Qual é a sua experiência com a IA?

Continuando a discussão de Windows corrompe toda hora:

A conversa iniciou devido o tópico acima. Eu acredito que a interação humana, principalmente em fóruns, seria bem melhor do que conteúdos vindo da IA.

Hoje, vemos muitos sites adotando a IA para gerar informações, até mesmo nas buscas.

@mobilon citou como ponto de partida para ajudar a eliminar problemas comuns.
Windows corrompe toda hora - #2 de mobilon (pois me parece como se estivesse lendo tutorial/manual de usuário do equipamento ou software).

Conte suas experiências nos sites, principalmente, de buscas e fóruns? Obs.: podendo citar outros também.

Minha experiência com IA se resume a:

  • Generativas: uso para explorar conceitos de arte no trabalho, inspiração ou só para dar uma viajada. As vezes uso no Photoshop para aumentar áreas inexistentes de imagem, ou para fazer correções pontuais. Usando bem, agiliza bastante o fluxo de trabalho. Mas tem que ter um olho bom para não deixar passar umas bizarrices.

  • Copilot: usei por um tempo o plano pago para programar (programo só por hobby). As vezes é assustador de bom, e vejo como realmente a ferramenta pode auxiliar um desenvolvedor profissional. É muito legal ter um ajudante “onisciente” e que compreende o contexto de um projeto como um todo. Mas, assim como nas generativas para arte, exige um olho bom para identificar possíveis problemas e/ou soluções esdrúxulas.

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Minha interação com os LLMs é muito boa. Utilizo, de modo diário e concomitante, três LLMs: Google Gemini, Meta Llama e OpenAI ChatGPT GPT-4o. Muitas vezes replico a mesma pergunta que fiz para um aos demais. Geralmente minhas perguntas envolvem o comando “Comente e analise …” seguido de um texto, poema/poesia, frase ou código que eu mesmo escrevi, assim, consigo ter insights que não percebi daquele texto que eu mesmo redigi.

Aqui abordo uma das principais características dos LLMs, que torna-os um tanto superiores à interação humana: a polimatia. Sim, há humanos polímatas que abraçam inúmeras áreas do conhecimento humano. Entretanto, a polimatia humana não é profunda por motivos óbvios: o ser humano é limitado em sua natureza, ainda que dedique toda sua existência ao aprendizado. LLMs, por sua vez, abarcam todas as áreas do conhecimento humano em suas bases de treinamento, com um nível razoável de detalhamento.

A Internet acumulou especialistas de suas respectivas áreas, do engenheiro civil ao pai de santo, do anestesiologista ao programador de CNC, do especialista em filosofia nihilista ao professor de Guarani, do escritor surrealista ao agicultor que pratica monocultura (os exemplos são propositalmente “desconexos” para demonstrar a complexidade do conhecimento humano).

Podemos falar com cada um desses especialistas em tempo real através das redes sociais e mensageiros instantâneos, mas é o LLM que consegue, com certa maestria (ainda que longe de uma perfeição), agregar tudo isso simultaneamente: o data scrapping reúne tudo isso através de um cluster computacional mapeando cada milímetro cúbico da Web, e então cria uma espécie de “brainstorm” onde o LLM aprenderá sobre Ogum, concreto armado, composição e tempo de efeito do fentanil, instruções para o corte longitudinal de peças metálicas, a ponte humana entre o Übermensch e o animalesco, como cumprimentar um paraguaio com “Tapeg̃uahẽporãite!” quando este vem ao Brasil, as cadeiras que viram cavalos voadores e qual o período de entre-safra do milho.

Qual utilidade disso? Aprendizado e entendimento profundo da realidade. As coisas quase sempre são multifacetadas. Dou como exemplo a notícia recente “X foi desbloqueado no Brasil após pagar multa”: o que parece uma simples notícia tecnológica na realidade abarca inúmeras áreas do conhecimento humano, da legislação e polítiica, à relações diplomáticas e economia, além de sociologia e, o mais óbvio, tecnologia e várias das engenharias relacionadas à Tecnologia da Informação.

Aqui não estou desprezando a interação humana, mas constatando o fato de que nós, como humanos, temos mais limitações informacionais que todo um sistema clusterizado computacional dedicado a computar essas informações em um tempo muito menor do que um ser humano seria capaz de fazê-lo: disserte, por exemplo, sobre a relação entre Shaitan como arquétipo sombrio humano, a Revolução Industrial e o aumento da intensidade dos furacões no Hemisfério Norte. Um humano levará horas, considerando que já tenha um certo aprofundamento sobre teologia, Qlipphots e arquétipos jungianos, história da influência europeia no ocidente, conceitos de meteorologia como pressão atmosférica e sazonalidade, mudanças climáticas e geopolítica. Qualquer LLM, por sua vez, levará segundos!

Tanto LLM quanto humanos estão longe da perfeição (como diria Nietzche, o abismo sempre olha de volta, para o humano que ousa atravessar a ponte), mas a tendência ideal é que um aprimore o outro: LLMs evoluindo conforme humanos interagem com eles, e humanos evoluindo conforme se aprofundam no conhecimento acessivelmente agregado pelas LLMs. Não fossem problemas como a ganância corporativa, talvez já teríamos um AGI biotecnológico.

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This guy LLMs!

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