Salve, pessoal, aqui Josué, produtor do Tecnocast. Estamos planejando um episódio com o seguinte tema: como aproveitar hardwares antigos? Celulares, tablets, desktops e notebooks… Identificamos algumas possibilidades, como instalar um OS mais leve (Linux, principalmente) em computadores, reaproveitar celulares velhos como “celular do banco/PIX” ou transformá-lo em webcam, mas queríamos ouvir de vocês para enriquecer a pauta. Quais são suas experiências tentando dar sobrevida a aparelhos mais antigos?
Escrevam seus relatos neste tópico, e, se quiserem mandar áudio (no máximo 1 minuto) esclarecendo alguma questão, entrem em nossos grupos no WhatsApp e Telegram. Vamos considerar respostas enviadas aqui e lá até sexta-feira, 06/09, às 12h. Agradecemos desde já pelas respostas.
Possuo um Ipad antigo que não recebe mais atualizações e ele tem basicamente dois usos: o primeiro é para meu filho assistir vídeos no Youtube pelo Safari (pois o app não roda mais). O segundo uso é como monitor externo, através do Duet Display. Por ser uma tela pequena é útil para deixar um outlook aberto o tempo todo ou algum outro app que não demande muitos detalhes para visualização.
Também tenho um Iphone SE sem utilização que deixei colado do lado do interfone para monitorar as câmeras todo vez que o interfone toca. É mais ágil que abrir o app da câmera no meu celular atua toda vez que alguém toca a campanhia (as vezes nem sei onde meu celular está e teria que ficar procurando por ele antes de atender a porta rs).
Uso um Notebook da positivo um atom, 2gb de RAM e um eMMC de 32gb, revivi ele usando um ChromeOS Flex, ficou bemmm usável, afinal 90% dos serviços que uso é via Chrome. Ele veio com windows instalado na epoca e já era muito limitado, tentei instalar até aquelas versões “super lite” e mesmo assim não rodava nada! Com o ChromeOS ficou utilizável como eu disse!
O ChromeOS Flex não tem suporte para Google Play, confere, Rafael? Você fez alguma gambiarra para instalar outros apps? E como fica a performance navegando por sites etc.?
Um minuto de áudio? Cada leitor vai ter que enviar seu próprio podcast?
(desculpa a brincadeira, não resisti. Não posso ajudar, a única coisa que eu faço é doar o aparelho pra alguém ou deixar numa gaveta e usar eventualmente como aparelho reserva)
Eu ajusto as estratégias de reutilização do dispositivo considerando sua capacidade, tanto em termos de câmera e desempenho geral, quanto em relação ao sistema operacional original, seja ele um Android mais antigo ou um sistema menos conhecido como Windows Phone ou Symbian. Já experimentei usar celular e tablet como controles Bluetooth para jogar com vários amigos, e também como mouse e teclado para simplificar o acesso remoto e outras tarefas mais básicas.
Quando se trata de utilizar os dispositivos de maneira independente, a complexidade da tarefa que eu utilizo varia conforme o dispositivo. Por exemplo, em notebooks, geralmente há maior flexibilidade, permitindo instalação de sistemas operacionais mais leves, como o Linux Mint ou o Zorin OS, o que dá uma sobrevida bem legal a depender do aparelho. O problema é quando algum componente não é compatível. Eu particularmente tenho azar com placas de rede Wi-Fi, raramente os equipamentos que passam por mim são compatíveis nativamente, e quando o são, funcionam de forma instável.
Para tablets ou celulares mais antigos, geralmente os utilizo para consumo de conteúdo ou para jogar games mais antigos que não são compatíveis com as versões mais recentes do Android. Há muitos jogos interessantes que foram abandonados e não funcionam bem em dispositivos novos. Gosto muito de usar apps e jogos de realidade virtual, apesar de não ser tão bom quanto um Meta Quest da vida, quebra um galho aqui e ali (aceito indicações, inclusive. Tanto de aparelhos quanto de apps/jogos).
Consigo citar um caso de dois aparelhos antigos e obsoletos que conseguem se complementar, funcionando como um único só e de maneira útil. Isso é, sabe aquele sistema de áudio/rádio antigo que tem uma qualidade razoável para utilizações básicas, porém sofre com a ausência de tecnologias modernas (como Bluetooth, USB, etc) e só aceita aux, rádio ou, então, FITA CASSETE? O que vejo fazerem é pegar um celular velho, igualmente sem função, mas que conecte na internet e tenha saída aux, e o deixam 100% do tempo conectado no sistema de áudio e funcionando como um “iPod” para ele. Assim, ele consegue tocar músicas novas e pela internet, mantendo a qualidade. Dessa forma, salva-se dois hardwares, que sozinhos seriam obsoletos, do lixo.
Meu note Core i5 2nd generation roda Linux Mint hoje, com interface Xfce. Funciona muito bem.
Já usei ele como servidor de mídia (depois troquei por um raspberrypi).
Idem pra um Moto G7 que serve de tela de streaming qd o smartphone principal está carregando.
Este é um assunto legal, tento extender a vida útil dos aparelhos por causa de seu passivo ambiental e o mais longevo aqui é a TV ainda funcional pra streamings com o firetv, mas o assunto me é querido também por ser linkado a TI Verde que quis pesquisar no mestrado, mas não consegui, insisti e no doutorado¹²³ eu achei uma lacuna sobre o uso e descarte dos smartphones, nichando neste menor segmento do contexto de itens de lixo eletrônico, que é um baita problemão mundial, e na pesquisa que fiz, teve alguns poucos comentários sobre o reuso como o uso como roteador wifi, player de áudio, webcam/ babá eletrônica e numa tarefa de aula (no ensino médio técnio) a melhor ideia de um aluno foi usar como um hd externo, até pq aparelhos mais antigos suportam expansão (SD) e atuais não, mas smartphones são muitos limitados pra reuso, o hardware é todo soldado e apesar do Android ser um Linux, é complicado ter variações e conseguindo reutilizar pouca coisa, como a lente da câmera que dá um ótimo microscópio (fiz com impressora 3D ou DVD) e as baterias que mesmo degradadas, em serial dá pra montar algum powerbank (é projeto de outros alunos).
