Armazenamento expansível em smartphones deixou de ser essencial/necessário?

Olá, pessoal, gostaria de levantar uma discussão sobre esse tema.

Houve um tópico aqui falando sobre isso, mas ele era bem específico (pra um determinado aparelho e um fim particular). Porém, eu gostaria de tratar dessa questão de forma geral. Vou começar dizendo o que penso:

Cartão de memória deixou de ser algo essencial pra mim, desde meus tempos com o Lumia 920. Meu atual aparelho (Galaxy Note10+) tem 500 GB de armazenamento (é espaço pra dedéu, nunca nem cheguei perto da metade). Já cheguei a gravar vídeos longos (coisa de 30-40 min / 4K60fps), e ficava ali, no máximo, em torno de 15-20 GB cada um. De apps instalados, mais de 100 (alguns deles, como Spotify, Lightroom, HBO Max, alguns jogos, com vários gigas). O armazenamento não enche nem que eu queira. Claro, vez ou outra eu transfiro alguns arquivos pro meu PC e faço uma limpeza nas pastas que acumulam arquivos (Telegram, WhatsApp). Aqui está um panorama atual de como se encontra:

Uma coisa que nunca gostei foi de ter que ficar tirando e colocando cartão no celular e no leitor do PC. Praticamente já não uso mais pendrive, e quando quero transferir algo pro PC (geralmente arquivo grande), uso o cabo USB (muito mais prático que se fosse pelo cartão). Fora que nem é todo cartão que mantém a velocidade de leitura alta no smartphone, e os que o fazem são muito caros (ter que gastar dinheiro à parte com isso, principalmente aqui nesse país, é insensatez), e eu nem gostaria de ter dor de cabeça com erros na instalação e execução de apps, caso eu quisesse mesclar o armazenamento do aparelho com o cartão.

Enfim, até onde eu posso ver, há duas justificativas que talvez façam alguém pensar em querer ter um cartão de memória, embora pra mim nenhuma delas se sustente. A primeira é a segurança dos arquivos: no caso de um smartphone deixar de funcionar, por cair na água, queimar a placa (bem remota essa). Mas nesse caso, se você tem sincronização e backup ativado no celular, nem precisa se preocupar com isso, uma vez que tudo fica salvo na nuvem e atualizado periodicamente. Além do mais, se precisa proteger arquivos muito grandes (vídeos, por exemplo) que foram gravados numa viagem, passeio, etc, basta chegar e passar pra um computador (pessoas com pensamento assim, geralmente tem 2-3 backups, no mínimo, certo?). Fora que os smartphones atuais tem um nível de proteção muito robusta. Celular cair na água já não é mais motivo de espanto.

A outra justificativa é de um trabalho profissional, que exige muito armazenamento para arquivos de qualidade alta. Mas nesse caso, há alguns pontos a serem considerados. Primeiro, quem tem um trabalho desse porte, não vai usar um celular como ferramenta principal, certo? E se usar, em segundo lugar, os smartphones atuais já contam com armazenamento interno de até 1 TB (!). Como vai lotar um espaço desses? Vai usar o celular como câmera de vigilância? Mas digamos que use até o limite. Não é possível que não tenha um desktop pra fazer a transferência de arquivos (afinal, é no desktop que um trabalho desse tipo é feito, certo?). Fora a questão dos backups.

Mas e o que vocês acham? Há ainda alguma discussão a se fazer em torno desse assunto, ou é unânime a posição de que já se passou a era do armazenamento expansível nos smartphones?

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Como disse eu em outro tópico sobre o assunto, eu gosto de separar os conteúdos, deixar os apps na memoria do celular e o que não precisar obrigatoriamente estar lá, eu jogo no SD, faço isso mesmo agora com meu atual celular que tem 128GB.
Faço a mesma coisa no meu PC, onde tenho um SSD de 500GB que possui o windows e alguns jogos mais modernos, e tenho 2 HDDs, 1 de 1TB e 1 mais novo de 4TB, onde deixo as coisas que não precisam do desempenho do SSD, como fotos, videos, jogos antigos.

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Uma justificativa pode ser preço.

