços que possuem um exército de empregados; para mim, mero mortal, é impossível abrir mão de um smartphone e de toda a facilidade que ele gera. E ter dois aparelhos para ficar revezando de acordo com o momento do dia não me parece nada prático, principalmente devido à necessidade de dois planos de celular.
Acredito que o melhor caminho para diminuir o uso de smartphone seja o autocontrole. Não é fácil, principalmente porque nosso vício enche o bolso de muita gente, mas também não vejo a solução em mais um item de consumo.
Cara vc se adotou como pai/filho
Seria interessante um smartphone hibrido, tipo um notebook/tablet que destaca a tela do teclado seria um smartphone que da pra sacar um celular simples e deixar o smart pra trás.
Duas utilidades principais que vejo no dumbphone são a privacidade digital bem como a segurança. Há um tempo atrás eu comprei um Multilaser Zapp tanto pra não ter app gerando minha telemetria, como também para não ter app bancário.
Embora o Multilaser Zapp (e o KaiOS no geral, que é o sistema operacional dele) tenha apps, como Google maps, WhatsApp (até pouco tempo atrás, antes de a Meta encerrar suporte ao mesmo), Telegram e outros, é um aparelho que você sabe que não está fazendo sua telemetria porque a bateria dura literalmente dias (o que seria impossível se houvesse telemetria como tem em Android e iOS), além disso, nem a câmera é boa direito (uma câmera VGA que fica na parte de trás, e que ainda pode ser facilmente tampada se a desconfiança ainda falar mais alto).
De início tava indo bem, botei o chip de operadora nele, botei umas músicas em MP3, e servia para o básico quando na rua. Sempre evitei usar Pix na rua, então app bancário não me fazia falta na rua (uso internet banking apenas em casa). Se eu fosse assaltado, ladrão ia tomar prejuízo (pois o celular é extremamente barato pra ele conseguir vender, além de não ter nada bancário pra ele invadir). Não a toa, esse celular também é chamado de “celular do ladrão”.
O problema começou quando, após algumas atualizações de apps, começou a aparecer propaganda nos apps. Até no app de música oficial do aparelho, de repente puxava uma popup de anúncio. Não era vídeo (nem tinha como ser), mas incomodava. A bateria drenava mais, pois toda hora carregava anúncio por wi-fi ou por rede móvel, ao ponto de a bateria não mais durar dias como durava. Aparentemente isso foi tanto a ponto de viciar a bateria. Assim, chegou um ponto que eu abandonei ele e resolvi usar um smartphone de gaveta.
Sim, eu sou extremamente chato com propaganda. Eu paguei o celular com meu dinheiro, não exigi da KaiOS nenhuma atualização, não estou usando nenhum serviço de nuvem ou algo que gere despesas deles, mas atualizaram e botaram anúncios, o que me fez abandoná-lo, pois com o carregamento desses anúncios vem junto a telemetria que tanto tentava me afastar. Hoje moro na roça (literalmente), o que me tira a preocupação com roubo de celular (onde moro hoje, a criminalidade é baixa), e só não abandonei totalmente o uso de aparelhos móveis porque ainda tenho contas bancárias, mas por mim eu tacava tudo no lixo, Android e KaiOS, e ia cuidar de criação rural sob um céu sem propagandas (ainda, até o dia que inventarem de botar holograma de anúncios no céu… Ops, já existe, com drones…)
Ironicamente as pessoas eram mais inteligentes quando os celulares eram burros.
Pra mim um dumb phone não faria o menor sentido. A última coisa que faço no celular é ligação…rs