Acho um baita retrocesso por parte dos “patrões”, não se abrirem para o debate do trabalho remoto. Existem inúmeras atividades que podem ser muito bem exercidas de modo remoto. Todo mundo sai ganhando no médio/longo prazo, porém, eles não estão prontos para isso, infelizmente.
E tem o que discutir? Trabalhar em casa é qualidade de vida. Não é todo mundo que é disciplinado e produtivo o suficiente para trabalhar remotamente, acredito que o empregador teria que filtrar bem quem teria esse benefício.
Hoje em dia quando alguém me oferece uma vaga no LinkedIn, minha primeira pergunta é se é remoto ou presencial.
Eu até aceito voltar a trabalhar 100% presencial, mas precisa ser um salário bem mais alto e não pode ser muito longe da minha casa.
Aí que mora o problema. A maioria não sabe fazer esse filtro e/ou pq eles não tem disciplina suficiente pra trabalhar dessa forma, acham que toda a equipe não vai ter também.
Hoje tenho um salário bom, e todos na minha equipe, incluindo o gestor, são favoráveis ao home office. Ainda assim, o fantasma do retorno ao escritório continua sendo uma realidade para nós. Eu sou um que estou disposto a trocar o meu salário atual por qualquer outra vaga que me ofereça um terço do que eu ganho para trabalhar sem aquele desgaste desnecessário de deslocamento e contabilização de horas dentro de um escritório.
Tenho pensado em muito acerca disso também, viu? Só o deslocamento pro escritório já enche o saco todo santo dia.
Eu trabalho em uma vara criminal do Tribunal de Justiça do DF. A digitalização dos processos nessa área (e nem estou falando do trabalho remoto em si) só aconteceu por causa da pandemia, que obrigou as delegacias do DF a pararem de encaminhar investigações em papel pra gente. E só pararam porque o Tribunal baixou uma portaria proibido a distribuição de inquéritos de forma física. Pra se ter uma ideia, os delegados de muitas delegacias sequer tinham certificado digital. Daí a justiça e o Ministério Público ficavam operando de forma digital e a delegacia mandava papel que precisava ser digitalizado e incluído no sistema (PJE). Essa enrolação nos impedia de ir para o teletrabalho, enquanto o restante das varas “não criminais” já contavam com a possibilidade. Chegava ao absurdo de as delegacias gravarem depoimentos em DVDs e mandarem pra gente, ao invés de simplesmente subirem os arquivos na plataforma (porque não queriam eles mesmos comprimirem os arquivos). A pandemia veio, o tribunal economizou horrores com despesa de custeio (papel, energia, água, limpeza etc), o que levou a massificaram o teletrabalho. Presencial nós temos apenas uma ou duas pessoas por dia (isso varia de vara para vara). O restante trabalha de casa com rendimento muito melhor. Hoje eu faço em 4 ou 5 horas o que presencialmente eu levava 7 horas. Agora, em termos de produtividade, o esgotamento mental é o mesmo, só que em casa ele acontece antes, justamente por eu não parar tanto como no presencial. Não tem aquele assunto aleatório com o colega de baia, a pausa pro papo do café, as várias idas ao banheiro pra esticar as pernas e tal. Em casa eu não consigo ir além de 6 horas seguidas porque eu começo a errar muito. Acaba que o trabalho fica intercalado ou com as metas de produtividade do dia mesmo.
Sobre deslocamento. Eu sou de Niterói, na região metropolitana no Rio de Janeiro. Morei lá a maior parte da vida. Durante uma época, entre 2017 e 2018, eu morava no centro da cidade, e trabalhava na capital Rio de Janeiro, num bairro da zona sul. Pra fazer esse trajeto, eu utilizava nada menos que TRÊS MODAIS. Ia de barca para a cidade do Rio, depois pegava metrô até o bairro do Leblon e de lá pegava um ônibus que me deixava perto do trabalho. Quando me lembro disso hoje em dia, eu francamente não sei dizer como conseguia.
Sou supervisor e poderia fazer muito bem o meu trabalho remotamente, mas a empresa quer que eu vá trabalhar presencialmente.
Queria muito exercer minha função de casa.
Eu nos meus tempos de São Paulo, fazia uma via crucis pra chegar ao trabalho também, e vou te falar que, não sinto a menor saudade disso, apesar de morar em outra cidade hoje e ter de trabalhar presencialmente, gasto 15 minutos de bicicleta hoje no deslocamento. Mas, ainda sonho com o trabalho remoto em um futuro próximo.
