Mudei aqui pro lite, por enquanto ta funcionando aqui, desculpa tecnoblog kkkkkk
E como se não bastasse, esses dias a Mozilla removeu sua promessa de não vender os dados pessoais a anunciantes, além de adicionar uma cláusula do tipo “você dá direito irrevogável, sem royalties, sobre tudo que você digitar no navegador”.
Obviamente isso causou grande revolta por parte dos usuários, daí a Mozilla tentou “explicar” algo na linha “olha, não é que a gente vende seus dados, a gente não vende seus dados, só que pra efeitos legais, a definição jurídica de ‘venda de dados’ é muito ampla e parte do que fazemos legalmente seria considerado ‘vender seus dados’, mas não estamos vendendo seus dados, tá?”.
Não é surpresa, já que a Mozilla tem investido em coisas como “Anonym”, supostamente uma plataforma para anunciantes que anuncia de forma “anonimizada”. Isso é, coletam seus dados, mas dizem que esses dados são “anonimizados” (ou seja, teoricamente não revelariam quem é o usuário).
Anonimizado ou não, o fato é que esses anúncios seriam prejudicados por um uBlock Origin, então não seria surpresa ver, em breve, a Mozilla seguindo exatamente o mesmo caminho da Google. No fim, a única esperança da Web está no LadyBird, previsto para 2026, que não me surpreenderia se enshittificasse também.
Não me fala isso. Agora que estava pensando e voltar ao Firefox…
O pessoal tá indo pros forks do Firefox, principalmente pro LibreWolf. O LibreWolf e demais forks fazem um trabalho profundo de remover a telemetria e demais enshittificações da Mozilla.
Só que é necessário dizer que infelizmente o prospecto não é bom, e não dá pra botar a mão no fogo por tais forks pois não se sabe até quando será possível remover telemetria do Firefox: ao passo que a Web moderna se torna mais e mais complexa (WebGL, WASM, WebUSB, WebBluetooth, WebIsso, WebAquilo…, dependendo praticamente de sistemas operacionais em forma de navegador), os códigos dos motores-base, Blink (Chromium) e Gecko (Firefox) (além do WebKit do Safari, mas esse é mais específico pro iWalledGarden), se tornam igualmente complicados. Daí não seria difícil pra Mozilla, com dinheiro e potencial pra investir em táticas para beneficiar seus “parceiros” anunciantes, embutir enshittificação lá nas profundezas de seus códigos, entranhadas com outros códigos igualmente complexos, de forma que, mesmo se encontradas e removidas, quebrariam a compatibilidade de alguma API da Web moderna.
A Web moderna centralizou tudo nas mãos de duas corporações. Essas corporações foram “boazinhas” em “abrir seus códigos-fonte” e “permitirem” forks, porque sabem que, no fundo, tais códigos-fonte estão praticamente sob controle deles, e tudo que o downstream pode fazer é enxugar gelo (remover uma coisa aqui ou ali, mas outros recursos de telemetria e enshittificação permanecem nas entranhas do código), fazer um hard-fork e perder atualizações importantes (aqui vai uma teoria da conspiração: não me surpreenderia se essas novas vulnerabilidades que são “descobertas” de tempos em tempos sejam planejadas pelas próprias corporações que desenvolvem os motores web, Google e Mozilla, porque tais vulnerabilidades forçam os usuários a atualizar e, assim, inevitavelmente vão baixar junto as enshittificações), ou então abandonarem o barco como forks (como já aconteceu com muito fork, tanto do Firefox quanto do Chromium).
Há algumas tentativas de se combater isso. O LadyBird, como mencionei, é prometido como um motor independente. Além disso, tem se tentado ressuscitar à Web 1.0 com Geminispace, Neocities, Tildespaces, etc, de forma a tentar se afastar desse novelo de lã que virou a Web Moderna (que justamente por ser novelo de lã é que faz a Web estar, hoje, centralizada na mão de um duopólio).
