Facebook e Instagram ameaçam abandonar a Europa? Não é bem assim

Sem querer defender Meta, Google, EUA ou criticar a UE (mas já criticando):

Entendo a necessidade ter algum tipo de proteção contra os “vilões” estrangeiros. Mas muita coisa fica parecendo medida desesperada dos europeus.

Eu mesmo não uso Instagram e nem Facebook. O WhatsApp só por necessidade.

Mas se tirarmos todos os grandes players de tecnologia como Apple, Google, Microsoft e Meta ─ todos estadunidenses ─, quais da União Européia têm capacidade para substituí-los?

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não é sobre substituir e sim sobre processa os dados na UE… e isso deveria acontecer em todos os países. Dados são as commodities digitais, deveriam ser processadas nos países que as geraram

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não é desespero, e sim proteger os cidadãos europeus, esse é o trabalho deles, que deveria ser do nosso também
as bigs fazem o que quer e por dinheiro, não estão dando a mínima para as pessoas, pelo menos em algum lugar do mundo estão freando o facebook.

e duvido o facebook sair de lá, mercado europeu é um mercado rico, deve dar um gigantesco retorno financeiro, eles somente saem de lá quando der prejuízo.

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Acho esse raciocínio de “proteger o europeu” é muito limitado.

Os dados estarem na Europa garante o que exatamente? Que o datacenter da empresa pode ser invadido e “confiscado” por estar fisicamente num país europeu? Quer dizer que se os dados estão armazenados e processados num país europeu, os técnicos da empresa, trabalhando numa filial na Índia, não têm acesso a eles? Qual a garantia que a empresa não terá cópia desses dados em outra região do mundo? Vão auditar os datacenters da empresa na Japão?

Como dizia certa personagem de humor: “tolinhos”.

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Características de uma tecnologia globalizada como é a internet. Até entendo a preocupação de fazer os serviços terem polos nacionais para que os dados seja lidados no seu devido território, mas boa sorte tentando fazer isso, ainda mais que muita gente e empresa tem uma certa ojeriza da Europa por tentar definir regras fronteiriças num ambiente aonde tecnicamente isso não deveria ser cogitação.

Imagina o desperdício de dinheiro tendo que armazenar os dados em cada país que um site opera. E para quê?

Como o @fval comentou, a empresa ainda terá acesso a essas informações, independente da onde elas forem processadas, o que faz essas medidas serem sem sentido.

Inclusive, olhando por um outra perspectiva, essa pode ser uma medida com um objetivo bem diferente, como ocorre hoje na China, onde tudo tem que ser armazenado lá, abrindo maiores possibilidades de controle do governo sobre os dados dos cidadãos.

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Uma coisa que a maioria das pessoas não se dão conta é que grandes empresas já armazenam e processam dados dos usuários de forma descentralizada.

Acredito que o Facebook já tenha os dados dos usuários europeus armazenados e “processados” nalgum de seus datacenters situado em país da Europa (não necessariamente no bloco da União Européia).

E isso é feito por interesses da própria empresa, pois companhias desse porte possuem datacenters em vários locais ─ até onde me lembro, eles têm um na Suécia ─ e isso ajuda a reduzir o gap de conexão, descongestionamento do backbone internacional, descentralização do acesso e mitigação de sobrecarga sobre servidores, entre outros fatores.

Imagina todos os usuários do Facebook acessando exclusivamente servidores hospedados no território dos EUA. Seria similar a ataque DDoS sobre esses servidores.

Continuo desconfiando do real interesse de uma lei assim. Há muito coelho nessa cartola.

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