Eu acho que ainda é mais barato (pelo menos lá fora) comprar um celular com menos armazenamento e um cartão de memória de 1TB do que um celular com 1TB de armazenamento. Principalmente porque quanto maior o armazenamento, normalmente mais RAM tem, o que acaba encarecendo mais.

Fora que os pontos que você colocou sobre segurança são válidos para aparelhos mais de ponta. Aparelhos intermediários e de entrada não possuem, até onde eu saiba, uma proteção tão robusta, seja contra água, seja estrutural mesmo. Se você quebrar o celular a ponto de não conseguir mais ligar a tela, talvez tenha que trocar a tela pra poder recuperar os arquivos, o que é um inconveniente que não se teria com memória expansível.

De qualquer forma, sim, existe hoje soluções para a dispensa da memória expansível, assim como cada pessoa tem seu método para gerenciar os arquivos. Eu ainda acho que a melhor opção é deixar o cliente escolher se quer usar ou não. Afinal, retirar o slot do microSD não libera tanto espaço assim (provavelmente libera menos do que retirar a entrada fo fone de ouvido que não alterou em praticamente nada no tamanho físico dos aparelhos ou da bateria), não muda tanto o peso do aparelho e não economiza tanto em material, então não me parece, a primeira vista, tão vantajoso retirar.

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Depende… em smartphones com espaço “ilimitado”? Sim… bem dispensável. No meu Redmi7 com 32GB? Preciso de MicroSD.

Vai depender muito do uso.

Se faz muito vídeo, sim, será preciso a expansão. Há modelos qu permitem cartão adicional de 1 ou 2 TB.

Usuário comum, 256 GB do interno será mais que suficiente.

A aplicação é que vai mandar, quanto a expansão ou não.

Acho que ainda não chegamos no ponto do sd ser dispensável pq a maioria dos celulares ainda tá abaixo dos 256gb de armazenamento interno, quando chegarmos nesse patamar aí sim.

E pra que tirar o sd pra passar os arquivos pro PC? Eu sempre preferi passar pelo cabo e deixar o sd paradinho no lugar dele. Se for pouca coisa vai no Wi-Fi mesmo.

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Eu cheguei a usar, mas como eu armazeno tudo na nuvem, não fazia muito uso.
Como o colega disse, os melhores cartões em termos de velocidade são mais caros.

Pra mim 128Gb atende e fotos vão pra nuvem. Raramente faço vídeos, então é algo q não me preocupa.
Meu smartphone hoje tem só o essencial. Faz tempo q não fico enchendo o aparelho de apps q não uso com regularidade. Jogos então, faz tempo q não instalo nada, até porque não tenho tempo pra jogo.

Tendo em vista que a grande maioria da população compra celulares de entrada ou intermediários mais baratos, o SD continua fundamental. Até porque muita gente nem sabe usar aplicativos de nuvem, ou nem tem computador pra sincronizar.

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De 128gb pra cima só acho essencial um SD se vc não armazena nada em nuvem e faz questão sabe-se lá pq q todos os seus vídeos e fotos fiquem armazenados apenas localmente (e depois chorar q perdeu tudo pq o celular deu pau ou foi roubado).
Abaixo disso acho que depende do uso de casa um, 64gb pode ser de boa pra quem não filma muito e não tem nenhum jogo pesado ou algo assim, com 32gb já acho praticamente obrigatório usar um SD, 32gb hj é nada pro android.

No meu caso, desde q tive 128gb no celular em 2018 nunca mais usei, até pq passei a fazer mais backup em nuvem e quando formato ou troco de celular fica tudo lá, não baixo de novo, é uma feature que pra mim é irrelevante, mas não posso dizer q é pra todo mundo. Quem não tem aquele parente q tem um zilhão de fotos e vídeos do wpp tanto recebidos quanto enviados?

É um problema mesmo, só não sofria com isso quem tinha motorola enquanto o google fotos era gratuito.

Mas aí acho q nem precisa né, google fotos e one drive fazem isso sozinhos depois q vc configura.

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Esses serviços tem limite de espaço gratuito, para muitas pessoas é melhor pagar uma vez só pelo cartão SD do que ficar pagando por espaço em nuvem.

