Produtos Apple no Brasil

Vocês acreditam que esta realidade no Brasil mudará em algum momento? Entendo que juntamente com o tributos excessivos brasileiros há a margem de lucro estratosférica da Apple, contudo a realidade BR é muito cruel.

Não acho que vai mudar o cenário. Sempre foi assim e nem por isso a Apple deixa de vender aqui no Brasil. Basicamente ela põe o preço que ela quer que vão comprar. E impostos sempre vão ter. Então dito isso, não vejo esse cenário mudar, infelizmente…Brasil é o país dos impostos, impostos sob impostos e por aí vai…

O maior problema é que muitas vezes ela alavanca os preços das concorrentes também, vide Samsung, que sempre vai na onda da Apple (em preços, em tirar o carregador da caixa, etc).

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Não sei se foi seu gatilho para esse post, mas acabou de sair um artigo legal no TB sobre como essa conta é difícil de fechar.

Nos produtos Apple ainda tem um agravante que, por seu status de luxo, tem bastante mercado mesmo a preços altos, o que não ajuda a balança de oferta X demanda deixando os preços ainda maiores.

Enfim são milhares de fatores diferentes para chegar nesse valor então é seguro assumir que a mudança se acontecer não será drástica. Acho que a melhor ferramenta para mudar isso é ter uma política pública não esquizofrenica que faça a situação se estabilizar um pouco para dar uma balanceada em alguns desse fatores como por exemplo o dólar.

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A Apple se posicionou como marca de luxo aqui no Brasil e deu muito certo, então não faz sentido mudar por enquanto.
Tem que ocorrer uma mudança tanto do mercado consumidor quanto da concorrência pra afetar esse posicionament, mais ou menos como aconteceu na China.

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Além disso, diferente do caso da raspberry, o iPhone é um produto muito visado, assim como smartphones e eletrônicos de consumo geral. E no Brasil o roubo de carga desses eletrônicos é muito frequente, elevando o custo do seguro de carga a níveis estratosféricos.

Imagina o custo de uma carga de iPhones ou Galaxy s21, pode chegar aos milhões por caminhão, e o seguro vai ser um valor bem considerável. E mesmo com escoltas armadas e muitos outros impecilios ainda acontece o roubo frequente.

Além disso como foi dito a Apple importa grande parte dos seus produtos, diferente de Samsung e outros, o que ajuda a esse preço ficar bem mais alto também.

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Quem tem que mudar é o governo, a empresa cobra quanto quiser. Nenhuma empresa vai queimar margem de lucro pra amortecer impostos, taxas, logística e seguros … em cascata.

Enquanto não vier uma mudança por parte do governo, até mesmo como forma de democratizar o acesso à tecnologia, que mais do que nunca se provou vital, vai permanecer esse caos.

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Não acho que muda tão cedo, até falamos disso no Tecnocast 190: Tecnocast 190 – Apple além do iPhone – Negócios – Tecnoblog

Por já ser tudo tão caro no Brasil, a Apple aqui acaba atingindo principalmente um público que tem melhores condições financeiras e que (ainda) consegue bancar os produtos mesmo diante dos reajustes.

Provavelmente só tomariam alguma medida se as vendas despencassem muito, o que não é o caso (a Apple está longe de ser líder por aqui, mas ainda sim aparece nas listas de aparelhos mais vendidos em nosso país).

Muitos comparam a Apple com a Samsung, mas há duas diferenças importantes entre as duas empresas, sendo a primeira o posicionamento de marca. A Apple prefere lucro acima de volume de vendas, então por isso ela não diminui a margem dela de jeito algum. Pra ela é mais valioso ter clientes dispostos a gastar mais do que vender muito pra quem gasta pouco.

