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Gostaria muito de ter acesso a números que comprovem que quando você põe anúncios nos serviços estes, efetivamente redundam em um aumento considerável nas vendas. Falo isso porque vi uma vez um termo chamado “cegueira publicitária”, que é quando o cérebro do usuário cria mecanismos para não ver, ou ouvir a propaganda. Isso é comum ao entrar em portais e sites em geral e ignorar todo o lixo em torno do texto ou imagem que não lhe interessa.
Embora eu pague o YouTube premium, tenho uma segunda conta Google que uso para certos vídeos em que quero comentar sem me expor. Ao assistir através desta conta é incrível o número de peças publicitárias e ao mesmo tempo é incrível como o meu cérebro simplesmente as ignora e quando eu finalmente presto atenção, eu passo a odiar aquele produto/serviço pelo fato dele interromper o que estou assistindo.
Talvez seja justamente isso que faça com que, a longo prazo, o Gemini (que hoje é muito inferior a solução da OpenAI) possa ultrapassar o ChatGPT em qualidade!
Afinal, diferentemente da OpenAI, e de outras empresas independentes [como a Perplexity e a Anthropic (dona do Claude AI)], o Gemini tem a “máquina financeira de ads” do Google a sua disposição pra se financiar!!!
- Raspar a web custa caro(roubar dos outros)
- Copiar conteúdo que tem dono custa caro(processos)
- fazer tudo funcionar custa caro
Se não acharem maneiras de baratear isso vai acabar em pouco tempo!
E a IA não é inteligente!
Concordo contigo.
E quando é os próprios canais fazem propaganda dentro do vídeo?
Exemplo daquela Insider. Não faço ideia se a marca é boa, se eles entregam o que prometem, etc, etc. Mas o simples fato deles patrocinarem váriossss canais grandes que eu assisto, eles devem gastar uma fortuna em propaganda. E nem se fosse um vídeo, são vários que eles patrocinam. Algum explica para o time de propaganda deles que não é porque eles patrocinarem metade dos vídeos que eu assisto que eu vou automaticamente gostar da marca deles e comprar seus produtos? Pelo contrário, depois de tantas vezes interrompendo o conteúdo para falar de camiseta e cueca em promoção, a marca ficou marcada negativamente para mim. Não só eu pulo a parte da propaganda quando ouço a palavra Insider, como já sei onde não procurar roupa para comprar. Não é possível que uma marca recém nascida gaste tanto em propaganda e ainda tenha dinheiro para investir em tecnologia para ser tão disruptivo quanto eles prometem.
Tenho o mesmo sentimento. Pra mim a roupa podia se lavar sozinha, que mesmo assim eu não adquiriria, porque já criei um viés negativo na minha mente. No meu caso, parte da culpa vem dos vídeos lá de fora, que consumo mais que os daqui, é tanto scam (Established Titles, BetterHelp, Kamikoto Knives, Raycon…) que eu desacredito de qualquer patrocinador de vídeo no YouTube. Mas creio que eu seja uma exceção.
Estava demorando pras IA ser invadida pelos propagandas, não tem como bancar o custo delas sem propagandas e assinaturas, o custo computacional é muito alto.
Se tá sempre em promoção então não é promoção, é o preço normal do produto.
Eu tenho a mesma sensação com outra marca, que por ver muitos canais de tech, sempre vejo propaganda dessa marca: NordVPN!!!
Pode até ser uma boa marca de VPN paga (pelos relatos dos usuários), mas eu já criei uma rejeição gratuita kkkkkkkkkk
Essas propagandas são terríveis. Alguns youtubers até tentam colocar de maneira natural a fala sobre o produto, inserindo-o no contexto do assunto abordado, mas é chato mesmo assim, uma vez que você está imerso e não quer ser arrastado pra fora pra falar de roupa.
Praticamente o mesmo cenário, de quando uma pessoa está focada em um conteúdo central, seja um artigo em um site, ou um programa televisivo, porém ignorando o conteúdo ao redor, os anúncios e marcas presentes, é o cenário necessário para técnicas como a “mensagem subliminar” e “publicidade subliminar”.
Embora soe como uma teoria da conspiração (porque existem várias teorias conspiratórias que se embasam na “mensagem subliminar” como ponto central da teoria), há várias técnicas para “indução psicológica” como:
- Hipnose, usada em terapias, por exemplo, para supostamente tratar fobias e traumas;
- “Gaslighting”, que não sei exatamente traduzir pro português sem perder o sentido original, é quando uma pessoa insiste à outra, por meio de repetição, um cenário construído, até que essa outra pessoa passe a acreditar;
- “Mesmerismo” e “compliance social”, quase relacionados ao Gaslighting, foram brilhantemente demonstrados por Derren Brown em documentários como The Push, que mostram como o ser humano é altamente suscetível à sugestão das pessoas ao seu redor.
Psicologia e psicanálise não são ciência exata, mas segundo a oftalmologia (uma área que se ampara na anatomia, algo mais palpável que a mente), a visão é composta pela central e periférica, sendo que a visão central corresponde a um minúsculo ponto (fóvea) da retina, enquanto a periférica abrange uma área muito maior. Estudos (como “Controle da Atenção Visual usando Estimulação da Visão Periférica”) parecem concluir que a visão periférica captura a informação com maior rapidez (parafraseando a conclusão o estudo citado anteriormente, “Esses resultados sugerem a naturalidade e eficácia do controle da atenção e da assistência de busca visual usando estímulos de fluxo apresentados à visão periférica”).
E é na visão periférica que esses anúncios estarão quando a pessoa tenta praticar a “cegueira publicitária”, tentando ignorar os anúncios ao redor. O efeito pode acabar sendo o contrário do que a pessoa deseja, porque sua mente estará trabalhando em prestar atenção na visão periférica para ignorá-la (o que pode soar paradoxal e contraditório, mas é similar se eu te disser “não pense em um elefante rosa, não imagine um elefante rosa”: você vai, ainda que rapidamente, imaginar um elefante rosa enquanto você lê a frase, mesmo que a frase peça para você NÃO fazê-lo).
O desenvolvimento de UX/UI (User experience e User Interface) envolve, ainda que indiretamente, áreas do conhecimento como a psicologia, particularmente a percepção/interpretação das cores, algo que é também abordado diretamente pela área de publicidade e marketing. A publicidade não está no canto da página apenas para “não atrapalhar o conteúdo central” (até porque hoje existe muita publicidade no meio do conteúdo central), mas porque permite uma espécie de “segundo trânsito de informação” à mente de quem está vendo aquilo. É isso que chamei inicialmente de “publicidade subliminar”.