A única salvação agora é manter os apps de banco em um celular separado que não saia de casa e deixar um app só com pouco dinheiro no seu aparelho principal pra pelo menos não tomar um tiro/porrada do bandido frustrado.
Não entendo qual o propósito de ter uma configuração de limite do Pix que pode ser alterada instantaneamente no mesmo app que faz a transferência.
Essas medidas paliativas (restrição de horário, valores, etc) me lembra de uns anos tinhamos a situação de “saidinha de banco”, e qual a solução adotada? Colocar biombos nos caixas, e evitar que os assaltantes vissem os valores sacados.
Criminosos se adaptam as oportunidades, e a população também tem que aprender e se adaptar a essas situações.
os biombos, num primeiro momento não resolveram muito, mas só com o tempo, maior parte das pessoas se “forçou” a aprender e usar, as transferências, saques programados, etc
Eu deixo todos os apps financeiros dentro da Pasta Segura no meu Samsung
Infelizmente a pasta segura não vai te ajudar se o bandido te obrigar a desbloquear.
Também faço isso há anos, mas infelizmente alguns bancos dificultam bastante isso por conta dos seus mecanismos de segurança controversos. Estou falando daqueles apps com tokens que nos prendem a um único aparelho; Banco Inter eu abandonei por causa disso. Token nenhum vai me dar segurança no caso de um sequestro relâmpago, e Nubank tá aí para mostrar que é possível dificultar o acesso indevido sem comprometer a experiência (uso em mais de um aparelho).
Por conta do cenário atual, estou usando no meu “smartphone de rua” apenas o app do Mercado Pago, que me permite uso em mais de um dispositivo, com alguns trocados para eventuais necessidades. Até porque, não há motivo para a pessoa andar por aí carregando todo o patrimônio no bolso.
Acho fundamental e válido que exista a discussão sobre como tornar o Pix mais seguro, porque é uma ferramenta que veio pra ficar (foi amplamente adotado e já está inserido na economia do país, não adianta deputado de quinta categoria querer proibir o uso).
Também é muito importante, no entanto, que a pasta da Segurança Pública faça seu trabalho, assuma a responsabilidade e trace estratégias claras pra melhorar o combate a criminalidade. Tapar o sol com a peneira “capando” recursos dos serviços que servem pra auxiliar o dia-a-dia das pessoas por causa do bandido não resolverá nada.
Acho que pra aumentar o limite, deveria ter um “delay” de 48 hrs… Problema se a pessoa precisa aumentar esse limite pra alguma compra…
Exato! O problema é de segurança pública, decorrente da deterioração da economia.
Estão tratando o paciente com o remédio errado.
Uma solução, que pode ser feito pelos bancos, é colocar uma lista de contatos confiáveis que ficam com um limite máximo configurado, e mudanças nessa lista de contato só surtem efeito depois de 48h. E em paralelo deixar um limite máximo para outros contatos, que só pode ser mudado depois de 72h.
Isso já existe, pelo menos pra TED/DOC.
Não sei se vale pra PIX.
Eu mesmo, só autorizo pessoas da família. Pagamentos esporádicos ficam com limite mais baixo de transferência.
Em casos de sequestro, nada vai ser seguro.
Em casos de sequestro, nada vai impedir a ação do bandido. Mas existem opções para limitar o uso fraudulento do pix, mesmo se o bandido souber as senhas da vítima: os apps poderiam autorizar a transferência apenas através de reconhecimento facial ou biométrico… ou duas opções juntas.
Um delay de 24h pra atualizar já ajudaria. Sequestro relâmpago é fácil para o bandido, pois em minutos ele te rouba. Agora, se tiver que te segurar por 24 horas, a logística é completamente diferente (e a pena é muito maior).
E eles ligam pra isso ?
Enquanto não construírem uma prisão em uma ilha artificial, no fundo do oceano, sem acesso ao mundo externo, nada vai os impedir.
É mais que afeta a relação dinheiro/tempo, já que o sequestro vai ter que demorar 24 horas.
Se agora é possível sequestrar X pessoas numa madrugada, com um delay de 24 horas esse número diminui.
Eu não sei como é a demografia atual de pessoas sequestradas, mas imagino que como o pix é rápido, a opção de sequestrar o máximo de gente possível e transferir o que tiver disponível na conta seja uma opção atraente.
Se for implementado um delay, o que pode acontecer é o sequestro passar a ser focado ainda mais em pessoas que tem cara de possuir mais dinheiro em conta, já que o valor transferido vai ter que ser maior para valer a pena esperar o período de delay.
Mais uma vez, não acho que os bancos devam mudar ou piorar feature em decorrência da criminalidade. Quem deve fazer algo nesse caso é o estado, cumprindo sua função de manter a população segura.
Sim, mas as soluções que o Estado precisa adotar são todas de longo prazo e a situação requer uma solução praticamente imediata.