Vc disse exatamente o que eu ia dizer, eu uso o Firefox desde o seu início, ver isso foi bem ruim pra mim, já que eu gosto do gerenciador de senhas dele e o modo como o browser funciona, tanto que utilizo ele até mesmo no celular, pelo menos o ublock ainda funciona nele, não sei até quando, vamos aguardar…
AdGuard atualizou e funcionando, acho que no mês passado ele “quebrava” direito, ai tinha que ficar reinstalado, agora sem esse problema
Meh. Uma minoria insignificante irá migrar. Google Chrome deve é ganhar usuários por conta de novas pessoas acessando a internet.
Mas você se refere a qual exatamente, aos forks do Firefox ante a enshittificação recente do Firefox, ou ao LadyBird ante a enshittificação atual da Web?
No primeiro caso, que eu acompanhei inclusive nos fóruns de suporte da própria Mozilla, eu diria que foi um número bem significativo de pessoas ameaçando sair do Firefox, tanto é que levou a Mozilla a fazer uma segunda alteração nos termos de uso, que não ajudaram muito mas “despioraram” o que tinham estabelecido anteriormente.
No segundo caso, é uma questão de quão rápida ou violenta serão as próximas enshittificações da Web. Já estamos vendo, por exemplo, a enshittificação em massa dos serviços de streaming, onde agora as pessoas pagam pra ver anúncio. Mesmo a pessoa mais calma e tolerante do mundo uma hora vai acabar dizendo “chega” diante de tanto estresse provocado por zilhões de anúncios e outros recursos intrusivos (como IA embutida nas coisas).
Se a mudança for lenta e gradual, a tendência é o “sapo na panela”. Mas a sede dessas corporações em lucrar e lucrar e lucrar faz com que muitas vezes elas coloquem a carroça na frente do cavalo, e aí “espanta” uma parcela “insignificante” da base de usuários hoje, “espanta” outra parcela “insignificante” de usuários amanhã, até que uma hora o agregado não tem mais como ser ignorado.
A outra alternativa é o “aceitar”. Aceitar intrusão constante de anúncios, aceitar intrusão constante sobre os próprios dados, sobre fotos particulares, sobre senhas… Aceitar viver em um Fifteen Million Merits da vida real. Porque é isso que o mundo tá virando, e quando tiver propaganda até no ar que respiramos, vai ser tarde demais pra reverter… se é que já não é tarde demais.
Pra que tanto choro? Existe centenas de navegadores por aí que não usam o mv3
Semana passada o chrome tentou remover, mas reativei e coloquei o registro no windows pra segurar mais um pouco
quando parar de funcionar eu removo o navegador e vou pra outro que me permite usar o que quero.
simplesmente não dá pra usar a net sem um bloqueador de anuncios, quantidade de porcaria que tem em muitos sites não dá pra relevar
“Centenas de navegadores” que são ou fork do Chromium, ou fork do Firefox.
O Chromium, embora de código-fonte aberto, é da Google, mesma dona do Chrome. Já o Firefox, por sua vez da Mozilla, é financiada, em boa parte – olha só que coisa – pela Google! (sobretudo pelo fato da Mozilla manter o Google como buscador padrão do Firefox)
O problema aqui não é achar navegadores “que não usam o MV3” e sim achar os que permanecerão com o MV2. Porque essa decisão da Google não está limitada apenas ao Chrome: se estende também ao Chromium…
As “centenas de navegadores” (forks) tentam manter uma dança entre o repositório upstream (isto é, a versão atual do Chromium e do Firefox) e o suporte ao MV2 através de patch envolvendo uma flag ExtensionManifestV2Availability. Só que isso será também removido completamente do upstream (veja o plano de phase out ali acima, que menciona o fim do suporte ao ExtensionManifestV2Availability em Junho de 2025, daqui dois meses).
Sobra, daí, o Firefox, da Mozilla, que como mencionei em outro comentário acima, têm se comportado similarmente ao Google em suas decisões corporativas. Podem (e nada vai impedir se assim decidirem, afinal, Firefox é deles) acabar com o suporte ao MV2 também, restando absolutamente zero opções atualizadas/atualizáveis, dentre as “centenas” que existiam até então.
Portanto, é esse, Michael, o cenário atual: “centenas” que poderão virar “zero” da noite pro dia, apenas por uma decisão convergente de duas corporações. As “centenas” de marcas diferentes nada mais são que modificações dos produtos dessas duas. Compreende a situação que a Web Moderna se encontra atualmente, nos bastidores concentrada nas mãos de Google e Mozilla?
