Austrália planeja idade mínima para acessar redes sociais

Por mais que eu apoie jovens longe de dispositivos tecnológicos de forma exagerada, tenho certas ressalvas. Primeiramente, como isso vai ser imposto? Consigo ver isso sendo monitorando em lugares públicos como escolas, mas e em casa? Só vejo isso sendo implementado com certa eficácia se fosse exigido um cadastro único, o que trás uma série de outros pepinos problemáticos. E apesar de desconhecer a situação atual da sociedade australiana, isso por acaso seria acompanhado por programas de sociabilização? Porque com a queda dos tidos “terceiros espaços” ao redor do mundo, não acho que privar o jovem de tecnologia vai automaticamente encorajar ele a se sociabilizar. E como bem apontaram, isso só levaria os jovens a procurar lugares duvidosos, como por exemplo aqueles servidores obtusos do Discord ou Telegram, ou até mesmo para 4chans da vida.

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E vão deixar de usar desde quando? Esse povo (políticos) precisa é estudar pedagogia pra entender o ser humano. Não adianta proibir.

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Em algum momento isso vai se tornar uma realidade a nível de mundo, estamos caminhando para isso de forma inevitável, o anonimato vai ficar restrito a redes menores no submundo da internet.

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Políticos querendo definir o que jovens podem ou não fazer… ah mas vai dar muito certo.

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Primeiro uma conta com a idade de menor de 12 anos deveria estar associada a conta dos pais, a plataforma deveria fornecer controles para os adultos responsáveis monitorarem a criança e serem responsabilizados caso algum crime seja cometido no ambiente virtual. Cada nação vai punir de acordo com a legislação local e a idade sendo definida localmente como o consumo de bebida alcoólica.

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Tive minha primeira rede social depois dos 18 anos de idade.
Vejo que restringir as redes sociais para menores de idade não seria uma boa ideia.
Principalmente num mundo onde hoje em dia as crianças desde o berço veem vídeos no YouTube e são expostas a vídeos de pseudociência no app YouTube Kids ou possuem Discord e veem atos danosos a uma pessoa.
O ideal seria impor às redes sociais normas que filtram os conteúdos de acordo com a idade da pessoa. A restrição de idade para acesso às redes sociais é facilmente burlável.

A queda dos “terceiros espaços” ao redor do mundo se deve em parte a vários fatores, dentre eles a adoção do tempo integral em escolas.
Mesmo no ambiente escolar, alunos facilmente conseguem acessar o smartphone nas escolas, mesmo que a maioria destas bane o celular no ambiente escolar.

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Como muitas crianças crescem em lares onde os chamados adultos são cada vez mais 1mbec1s, ausentes, inconsequentes, infantilizados, autocentrados e moderninhos, não é re se estranhar que o estado cada vez mais queira assumir o papel de um “grande pai”.

É papel da família (!!!) delimitar o que suas crianças devem, ou não, ver e fazer, em qualquer ambiente, incluindo as redes sociais. Mas, dada a incompetência e a omissão, além de em alguns casos o medo de represálias por parte de quem acha errado pais que são mais firmes, essas crianças ficam largadas e livres para assistir pornografia, violência do tipo gore e tudo o que jamais deveriam chegar perto em tão tenra idade. Além disso, estão livres para espancar seus professores, desrespeitando-os quando estes tentam de alguma maneira fazer o que as “larvas” do pais não fazem. E assim veremos uma geração de psicopatas, egocêntricos, que acham que o mundo gira ao redor do que eles querem, destruir cada vez mais uma sociedade que já está aos frangalhos

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Eu tive contato com redes sociais muito novo, com uns 12-13 anos
Mesmo tendo uma mãe bem rígida e querendo ver tudo o que fazia, nada me impediu de ver coisas acima da minha idade, e infelizmente, ter pessoas mostrando partes para ums criança como eu.
Por isso hoje, sendo um adulto, eu prezo pelo cuidado da minha irmã na internet, ela tendo Instagram e YouTube. O mundo virtual não é muito recomendado para crianças, tem muita gente ruim por ai e empresas que ignoram isso.

Tudo bem que proibir é ruim, mas poderia ter alguma medida de proteção.

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Pela sua lógica, o seu cuidado de nada adianta, então. Já que sua irmã, mesmo sob sua supervisão, fará o mesmo.

