Eu vejo da seguinte forma, vai ser um pouco longo o texto mas acho importante dizer que não é uma guerra perdida, e sim, faz sentido seu ponto de vista e um ótimo comentário.
Empresas pode nascer sustentáveis (poucas atualmente) ou se tornarem totalmente ou parcialmente, e qualquer um desses cenários é importante. Muitas mudanças de mercado começam pequenas, as vezes numa sala de aula, em um artigo ou comentário e no início não imaginamos onde uma ideia ou ação pode chegar. Empresas buscam lucro, essa é a forma de se tornarem sustentáveis no ponto de vista econômico, mas elas também podem ser no ambiental.
Há alguns anos atrás trabalhei em um sistema de recrutamento online, projeto de pós graduação de uma estudante de pós-graduação da Harvard Business School (não que tenha relevância mas é divertido falar esse nome rs). Nessa época estudei outros sistemas similares e acompanhei algumas vagas que apareciam no mercado, agora que vem a questão: A C&A estava fazendo contratações em massa para diversos cargos administrativos e técnicos, e tempo passa contratações são feitas, e sangue novo entra na empresa. Pouco tempo depois eu notei indo a uma loja, que eles estavam adotando novos fornecedores de algodão ecológico, e lançando selo e produtos com essa pegada, e fez diferença. Como já vi acontecer em outras empresas, uma pessoa nova, com novas atitudes, que tenha aprendido da forma ecológica e sustentável, mesmo que tenha sido influenciada por um(a) amigo(a), ou lido um artigo sobre a importância da sustentabilidade, um dia entra numa empresa, consegue um cargo bom e pode fazer a diferença.
Assim, nenhuma ação por menor que seja é desperdiçada.
Voltando para empresas, o mercado, core business depende de lucro, mas para obter lucro ele precisa produzir algo, e vender (mesmo que serviço). Quem sustenta o mercado é o consumidor, o pequeno consumidor, veja, se um comprador(pequeno) de smartphone não se interessa pelo produto, a fabricante não vai existir, é esta (o grande consumidor) que consome de seus fornecedores de materiais e componentes. No fim, o poder é sempre o pequeno, mas do pequeno junto como um todo.
Daí a importância de conscientização e educação ambiental. Se o consumidor não pressionar as grandes empresas a procurarem a melhor forma de conduzirem seus negócios, ainda temos esperança naquela pessoa que leu um artigo, pesquisou e se interessou pela responsabilidade ambiental e foi parar em uma cadeira de gerente ou diretor.
Mas devemos olhar para o mundo pensando no que é possível, viável e melhor para todos.
Eu já acho que o fato de algumas empresas tentarem compensar aquilo que utilizaram é uma forma, ainda que possa não ser justa, de diminuir esse impacto, no meu ver não é a melhor solução, não resolve o problema (o ideal é estudar e descobrir novas formas, e isso está em curso), mas é válida. Por isso a importância de conscientizar e apoiar essas empresas.