Mas neste tempo criamos na cidade (Santa Cruz do Sul-RS) com vários apoiadores (COMCITI, ASSEMP, ATIVALES, SENAC…) o BTec (Banco Social de Tecnologia), que tem CNPJ de associação comercial sem fins lucrativos, onde recebemos computadores em desuso de empresas (por isso temos CNPJ), arrumamos (grande maioria feito nas aulas do técnico em informática do Senac) e doamos mais de 80 desktops (fora periféricos como monitores e projetores) para a secretaria de educação que distribui nas escolas públicas e outros departamentos educacionais, e o que não funciona foi descartado corretamente pra cooperativa de catadores locais, temos mais máquinas pra preparar mas falta mão de obra voluntária (recebemos recente doação de desktops do Banrisul e de fonte/ssd do Sicredi). As primeiras doadas saíram com Linux Mint e as últimas com MX Linux, ambos com ISO personalizada e rodando até que bem com navegador ou scratch em máquinas C2D 2-4GB de Ram. Então, “Quais são suas experiências tentando dar sobrevida a aparelhos mais antigos?” em grande resumo é que com ferramentas, pendrives, Linux e WD-40 muita coisa deixa de ser lixo.
¹ Revisão sobre o lixo eletrônico e seu destino na cidade de Santa Cruz do Sul, RS, BRASIL
² Social characteristics of consumption, disposal and environmental awareness in Brazil regarding smartphones
³ Características sociais do consumo, descarte e consciência ambiental em relação aos smartphones: uma abordagem internacional
Já vi gente usando tablet antigo como porta-retratos. Feio, mas é uma utilidade.
Quanto a experiência pessoal, eu já deixei note antigo rodando o folding@home 24/7 até que o bicho morreu de vez (provavelmente porque ficou quente demais por muito tempo, fora que era velho já). Pelo menos teve um fim de vida sendo útil pra humanidade.
Sim, não possui suporte a apps android, cheguei a instalar o FydeOS que é um ChromeOS com suporte a apps android, porem, os 2gb e 32 de armazenamento nem esse FydeOS deu certo… mas no fim das contas eu uso esse notebook apenas para edicao de texto, planilha e serviços online preferi deixar o Flex msm que ficou bem mais leve.
Em relação ao desempenho, nada absurdamente bom, lógico, mas cheguei abrir o serviço Photopea que é um editor de fotos bem completinho pelo Chrome.
Uma boa utilidade pra notebooks e netbooks antigos é fazer um servidor VPN com WireGuard+PiHole, roda em praticamente qualquer hardware de uns 20 anos pra cá, tem um consumo relativamente baixo de energia e além de bloquear publicidades na rede interna da pra usar no celular de onde estiver pela VPN.
Com um note quebrado também dá também pra fazer um “PC-TV” que inclusive foi munha “Smart TV” por uns anos usando somente uma placa mãe de note com HD parafusado atrás do painel da TV e um Mini teclado sem fio, que pode até ser dispesado e usar o próprio smartphone como controle-remoto.
Sim, usei um bom tempo com o Kodi Player, mas hoje em dia mal tenho paciência pra achar um filme no streaming imagina pra ficar baixando torrent como antigamente kkk.
Eu meio que traço uma linha ao redor da segunda geração dos Core (Sandy Bridge) para PCs que ainda podem ser úteis hoje em dia, talvez algo um pouco mais antigo se for uma CPU mais potente que a média da época.
Mas coisas antes do Core 2 Duo certamente hoje só servem para retrogaming/retrocomputação, até por que a grande maioria delas não é 64 bits, então nenhum OS minimamente moderno (até Linux em 32 bit está ficando escasso) vai rodar, e o desempenho vai ser uma atrocidade (boa sorte fazer qualquer coisa num single-core velho).
Pra um servidor VPN+PiHole eu recomendo usar um RPi mesmo, não só por ser menor, mas por consumir infinitamente menos energia do que um notebook velho. Um RPi 3 dá conta do recado e deve gastar no máximo uns 150 Wh por dia (já que puxa no máximo 6W e tem que ficar 24h ligado). Acho improvável que um laptop, mesmo sem a tela, consiga números próximo. E como é algo pra ficar ligado o tempo todo e que não requer capacidade computacional muito grande, melhor economizar na energia.
Outra coisa que eu sempre pensei em fazer mas nunca fiz por diversos motivos é pegar hardware antigo/obsoleto e usar pra aprender a soldar.
Sim, meu comentário foi mais no sentido de reaproveitar de um jeito mais econômico.
Senão vira algo tipo usar um canhão velho pra abrir uma porta fechada só porque o canhão está parado e ele consegue abrir portas fechadas.
Não tem suporte, tem suoprte a aplicativos Linux, porém a PlayStore e apps Android não tem suporte. =/
Tem uma gambiarra para instalar a versão “oficial” com suporte a PlayStore nele, porém o ruim é que ao intrário do ChromeOS Flex, ele não atualiza, o seu equipamento ficará nessa versão travada até que você faça uma nova instalação da versão nova.