A questão é que independente do resultado, há muito mais progresso com pais em cima de você do que aqueles que simplesmente te largam. Eles podem não conseguir filtrar tudo o que você vê e faz, mas por estarem sempre por perto, os efeitos do que você vê e faz serão atenuados. Você, provavelmente jamais chegaria a entrar numa escola e tirar a vida de crianças e professores. Basta ver que em praticamente todos os relatos de indivíduos que fizeram isso, a família era ausente, leniente, faltava um dos cônjuges (principalmente o pai). Esses indivíduos ficaram dias dentro do quarto sem ser incomodados, nunca tiveram seus telefones vistoriados, tampouco o ls acessos que faziam no computador.

Não existe solução perfeita, mas, quanto mais a família ficar em cima, menor o potencial de desastre. Se 10 indivíduos podem se tornar atiradores, “apenas um” conseguirá chegar a esta finalidade.

A família tem que ser capaz de criar um ambiente sadio, onde o jovem tenha mais o que fazer do que ficar em redes sociais. Para isto, atividades ao ar livre, esportes, junto com um comportamento amoroso e equilibrado dos adultos poderão, em muito, contribuir para que redes sociais seja apenas mais uma coisa na vida e não a principal.

Isso me lembra uma situação antiga onde políticos tiveram a brilhante ideia de exigir uma espécie de cadastro para acesso a sites… “de entretenimento adulto”. Como se não existisse conteúdo offline. Lembro-me que, ainda na época de escola (Ensino Médio), a galera costumava enviar vídeos entre si por Bluetooth. Na época (me sinto velho falando isso, mas estou mesmo) os vídeos ainda eram naquele formato “.3gp” com uma resolução risível de no máximo 240p. Éramos “menores” (adolescentes, mas ainda assim, para todos os efeitos de lei, “menores”). Mas, divaguei.

Voltando ao “projeto”, que claramente implica na ideia já antiga do “Cadastro de Internet”. Eu vou mais fundo e vou comentar é sobre esse “cadastro de internet”, porque é a cereja desse bolo aí. Já existe um (a assinatura com o provedor de internet), mas não é suficiente: querem um cadastro global. Que, por um lado, faz sentido, a Internet é global…

Mas que, por outro lado, abre a caixa de Pandora totalmente, a ponto da esperança também fugir. Porque preciso lembrar que, paralelo a isso, existe a intenção de acabar com o dinheiro físico (e isso inevitavelmente vai acontecer) no que, em um belo dia, olhe só que bacana: todo mundo, cada ser humano do planeta Terra, do Seu Zé à Dona Maria, estará num grande banco de dados cadastrado, porque daí internet não vai ser mais algo “opcional” (meio que já não é mais, mas ainda conheço pessoas da roça que não têm nem celular de fazer ligação). Quando isso acontecer, não haverá mais retorno. Mas, afinal, é o preço “de viver em sociedade” (como se houvessem alternativas restantes, principalmente em um mundo desses, sem maneiras de uma vida fora da Internet).

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Tecnicamente pra ter contas nas redes sociais é preciso ter no mínimo 13 anos. Então meio que já é ilegal. Só não estão preocupados/arrumaram um jeito de aplicar essa regra.

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Verdade… mas aqui no Brasil que já tem lei que permite os pais levarem os filhos para sessões de cinema com idades maiores que as deles - deveria (ou deverá) se encaixar nessa mesma situação.

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Sim, a mesma coisa vale pra bebidas alcoólicas, etc. O responsável de responsabiliza pelas ações do menor (e as consequências das mesmas)

Se uma criança tem uma conta em rede social subentende-se (no ponto de vista legal) que é uma conta administrada pelos país. Mas é claro que não é o que acontece na maioria dos casos.

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E como seria feito esse controle? Eu acho que só os pais teriam o poder de fazer esse controle. Penso que as redes sociais são prejudiciais a qualquer idade, quem dirá crianças e adolescentes. Na verdade o smartphone em si como um consumidor de tempo e foco. Eu mesmo parei com tudo, engavetei o iPhone e tô usando um Nokia 105 como telefone principal. Já notei diferença. Aumentei a leitura de livros, mais focado nos estudos, mente presente onde quer que eu esteja. Mensagens no WhatsApp só no notebook pessoal e do trabalho. Não existe urgência pra responder mensagens. E quando for, pode ligar e passar o recado de forma breve.

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Eu morei na Austrália em 2017 e 2018, na época o mensageiro mais usado era o Facebook Messenger. Pra usar o Facebook Messenger é necessário uma conta do Facebook.

Seria estranho limitar o acesso a todas as redes sociais, pois acabaria limitando o uso de aplicativos de conversação. Quem usa iMessage iria acabar usando um app de mensagens como um WhatsApp, então não faz sentido limitar apps como WhatsApp.

Não vejo dificuldade: basta a meta permitir o uso do messenger desvinculado do facebook. A não ser que tenha mais coisas que não captei, facinho de resolver.