O segundo ponto são os custos locais. A Samsung é líder no Brasil, tem um volume gigantesco de vendas e também tem fábricas no país (e se beneficia de fabricar não só celulares, mas também TVs, máquinas de lavar, entre outras coisas). Pra Samsung é muito mais fácil segurar o preço dos dispositivos do que pra Apple, que vende pouco e quase tudo 100% importado.

E claro, tem o custo Brasil por trás. Fico pensando o quanto a Apple gasta de seguro aqui pra transportar um caminhão com computadores que custam até mais de R$50 mil. Essa conta, é claro, vai parar no bolso de quem compra.

Se chegar num ponto em que o iPhone não vende mais nada por aqui, acho mais plausível a Apple deixar o mercado brasileiro do que tentar fazer alguma coisa pra melhorar os preços (o que diante da nossa situação econômica atual + política de impostos do país acho quase impossível).

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Esse tipo de preço só vai mudar no Brasil quando for vantajoso fabricar localmente e tivermos fábricas de componentes básicos.
Fora isso, precisamos dar uma revisada nesses impostos e etc… temos muitos encargos e direitos trabalhistas além de sindicatos só fazendo bobagem. Tudo isso pesa na hora de fabricar e tal.

Porém tenho que apontar que quem montou esse gráfico ai fez de forma à parecer que o Brasil é o pior lugar para tal. Mas não é. Na Venezuela, tá 10300 VEF, que dá 1951 USD. Acho que na Argentina tbm tá mais caro que no Brasil.

O governo pode muito bem mudar e a Apple decidir continuar posicionando o seu produto como de luxo no Brasil.
Talvez o governo mudando permita a Apple diminuir o preço, mas isso não é necessariamente o fator determinante para a Apple decidir a sua estratégia de marketing para o país.

Quando eu falei “mudar o governo” me referia a política de impostos e incentivos. Da forma que é hoje é proibitivo para toda população adquirir qualquer coisa de tecnologia.

Ou seja, estamos falando de coisas diferentes, porque eu estou falando sobre o que precisa mudar para fazer a Apple mudar a sua estratégia de marketing no Brasil e reposicionar os seus produtos por aqui.

Mas não é a Apple ou qualquer outra empresa que precisa mudar sua estratégia, é o Brasil que precisa evoluir e parar de dificultar a vida das pessoas.

Falando especificamente da Apple, ela não altera a sua estratégia para se adequar ao mercado, são raras as ocasiões que o faz.

Se você retroceder, vera que ela não mudou a forma de cobrar por aqui. Dólar sobre, ela sobe os preços, dólar estabiliza, ela reajusta negativamente. Só que de alguns anos pra cá, não temos experienciado quedas estáveis.

A vida pode ser a mais fácil do mundo, um produto de luxo continua sendo um produto de luxo. A diferença é que se a vida é mais fácil, mais gente pode comprar o produto de luxo.

Por isso que eu não acho que se o custo Brasil diminuisse ou se a renda média do brasileiro aumentasse por algum milagre a Apple iria diminuir muito o preço que ela pratica por aqui.

Mas não é ela quem tem que diminuir, é o brasileiro que precisa ter mais poder de compra. É só você ver exemplos internacionais. A margem dela tem muito pouca variação, o que afeta os preços são as políticas locais de impostos, taxas, seguros…

O Tim Cook não virou para o board e disse “ vamos cobrar 12x mais no Brasil, porque sim.”

Acho que esses países não são inclusos nesse tipo de comparativo porque não há representação oficial da Apple por lá. Mas sim, existem países que estão piores que a gente no quesito preço Apple.

Essa situação toda não mudará enquanto nossa economia for essa estagnação horrível. E para sairmos disso, é preciso uma série de reformas, e inclusive contar com a sorte.

Então no médio prazo o iPhone ou qualquer coisa da Apple vai continuar sendo um produto de luxo para a maioria do povo brasileiro.

Talvez num futuro distante, se a nação não tiver falido, teremos condições financeiras para considerar um iPhone um smartphone qualquer, como um estadunidense médio faz hoje.

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