O mundo de hoje aceitaria revoluções de design de novo?

Acho que qualquer usuário do Tecnoblog deve se lembrar das incríveis mudanças de design que tivemos na época do iOS 7 ou do Android 5.0, com o material design. Uma coisa que ambas “revoluções” tiveram em comum foi, talvez, a maior mudança de design dos sistemas que já vimos até hoje.

Porém, se pegarmos os sistemas hoje com o que tivemos no início, perceberemos que muita coisa mudou, mas foi tão gradativamente que nem nos demos conta.

Porém não é apenas as gigantes Google e Apple que fazem isso. Apps como o WhatsApp, Instagram, Facebook ou até o Nubank, tiveram mudanças bem radicais quando comparada aos primeiros designs.

Eu culpo muito o público leigo que não suportaria mudanças radicais de design atualmente. Conheço gente que fica confuso só porque um app mudou um ícone ou trocou certo botão de lugar.

O que vocês acham? Já atingimos o ápice de UI a ponto de precisarmos apenas de novos aprimoramentos?

Toda empresa vai refinar o design de seus produtos/apps, ainda mais quando eles fizeram um design capenga/feio/brega/confuso/ultrapassado. Isso é como o mundo gira, não adianta usuário ter piti. hahaha

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Acredito que as primeiras versões dos OSS se preocupavam mais em educar o usuário, vide o skeuomorphism do iPhone OS, que imitava elementos do mundo real, no virtual através de sombras, texturas e figuras realistas.

Isso foi importantíssimo para educar os usuários a interagir com as telas e ícones. No iOS 7 vimos uma mudança drástica sim, e atualmente existe um trabalho de manutenção. Não acho que teremos outra mudança radical, apenas novas abordagens dentro do mesmo conceito.

Só olharmos para o Big Sur, que mesmo adotando o neumorphism ainda é familiar. WWDC 2021 está vindo aí, quem sabe vejamos essa nova abordagem chegar ao iOS 15. Mas não acho que vira acompanhada de uma revolução, diria mais uma atualização para trazer essa consistência entre as plataformas.

Do lado do Android eu não tenho propriedade para falar, já que nunca usei. Não sei nem como era e como é hoje.

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Algumas pra melhor e outras pra pior :joy:. Até hoje não me desce aquele ícone do marketplace do Instagram e o sinal de + na barra do YouTube.

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Bom, o Google também não ajuda né. O que foi essa mudança de design dos ícones. Se estiverem todos juntos na mesma pasta, você já não sabe mais o que é o que.

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O Google está impondo o efeito da Super Simplificação nos apps, de modo em que o FireFox não lembra mais uma raposa nem mesmo um fogo (fogo talvez). O IOS antigamente tinha todo aquele gradiente nos botões, era massa mas que alguém de hoje pode achar feio, já que o visual de agora é apenas um retangulo com uma cor de fundo e talvez uma sombra quase que invisível em baixo (Material design).

(acho que quotei a mensagem errada, mas deixa pra lá)

Penso que a questão repousa também na memória muscular. Design trabalha até com isso, mais do que simples visual. Os ícones e atalhos nos meus dispositivos (Android e Windows) estão sempre no mesmo lugar, e eu já vou automaticamente em cada um deles, sem nem perceber qual o visual atual. Quando eu mudo algo, ou os desenvolvedores mudam no app ou no sistema, eu me perco por algum período até me acostumar novamente.

No caso do Google, eu nem uso seus serviços, além do Mapas e YouTube, mas penso que, se eu usasse, nao me confundiria tanto, já que eu me acostumaria com a ordem deles, e nem me perderia com a semelhança visual (e, qualquer coisa, bastava usar um pack de ícones).

É por isso que eu prefiro organizá-los do meu jeito, tendo boa autonomia de como vou interagir com eles. Gosto quando a empresa me concede essa opção. Quando não, é chato. A exemplo do Nubank que deixou de oferecer a opção de reorganizar os atalhos rápidos (ou pelo menos não sei como configurá-los mais). Também retirei aqueles atalhos de ícones recentes no multi-tasking do Android. Em vez disso, uso o Edge Panel.

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É mas imagina o quão dificil seria pra um idoso. Minha avó havia baixado um “Emoji Launcher” que mostrava anuncios na tela inicial, ela nem deve saber o que é um Launcher. Eu também havia achado um app sem nome e com um icone transparente no celular dela.

Aí é que seria fácil mesmo. São eles, geralmente, os primeiros a reclamar de alguma mudança, por mais sutil que seja. Quando você deixa tudo do jeito que eles sempre usam é melhor pra eles. Claro, se tratando da ordem das coisas. Em se tratando de visual são infinitas as possibilidades de deixar o celular da forma como eles querem/preferem no Android. A Samsung, por exemplo, tem até o Easy Mode.

Por que não aceitaria?