Eu acho engraçado chamar trabalho no escritório de voltar no passado, sendo que se a gente pegar a galera de muitos séculos atrás você vai ver muito mais trabalho na própria casa (artesãos, ferreiros, marceneiros, etc.) do que fora
Se o cara trabalha remoto não vai poder aproveitar de viagens de trabalho (pra empresas que oferecem isso) porque aí a emrpesa vai perguntar se pode trabalhar remoto porque precisa viajar . O que mais conheço e gente que gosta dessas viagens porque serve de férias DA família
Não é uma matéria, é uma opinião de um recorte, a do autor. Não há dados estatísticos, estudos ou matérias de outras fontes para sustentar os argumentos. Poder-se-ia alterar a manchete para: “Eu não quero retornar ao presencial e vou criar argumentos próprios para isso”.
Não concordo com sua opinião, mas posso mudá-la se me apresentar algum argumento que não seja vazio ou genérico como:
“Muita gente não gostou.” - quem?
“medo de arriscar…” - o quê?
“é como se houvesse um movimento organizado para rejeitar a mudança”. - baseado em que evidência?
“Se houvesse uma associação entre trabalho remoto e não trabalhar, dificilmente tantas empresas teriam atravessado 2020 e 2021.” - Havia alternativa?
“Um diretor da empresa já se demitiu por não concordar as decisões dos executivos.” - Um. Um? Sério, Um???
Da sua ÚNICA citação no artigo: “Musk está tentando resumir o debate sobre o retorno ao escritório a um binário simplista de bom/mau, em vez daquilo que ele realmente é: um problema de gerenciamento complexo.” - Ele é o dono da empresa, então, a opinião dele é a que importa. Se ele está certo ou não, se está sendo simplista ou não, problema é dele e da empresa dele. O que outras pessoas acham, seus funcionários, inclusive, não é problema pra ele resolver, e se quer resolver de maneira simplista é direito dele.
A sociedade pode debater qualquer tema o quanto quiser, dar opinião sobre qualquer coisa, inclusive empresas alheias, agora tratar isso de maneira simplista, como seu título quer fazer crer é reducionismo absolutista que você mesmo critica na citação anterior. " Pois é, ainda estamos discutindo sobre trabalho remoto" - não dá a ideia de ser uma coisa óbvia, simples e que pessoas idiotas (como Musk e gestores de empresas) não querem “reconhecer” .
Estou muito preocupado com essa geração cheia de “verdades” baseadas apenas em experiências pessoais.
Não estou atacando o jornalista, que fique bem claro. Uma parte da opinião do jornalista me chamou a atenção logo no começo da matéria “E, por mais que estejamos cansados das polêmicas do (talvez) novo dono do Twitter, o que Musk fala sempre reverbera.”. Fiquei com a sensação que ele esteja cansado de escrever sobre o Elon Musk e esta sendo obrigado a escrever reportagens sobre o mesmo. E sim, me parece ser uma opinião pessoal, e não uma matéria. Mas é minha opinião.
Se você olhar as postagens feitas pelo Josué (o autor dessa postagem), não tem uma sobre o Musk. O Josué parece ser o responsável principal pelo podcast mesmo.
Claro, eu não sei como é a divisão do trabalho no TB, então talvez ele tenha a função de ajudar na pesquisa para as postagens do outros membros ou algo assim.
Assim como tem gente que não era produtivo no escritório. É necessário muita hipocrisia de quem não concordar que na época de escritório tinha gente fingindo trabalhar, tinha gente indo dormir no banheiro, passando o dia no café, chegando atrasado e indo embora cedo.
Quem quer produzir, produz independente do local e não é o modelo que muda isso, o que o modelo pode mudar é a interação com o time, mas uma vez a cada um determinado periodo de tempo ter um HH é o suficiente para manter o time entrosado.
Eu tenho uma equipe comigo, mais de 20 pessoas, todos no modelo de squad (São mais de um) e nosso time tem entregado dentro dos prazos previstos como faria normalmente (E já vai para 3 anos com a produtividade sempre excelente).
Gestores e empresas precisam entender o seguinte, trabalho é medido pela entrega. Onde e quando está sendo feito, não importa, desde que feito dentro do prazo acordado e com a qualidade esperada.
Acho que todos aqui já vivemos cenários de lojas ou repartições públicas que evidenciavam que o fato do trabalhador estar presencial, não o tornava produtivo.
O trabalho remoto também não garante produtividade, garante melhora de vida do profissional.
A produtiva é garantida por uma equipe bem gerida, com estratégia e focada nas entregas. Tudo isso pode ser feito de qualquer lugar.
Forçar o trabalho presencial é, SIM, um problema de gestão. A dificuldade de um gestor de gerir sua equipe e ter uma estratégia, então ele tenta apaziguar isso, acreditando que vendo todo mundo vai lhe dar garantia de trabalho.
Pode ser isso como você descreveu. Como ele ajuda no podcast vê a mesmas coisas sempre e ficou esgotado.
Digo o mesmo, tiro valor do meu salario pra ficar em casa.
Não sei se atacando o jornalista, mas defendo Musk como sempre, certeza kkkkkkk