O rumo da Publicidade no mundo digital

Hoje são duas publicidades no início de um vídeo no YouTube e, caso o vídeo seja longo, também há publicidade durante o mesmo. Abrimos um vídeo já com o dedo nervoso mirado no “pular anúncio”. Durante um documentário ou um vídeo divertido, a publicidade surge de repente, cortando seu foco ou emoção do que você está assistindo.

. Até onde a publicidade está sendo saudável no mundo digital?

. Será que as marcas pensam no sentido negativo de uma publicidade repetitiva e invasiva?

. O que você, como consumidor, acha desse tipo de publicidade online?


  • Meu nome é Natasha, tenho 34 anos e sou Publicitária recém-formada pela UniCarioca no Rio de Janeiro.
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Sou contra a repetição exaustiva de uma publicidade. Acho um saco! Puro desperdício de dinheiro da marca. Isso acaba virando piada, na web.

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Eu imagino que eles estejam mais preocupados com o retorno que o gasto com publicidade em certa plataforma dá do que com o desgaste ou negatividade da pubilicidade repetitiva e invasiva.
Só devem se preocupar com os efeitos negativos se eles virem uma queda na renda.

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Eu não compro de empresas que abusam no telemarketing, spam, anúncios invasivos, informativos insistentes de produtos, técnicas manjadas de promoção (informe seu email e baixe o pdf tal…) , realmente bloqueio e me da uma repulsa da marca ou empresa que usa isso.

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A Publicidade sempre mente um pouco para ela mesma, não é? Todo mundo sabe que muitas inserções seguidas causam um efeito ruim no público-alvo, que a absorção da mensagem fica prejudicada, que a relevância vai ser diluída, mas ainda assim o que mais se vê é isso.

Acho no entanto que no YT, especificamente, há também o Google forçando o Premium goela abaixo.

Lembrando que a quantidade de inserções não é exatamente culpa da marca e sim do veículo.

Eu tive uma experiência bem ruim com o G1 no dia que o vídeo da reunião do bozo foi liberado. O “ao vivo” da Globo News tava destacado no portal, então corri pra assistir.

Quando dei play eles me jogaram um anúncio de quase um minuto (não lembro exatamente o tempo, mas parecia eterno) sem o botão de skip.

Olha a situação: eu entrei pra ver uma breaking news, algo urgente que ja estava passando, e o portal me obrigou a assistir um anúncio por completo antes. Extremamente frustrante

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Falando nisso, eu nunca vi um botão de skip noa vídeos da Globo.

E não ter a opção nem no breaking news é patético.

Entendo que é a forma de monetizar, mas é desagradável. Por isso, uso e abuso de adblocks.

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Olá, Natasha!
Muito interessante que alguém de publicidade realmente esteja interessado na opinião do público e não apenas restritos ao que o cliente quer.
Vamos lá, passo a opinar sobre seus questionamentos:
A publicidade no mundo digital é algo bem complexo. Ao mesmo tempo que temos o benefício de receber informações mais voltadas aos gostos pessoais, ao contrário de um horário nobre de televisão, por exemplo, que existem pessoas com gostos bem distintos assistindo, posso visualizar uma promoção de um produto do meu time de futebol, enquanto minha namorada vê o anúncio de uma maquiagem que ela quer, por exemplo.
Mas como já dizia os “melhores do mundo”, nem tudo são flores na vida de Joseph. Também tem alguns contras, como por exemplo a restrição de público atingido pelas postagens em redes sociais. Entendo que se estou em uma rede social, uma vez que não sou obrigado a ter perfil lá, tenho que me sujeitar as normativas deles, mas eu que não sou criador de conteúdo não consigo que todos meus amigos vejam uma determinada foto que postei de uma viagem, por exemplo. Acho isso frustrante.
Outro ponto negativo, prosseguindo para a segunda pergunta, é justamente a publicidade repetitiva. Eu tenho um (vou evitar utilizar a palavra que pensei) gigante de uma publicidade do Youtube daquela empresa que promete que é fácil ganhar 1 milhão. Já fui cliente e não gostei (antes dessa avalanche de propaganda), mas mesmo que não tivesse essa prévia experiência, eu JAMAIS seria cliente de uma empresa assim.

Em termos gerais, acho que a linha é bem tênue entre a publicidade bem feita e a publicidade chata. As empresas deveriam se preocupar um pouco mais com isso, mas infelizmente bom senso está em falta.
E sinto falta, também, de propagandas mais divertidas como existiam várias antigamente (em linhas gerais, não apenas digitalmente).

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Entendo, mas não é a marca que escolhe o veículo? Eu não vejo publicidade de certas empresas no youtube, outras utilizam o canal de forma menos agressiva (por exemplo, não ficam exibindo o conteúdo de forma insistente). Por que algumas conseguem e outras não?

Acho que está relacionado com a quantidade de verba para cada veículo.
No Instagram, por exemplo, você define o tempo da campanha e o valor a ser gasto por dia. Quanto mais dinheiro por dia você liberar, mais aparecerá dentre o público alvo indicado.

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Isso é ruim para a marca também. Sabemos que a plataforma tem como saber quantas vezes já exibiu o anúncio para o alvo, quantas vezes enviou mensagens, a frequência, etc. Dessa forma, tanto consome os recursos do anunciante, como irrita o alvo. Se torna uma plataforma não muito inteligente. Agora, se essa configuração de frequência de exibição for um parâmetro, pode ser configurado, aí a culpa é da agência que criou o anuncio. Mas há aquelas que são de má fé, não sei se já receberam mensagens, clicaram no opt-out e mesmo assim continua recebendo anúncio, as vezes o opt-out da até um errinho “sem querer” dizendo que não foi possível remover seu número ou email. É muito chato.

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No caso da Globo é pior ainda quando a pessoa assina Globoplay e ainda assim tem que ver publicidade antes de algum vídeo.

Ah outra coisa, essa repetição insistente de ter algo a ver com neuro-marketing, deve ter algum estudo sobre isso. Eu acho uma neuro-encheção. :confounded:

Em vídeos com menor demanda, tem bastante. Assisto bastante coisa do Globo Esporte e tem vários. Ao vivo ou algum video com muita demanda, não tenho parâmetros pra dizer que tenha. Acredito que se tem, reduzem muito.

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Te entendo @mobilon. Eu deixei de acessar o portal do G1 por causa disso, hoje só consumo esse tipo de conteúdo da CNN Brasil.

É aleatório, na maioria dos casos. Você contrata um serviço (AdSense, por exemplo), joga as informações do produto e pronto. O serviço que se encarrega de entregar essa propaganda a todos os sites e blogs que utilizam essa plataforma para se rentabilizar, considerando as informações que sabem sobre você.

É exatamente isso que o Sleeping Giants do Brasil anda fazendo… tentando alertar as empresas que pode m estar financiando sites de fake news sem elas nem mesmo saber.

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O veículo causa isso, mas as agências também planejam e vendem uma determinada cadência de anúncios, com base estatística, esperando certo retorno. E essas estatísticas não necessariamente condizem com a realidade, já que igualmente não é mensurado o número de pessoas que simplesmente ou não assistem o anúncio, ou até rejeitam a mensagem proposta por repetição excessiva.

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