No episódio, foi mencionado que o Google provavelmente lançaria um novo navegador pouco tempo após uma possível venda do Chrome.
Embora isso seja legalmente viável, é altamente improvável que seja permitido contratualmente. Em acordos de compra e venda de empresas, é comum haver cláusulas de não competição que restringem o vendedor de criar um serviço semelhante por um determinado período de tempo, muitas vezes por vários anos.
Além disso, pessoas-chave da equipe do Chrome, incluindo executivos, arquitetos e engenheiros essenciais, provavelmente seriam parte do acordo. Em muitos casos, esses profissionais devem permanecer na empresa por um período determinado após a venda, em troca de um bônus ao final do contrato—uma prática comum em transações desse porte.
Pessoal, respondendo a um questionamento que surgiu durante a leitura dos comentários, queria compartilhar um pouco da minha experiência. Na prática, é relativamente simples para um departamento de TI aplicar políticas de segurança para colaboradores que trabalham fora do escritório, desde que seja uma prioridade da empresa.
Onde eu trabalho, por exemplo, o uso de 2FA é obrigatório para todos, inclusive para prestadores de serviço. Quem atua remotamente precisa revalidar o login na conta corporativa diariamente (e às vezes mais de uma vez, dependendo do humor dos serviços da Microsoft). Além disso, a instalação de softwares é totalmente bloqueada e há restrição de acesso a diversos sites. Ou seja, mesmo usando o notebook da empresa em casa, continuo sujeito aos mesmos controles que teria no escritório.
Estamos também implementando desktops virtuais, que são totalmente controlados pela TI. Assim, quem estiver fora da rede corporativa precisará acessar esse ambiente para ter acesso à intranet e a outros recursos internos.
Claro, tudo isso que mencionei exige um investimento alto não só em tecnologia, mas também em capacitação e conscientização, porque, sendo bem sincero, ignorar regras de segurança é muito mais fácil.
No mais, excelente episódio.
Esse episódio me lembrou do Navio de Teseu.
Vamos supor que a Microsoft compre o Chrome e mude totalmente o layout dele, mude o logo e mude o nome para Microsoft Chrome.
Então o Google decide criar um novo navegador e deixar ele idêntico ao que o Chrome era, criam um ícone parecido, dão o nome de Canary mas mesmo tendo outro nome todo mundo passa a chamar de Chrome.
Qual dos navegadores seria o verdadeiro Chrome?