MPF questiona Cade novamente por compra da Embraer pela Boeing

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MPF entende que negócio pode levar à ampliação indevida do poder de portfólio da Boeing

De novo o MPF encrencando com esse negócio?

De novo: joint venture não é aquisição!

Oh, MPF burro!

Estranho que o CADE não se preocupa com o monopólio da Petrobras.

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Também não entendo a insistência do MPF.
Estão envolvidos os interesses de gigantes (Boing, EUA), mesmo que tenha alguma coisa a ser questionado, no final, não vai dar em nada.
Então por que insistir nisso?

@Lugi_lanzii, CADE sempre fez seu trabalho a partir do fim constitucional do monopólio, mesmo com problemas sérios, onde empresas privadas não querem empreender, como o caso do refino:

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Se eu me lembro corretamente, 51% da empresa será da Boeing não ?
Logo… o que o Boeing quiser fazer, a Embraer terá que abaixar a cabeça e fazer.

Não, o que eu li nos sites especializados em aviação é que a Boeing e a Embraer vão criar uma nova empresa, que terá ambas como “acionistas/fundadoras”.

A Embraer continua independente, tal qual a Boeing.

E se me lembro bem, nenhuma empresa estrangeira pode comprar mais de 30% de uma brasileira.

Tanto é que até hoje a Disney, Turner, BBC e cia bela não conseguiram comprar um canal de TV aberta.

@Wardz_de_souzA, empresa estrangeira pode comprar o que quiser no Brasil. Existe uma limitação Constitucional quanto à TV aberta, jornais e rádio, por serem estratégicas (mídia dita opinião pública e por isso deveria ser controlada por nacionais), de concessão pública e/ou com espectros limitados, mas fora isso e outras situações, a compra é livre.

O grande problema da Embraer-Boeing é a diferenciação entre “empresa comercial” e “empresa de defesa”. Serão duas empresas distintas. Na defesa, a Embraer terá 51% de participação, enquanto na área comercial a Boeing terá 80%. A Embraer vai deixar de existir como empresa independente e não terá voz na join venture comercial, o prazo da parceria é indeterminado, o acordo prevê que qualquer discórdia seja a justiça americana que resolva e isso tudo significa uma aquisição na prática disfarçada de join venture.

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Complementando o @GuilhermeE
https://embraer.com/br/pt/noticias?slug=1206669-joint-venture-boeing-embraer-defense-desenvolvera-novos-mercados-para-o-c-390-millennium

No link temos o seguinte trecho

Bloco de Citação
A Embraer terá 51% de participação na Boeing Embraer - Defense, enquanto a Boeing deterá os 49% restantes. A parceria do C-390 Millennium é uma das duas joint ventures planejadas entre as empresas. A Boeing Brasil - Commercial será uma joint venture composta pelas operações de aviação comercial da Embraer, com 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer. Ambas as joint ventures continuam sujeitas à aprovação regulatória e às condições habituais de conclusão das negociações. As empresas esperam que a transação seja concluída no início de 2020.

Perceba que a Embraer não foi comprada.
Mas do que estou entendendo através das diversas notícias existentes, ela “está sendo obrigada” a participar da joint-venture e vender seus produtos apenas por essa parceria.
Na aviação militar, o mercado da Embraer é pequeno e o da Boeing é grande, em teoria a Embrar está em vantagem, na prática…só terá acesso aos clientes que a Boeing permitir.
Na aviação comercial, o mercado da Embraer é grande e é de onde vem o grosso do lucro. E aqui… a Embraer se lascou.

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@ochateador @GuilhermeE obrigado pelo esclarecimento. =D

E isso deu no que no fim? Petrobras ainda tem monopólio do refino.

Agora se uma empresa quer comprar outra o CADE faz de tudo pra impedir.

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