Com a saída do Faustão da Globo e com a possível saída do Huck para disputar a presidência, o que a Globo poderia exibir no lugar desses programas de auditório?
Com um farto conteúdo online, os filmes e séries ainda dão audiência às emissoras? Por que elas ainda insistem tanto em programas de auditório, que faziam tanto sucesso os anos 80?
Por mais que se pense que todo mundo tem Netflix em casa hoje em dia, a verdade é que streaming (assim como a tv a cabo) é nicho.
Estamos falando de um país com mais de 200 milhões de pessoas, onde, saiu das capitais e cidades maiores, vc tem uma população com renda mais baixa e sem acesso a tecnologia. Sobra a TV aberta.
Existe ainda uma geração mais velha e ainda viva, que curte esse tipo de programa (que nem os de fofoca durante a semana).
Pensa assim: se tá no ar, tem retorno financeiro pra emissora.
Sobre o buraco que o Faustão vai deixar, esse é o grande desafio da Globo, com o que vai ocupar esse horário.
Eu arrisco em dizer, e gostaria muito que fosse feito isso, confesso, na volta da Xuxa à Globo, com um programa nostálgico como o Planeta Xuxa, por exemplo. A Globo não deve ficar sem um programa de auditório aos domingos, isso é fato. Só resta saber como será o formato e quem ira apresentar.
Programa de auditório ainda é bem popular no Brasil, tanto que os maiores canais de TV aberta possuem sua grade dominada por eles.
Filmes e séries não retêm tanto IBOPE, mas além de servirem como tapa-buraco, conseguem reter minimamente uma audiência e ainda gera buzz nas redes sociais.
Além disso é preciso lembrar que estamos num país emergente, ou seja, ainda tem muita gente desconectada e sem dinheiro para ter internet e streaming, sobrando a TV como única fonte de entretenimento.
Lá fora a lógica se inverte, os canais tem como principal conteúdo filmes e séries, que retêm tanta audiência que podem salvar as emissoras da falência, como é o caso da AMC com The Walking Dead.
Além disso, esse conteúdo pode ainda gerar uma renda extra sendo exportado para serviços de streamings e outras emissoras do exterior. Algo que não ocorre muito aqui no Brasil, já que as novelas são um formato mais comum no público latino, porém menos apreciado nos EUA e Europa.
A Globo tá com planos de investir pesado em séries originais no Globoplay pra poder exportar, já que estratégia do streaming dela lá fora é somente focado nas famílias brasileiras.
De fato, mesmo assim, comparado até mesmo com o Prime Video, ainda tem pouco conteúdo original, que realmente foi idealizado para o streaming.
Por ainda ter como foco a TV aberta, muita destes “originais” seguem ainda a formula clássica, o que não é um problema, mas certamente dificulta a criação de obras com mais diferenciais.
Se esse exportar é para brasileiros no exterior eu concordo. Agora se é no sentido de vender para outras emissoras, não boto muita fé nisso.
Tirando o público latino que consome as novelas, nossas produções nacionais estão muito abaixo da industria lá de fora, tanto em tramas quanto em elenco e produção.
Só nos próprio EUA já existe uma concorrência gigante, ai temos a Inglaterra que também é bem tradicional, seguida pela França que tem bons destaques, até mesmo a India possui mais relevância no cenário internacional que o Brasil.
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