Bem, dando continuidade ao tópico “Casa conectada: Por onde começar?”:
Existem dois tipos de dispositivos Smart Home IoT: os que são Wi-Fi, e os que são ZigBee.
IoT Wi-Fi é controlado por Internet: o comando passa por um servidor - muitas vezes localizado na China, o que faz demorar alguns segundos entre o click e/ou comando de voz e a ação ser executada, precisa de um IP e, obviamente, roteador para funcionar.
Felizmente as fabricantes estão adotando controle por LAN, ou seja, mesmo sem sinal da operadora, dá pra controlar o IoT pelo celular. Mas ele ainda vai precisar do roteador, IP e não pode ser controlado por assistentes sem o sinal de Internet.
O problema do Wi-Fi: muitos roteadores não suportam mais do que 15 ou 20 devices conectados ao mesmo tempo e entram em pane.
Já IoT ZigBee é controlado por um hub gateway: ele serve como “servidor” entre o IoT e o celular e/ou comando de voz, ao invés de fazer toda uma enorme volta até um servidor lá do outro lado do mundo até chegar em casa.
A principal vantagem do ZigBee é que você só vai precisar conectar o hub ao roteador, e o hub que lute para controlar todos os IoTs.
Além disso, todos os comandos são instantâneos, o que é crucial para IoTs voltados para home security. E, diferente de dispositivos Wi-Fi, os modelos com protocolo ZigBee usam bateria, que dura tranquilamente 1 ano sem precisa de recarga. É o fim de fios pra tudo quanto é lado para manter o detector de movimento funcionando, por exemplo.
A maioria desses dispositivos usam a plataforma da Tuya, podendo ser controlados por um único app (Smart Life) e um único hub controlador, mesmo pertencendo a marcas diferentes (Positivo, Multilaser, ZemiSmart, Livolo, BeWolf e por aí vai). A Samsung também tem dispositivos com ZigBee, da família SmartThings, mas não está disponível no Brasil, e pelo que vi, são carinhos os danados.
A boa notícia é que LG, Samsung, Tuya e várias outras fabricantes estão trabalhando para unificar o protocolo ZigBee com o ZigBee Alliance.
PS: desculpe o textão.