Já não uso esta caganeira mesmo… Estou inclinado a voltar para o Vivaldi, isso se ele não cair nessa esparrela também!
Como usuário do Vivaldi, digo que é questão de tempo, pois ele já está me mandando avisos de que as extensões que usam Manifest V2 vão ser depreciadas muito em breve.
O que, se falarmos em grosso modo, na verdade já representa o cenário de como anda a sociedade humana como um todo, com corporações já fazendo lobbies em governos mundo afora e agora já testando flertar com a distopia cyberpunk onde elas são os titereiros de Estados, sem vergonha de sequer esconder.
E aqueles que falam que isso é exagero de minha parte, é só experimentar nem que seja por um dia o que seria recusar tais serviços tecnológicos. Você praticamente vira um indigente digital no qual, apesar de ser o sonho molhado daqueles que almejam privacidade como padrão, demandaria uma disciplina mental hercúlea nessa altura do campeonato, vide que isso também é um atestado para abracar uma vida minimalista, coisa que muitos de nós não estamos sabendo conceber mais, eu incluso.
Mas claro, entenda que isso não é uma crítica aos que tentam cultivar isso ainda. Muito pelo contrário, visto que essa tentativa de “renascença” de um mundo pré-Web 2.0 vai ser nosso refúgio no dia que os donos de tais tecnologias decidirem por, digamos assim, serem mais agressivos em sua empreitada a ponto de ameaçar nossa liberdade individual.
Cyberpunk é a palavra.
Na atual altura do campeonato, não sei ainda o que está faltando para nosso mundo ser considerado um oficialmente cyberpunk. Já atendemos os principais elementos, como corporações mais ricas que Estados inteiros, extremamente poderosas e mandonas. A população, como o @diegosilva exemplificou, é refém da decisão desses corporações, vide que, sob a perspectiva de navegadores, há dependência de somente duas opções.
2025 também é um divisor de águas na parte política. Agora, a pessoa mais rica do mundo, dono de umas empresas também mais poderosas do mundo, é o braço direito do presidente dos EUA. JD Vance, o vice-presidente, também tem uma super ligação com companhias tech.
Se formos pensar em fatores socioculturais, vemos, com a ascensão da tecnologia no dia a dia e das big techs, também a ascensão da desigualdade no mundo. O que é extremamente contraditório, afinal, a tecnologia não teria vindo para facilitar a sua vida das pessoas? Qualquer um poderia acessar informações na internet, o que iria diminuir o gap de conhecimento entre as pessoas?
Além de que, com o isolamento provocado pela internet (olha a contradição de novo), as pessoas perderam muito o contato e interação entre si, criando uma geração depressiva. E às vezes escorrendo a solúveis como essa, 100% cyberpunk.
uso chrome só p agenda, fotos e sms
notícias no edge
o resto no firefox
vamos ver até quando isso vai durar…
se eu não estiver c preguiça, farei meu próprio bloqueador
Ao meu ver e se eu pegar o lore de Cyberpunk RPG, o que falta de fato é algum evento mundial de larga escala que consolide as grandes corporações não só como os cabeças do Estado, como também os consolide como literalmente a bussola ética e moral da humanidade. Na obra, o que consolidou isso foi os EUA ter sucumbido a uma ditadura e as corporações entre muitas aspas, terem corrigido o governo após esse evento. Foi a partir daí que a sociedade abraçou uma vida de puro aceleracionismo em prol de consumo, hedonismo e acúmulo de capital e poder, sendo preferível uma vida curta e violenta do que viver sem isso.
Você vê isso no próprio Cyberpunk 2077 quando você lê um dos livros espalhados no jogo que explica a adoção do Eurodólar, enfatizando o lema que foi adotado em suas cédulas: “Fique rico ou morra tentando.”
Aham você vai fazer duvido muito?
Tem um navegador Brave dá para você ver vídeo sem preocupação nenhuma e principalmente as propagandas que passam é só aquelas porcaria chinesa de meia tigela sou mais a shope do que é aquela propaganda mentirosa que te promete tais coisas me pergunto será que alguém já processou aquela ■■■■■ e ganhou algum trocadinho pelas mentiras dela?