E se colocar o celular dentro de uma gaiola de faraday?
É o que o pessoal faz, vai lá no Reddit que você vai encontrar dezenas de depoimentos de pessoas que tiveram seu iPhone roubado nos EUA e quando o celular reapareceu no “Find My”, ele estava em uma região industrial da China.
A partir daí os ladrões começam a enviar mensagens para o dono do celular tentando persuadir ele a entregar a senha do iCloud e desligar a proteção do aparelho. Se eles conseguirem convencer a pessoa, é só fazer um factory reset e revender. Se a pessoa não desativar a proteção, o aparelho vai ser desmontado e as peças vendidas.
É por isso que a Apple agora implementa uma proteção que liga o hardware ao software, você não consegue tirar a tela de um iPhone e colocar em outro. O aparelho vai exibir um erro e desativar funções tipo o True Tone.
Não é por isso não. Ao meu ver a Apple fazer o celular inconsistente, dar erros aleatórios e desativar funções quando se usa uma peça genuína de outro iphone é simplesmente para o usuário achar que a peça é de baixa qualidade e comprar um iPhone novo.
Se eles tem o serial para bloquear a troca de peça, tem o serial para verificar se o status do iphone está como perdido ou não e só assim enviar um alerta de peça errada ou de que não aceita tal peça. Fazer ter travamentos/erros aleatórios é simplesmente baixo.
E o combate que a Anatel deveria fazer é justamente contra o descaminho e aparelhos que advém desse tipo de golpe relatado aí. Eles roubam os iphones, desmontam em algum país do Oriente, remontam e depois são revendidos por “lojinhas de Instagram” como se fossem produtos genuínos reburfished. É uma pena que as pessoas ainda não percebam que comprar aparelhos de origem desconhecida as colocam em risco.
Mas aí acho difícil responsabilizar a anatel por algo que é desmontado em outro país. Ainda q possam responsabilizar os lojistas daqui que compram.
Não sei se responsabilizar seria o termo correto, mas acho que a agência poderia fazer sim (se já não faz) um combate como o @diogo.santaffe comentou anteriormente (assim como tem feito com o ML e Amazon no caso dos aparelhos não homologados). O que mais vejo aqui pelo norte são lojinhas físicas e virtuais “especializadas Apple” vendendo iPhones importados usados (na maioria anunciam como aparelhos estadunidenses). Como que vem esses aparelhos? De onde saíram? Passaram por algum tipo de fiscalização na travessia? Se são aparelhos estadunidenses, realmente vieram de lá ou vieram de outro país onde supostamente foram adulterados? Uma pessoa leiga não saberia a diferença entre um genuíno e um com peças duvidosas. Imagina a pessoa comprar um aparelho desse acreditando ser genuíno e não perceber que há funções limitadas por conta dessas peças?