Se já aceitou uma vez, aceita de novo. A questão é que, como abordaram aí, se o design começa a ser mudado com frequência, o usuário também tem que reaprender tudo mais vezes. Sem contar na questão da identidade visual. Se todo ano fica diferente, é mais difícil dos consumidores e usuários associarem o design a uma marca.

Falando de Apple, especificamente, não vejo uma mudança radical acontecendo tão cedo. Não significa que nunca mais vai acontecer. Sempre há espaço pra algo novo, diferente e melhor.

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Como o @Douglas_Knevitz pontuou, tanto iOS quanto Android tinham a missão inicial de ensinar as pessoas a usarem um sistema operacional mobile, principalmente usando só os dedos.

Steve Jobs tinha revelado ao mundo o iPhone em 2007, o iPad veio em 2010, e até 2013 smartphones/tablets eram considerados dispositivos pouco acessíveis a muita gente.

Com a chega de opções mais baratas, a popularização desde aparelhos ascendeu, e isso fez com que o mercado amadurecesse a tal ponto que uma criança ou um idoso sabem o que é um app e como usa-lo sem pensar muito.

Nesse ponto a industria passa agora a refinar a usabilidade desse ecossistema, e o conceito minimalista é a melhor opção para tornar os SOs e apps mais simples e fáceis de usar para qualquer público.

A verdade é que estamos tão acostumados com o que temos hoje, que é difícil lembrar como era o passado nem tão distance assim.

Por exemplo, eu entrei no Instagram quando ele era azul e não tinha o Facebook como dono. Meu primeiro Android não vinha com Chrome e tinha botões físicos para voltar, home e multitarefa. O WhatsApp era pago, e eu consegui ele através daqueles apps que ofereciam 1 app grátis por dia.

A graça da evolução é que não se cria uma nova espécie do dia pra noite, e assim como a tecnologia, nós crescemos juntos com essas atualizações, e por isso não sentimos como tudo mudou tão rápido em pouco tempo.

Em algum ponto os leigos fazem sim com que muitas mudanças sejam evitadas pela industria, mas chega um momento que isso ocorre, e ai que entra uma inovação.

É difícil dizer que chegamos ao ápice de algo que só existe à 20 e poucos anos, toda essa modernidade é mais jovem que boa parte da população mundial.

Acredito que o momento atual é sim uma fase de aprimoramentos e refino do que já existe, e não vejo nenhuma grande revolução no curto-médio prazo.

Talvez quando tiver dispositivos mais futuristas por controle mental, realidade aumentada/virtual, e automações veremos uma nova revolução.

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Não é tão fácil fazer uma mudança de design, pelo menos acho que não, pois o Windows é uma completa bagunça de design.
O Windows 10 tem elementos de design próprio que é muito parecido com o Windows 8, mas também tem muita coisa do Windows 7 e até alguns elementos do Windows XP dentro do próprio sistema.

Outro ponto complicado, é que quando a Google adotou o Material Design eles lançaram uma apostila de instruções de como adotar o material design no seu aplicativo, mas nem a própria Google seguia essas instruções direito.

A missão do design e fazer algo ser o mais simples de ser usado, isso falando do design inteligente, que vai além da beleza. Outra coisa é a curva de aprendizagem que toda mudança vai implicar a todo mundo. Quando você vem acompanhando algum produto e com o tempo ele vai mudando, é mais fácil de se adaptar ao novo. Público leigo pra mim, nesse caso, é o público que nunca teve contato com o produto anteriormente, e que demoraria mais pra aprender a usar, mas depois que pega o jeito, o uso do design fica bem mais natural.

Uma coisa ou outra sempre vai mudar, o ápice talvez nem exista.

Não falando exatamente dos SOs, mas que também está bem relacionado. Nos últimos 15 anos tiveram algumas ondas de tipos de design que dá pra observar em apps, logos, interfaces e afins.

Com o Windows Vista e início do iOS tivemos o 3D, tudo tinha que ter profundidade, formas geométricas, sombras, texturas.

Depois, como visto no iOS 7 e Windows 8 veio o flat, tudo cor chapada e única. O 3D de antes ficou datado e tudo não tinha profundidade. Junto com essa onda e também dentro do mesmo iOS passaram a usar exageradamente gradientes, de muito mau gosto por vezes. O exemplo mais bizarro é ícone do Instagram, que antes era top e hoje ainda persiste essa aberração de gradiente.

Hoje parece que o flat está começando a ir embora e dando lugar a coisas com um pouco mais profundidade e translucidez, vide a interface modern do Windows 10 e tambem o iOS e MacOS.

Eu acho muito difícil uma não renovação de design no futuro. E o principal motivo é que pra vender um software com atualizações apenas debaixo do capô vai ser bem mais difícil pra uma pessoa leiga, visto que estes vão sempre notar que houve realmente mudança se a UI for alterada. Agora se tudo for pra Salas/assinatura talvez não seja o caso de excessão pra ficarmos apenas em microatualizacoes de UI.

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