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isso é muito verdade, apesar de ser muito mais seguro usar a nuvem, os custo mensal dela acaba espantando muitas pessoas, sem falar que o google fotos não é o padrão da maioria dos celulares, e o whatsapp não tem nenhuma função de mandar os arquivos pra nuvem (somente o backup completo), sendo necessário fica gerenciando as fotos e videos que quer salvar, ai fica difícil viver com só 64gb, ou mesmo 128gb em alguns casos.

Eu costumo adotar as coisas antes de virar popular. Nos serviços de streaming não é diferente. Lembro que o primeiro serviço que assinei foi o Last FM a mais de 10 anos, antes de Spotify, Deezer, etc. Desde esse tempo não sei mais como é baixar MP3.

Por conta disso, desde que comprei um S6 em 2016 não sei mais o que é usar Micro SD. E olha que ele tinha 32GB só. Claro, os apps eram muito menores e as fotos e vídeos tinham tamanho muito menor, já que a resolução e qualidade era baixa. De vez em quando precisava limpar a memória, mas nunca foi um problema, já que ia tudo pro Google Fotos (tá lá até hoje).

A partir do Note9 que comprei em 2019, aí é que não sinto a menor falta de espaço. Com 128GB, eram raros os momentos que eu precisava apagar alguma coisa.

Em 2020 troquei por um Note20 com 256GB. NUNCA apaguei nada, nunca mesmo. Estou com exatos 50% livres.

Bom, foram levantados alguns pontos até agora, e eu gostaria de fazer umas considerações:

Sobre a questão de preço, @centauro, infelizmente não tenho como atestar lá fora (aqui, definitivamente não é mais barato). Fora que, se realmente é mais barato, seria mais conveniente (pelos motivos que citei no tópico, sobre como os sistema gerenciaria)? Eu penso que não.

Sobre a questão da escolha, a Apple, por exemplo, jamais deu essa opção, e não conheço um número significativo de pessoas que migraram pro sistema verde, por isso. Muito pelo contrário.

E, pelo que vejo, até smartphones mais baratos estão tendo essas proteções adicionais, antes limitadas aos high-end.

Sobre os smartphones com espaço reduzido, como @Keaton, @Felipe_Silva, @nilberto falaram, esses usuários não vão precisar de tanto espaço assim, devido as limitações do próprio hardware (câmera e processador) e o fim do próprio aparelho: ninguém vai usar smartphone de baixo custo pra lotar de arquivo e apps pesados, certo? Se vai, é bom rever o tipo de aparelho a comprar. Até pq não é só o armazenamento que vai lhes faltar, mas processamento, RAM…

Lembram, também, quando 32GB era muito espaço? Até alguns anos atrás, quem tinha 64GB, tinha um universo de espaço. Hoje, 64GB é praticamente só o sistema. Ou seja, as aplicações estão ficando mais pesadas e os arquivos também. Só que aqui tem dois detalhes:

  1. O armazenamento interno está ficando bem maior do que as aplicações e arquivos que são armazenados. Um usuário comum não vai precisar de mais que 128GB, e já existem aparelhos de baixo custo por aí com esse armazenamento. Com menos que isso (smartphones com 32, 64GB), um usuário deve se contentar só com WhatsApp, Instagram e TikTok, certo? Sendo assim, cada vez mais dispensável a memória expansível. Arquivos importantes, fotos e vídeos pesados, de alta resolução, estão fora do universo de uso desses usuários.

  2. Mesmo com muito espaço, o usuário comum sempre vai chegar num ponto de reclamar da falta dele. Aplicações como WhatsApp e Telegram são comedores de armazenamento como o Chrome é de RAM. Existem formas de combater isso. No próprio app e no gerenciador de arquivos. Você não leva nem 1 minuto, e não é possível que um usuário não esteja disposto a fazer uma verificação dessa ao menos periodicamente (geralmente são os mesmos que instalam antivírus e aqueles apps de limpeza, ue). Penso que, por isso, o problema não está na falta de armazenamento, mas no cuidado com o aparelho. Sendo assim a memória expansível, até pra esses aparelhos, se torna dispensável também.

E vamos ao último ponto: “ah, mas o usuário de smartphone de baixo custo tem muitos arquivos, não tem PC, não quer pagar por um serviço em nuvem e quer se contentar apenas com um cartão de memória, que tira de um aparelho e coloca noutro, quando troca”. Eu só digo isso: tá correndo um risco enorme por arquivos tão importantes que poderia evitar, pensando melhor. Se alguém preza tanto pelos seus arquivos, e eles exigem muito armazenamento, não seria hora de rever os dispositivos que os armazenam?

Mas tem a questão de custo. Nem todo mundo tem 2, 3 ou 5 mil pra dar num aparelho mais potente.
É difícil julgar a necessidade do outro.

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Entendo, e é justamente nesse ponto que eu trabalhei: se eu não tenho condições de arcar com uma configuração melhor, como posso exigir maiores tratos com meus arquivos (i.e. memória expansível num celular de 32GB)? Porque se eu não tenho condições de ter um celular com armazenamento, no mínimo, decente (um Moto G30 ou Galaxy A22 custam, cada, cerca de 1.500), tbm não darei 20% a mais do valor de um aparelho bem simples num cartão de memória minimamente decente (um de 128GB classe 10 não sai por menos de 100 pratas), pra não ter problemas com a perda dos meus arquivos depois (se é que eles são tão importantes e bem numerosos assim).

O raciocínio é simples: se eu tenho tanta exigência com uma maior capacidade de armazenamento é pq minha linha de trabalho/vida pessoal certamente me oferece condições de possuí-la. Claro que isso não é regra, mas é uma lógica inevitável, a julgar pelas premissas.

No mais, penso até que meu tópico fugiu um pouco da pretensão inicial, muito embora eu não tenha deixado claro, de que se tratava da memória expansível em aparelhos, no mínimo, intermediários premium.

Aqui entra a grande vantagem do sd, tu não tem de comprar ele junto com o celular, tu tranquilamente poderia já ter ele quando quando comprou o celular ou comprar ele 1-2 anos depois, assim não ficando tão pesado o seu custo.

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Errado. Bem errado. Algumas pessoas não tem como se dar ao luxo de um smart de 5k. Por exemplo, meu Redmi 7 32GB tem um TF de 64GB e só uns 5GB livres somando ambos. hahaha

Errado de novo.
E ps.: Tem smartphone de menos de 1000 reais com 128GB, só que é positivo.

Quando se trata de foto, boa parte dos usuários de lowend sem PC armazenam os as fotos no Facebook mesmo… a prioridade nem é manter a qualidade e sim ainda ter as fotos.
Rever os dispositivos que o armazenam é complicado porque nem todo mundo pode comprar um smartphone novo à cada 5 anos, por exemplo… hahaha
Por exemplo, quem ganha salário minimo não consegue guardar 5k em 10 anos. Imagina gastar isso à cada 5. (Eu até poderia comprar outro smartphone hoje, mas se o meu funciona, por que eu vou trocar?)

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Exatamente. Eu tenho meu celular há quase 3 anos, e ele tem 32GB. Quando comprei era espaço suficiente, mas hoje é o cartão micro SD que me salva porque não tem como eu comprar outro celular agora.

Como eu costumo ficar bastante tempo com o mesmo celular e ainda repassá-lo a alguém da família depois, eu sempre vou optar por modelos que tenham essa opção.

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Uh… meu Redmi 7 32GB custou uns 790 e paguei 35 reais num cartão de 64GB Netac no Black Friday faz dois anos… não é top em desempenho, mas para armazenar arquivos é o suficiente… (na verdade, foram 3 TF de 64GB U1 + 1 SD de 64GB U1… deu uns 150 reais ao todo)
E como já fazem 2 anos com os 4 cartões sendo usados diariamente sem problema (meu irmão e minha mãe ficaram com os outros dois), posso afirmar com base nessa experiência que a marca até presta pelo preço.
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Está esquecendo dos pais e avós q não sabem o q é fazer limpeza nas pastas do wpp de vez em quanto e se lotam de vídeos e fotos de bom dia. Acredite, esse povo usa memória MUITO mais fácil do que parece.

A questão é mais conhecimento do que disposição. Meu pai apaga as conversas do wpp uma a uma (não é ideial, mas pelo menos não lota a memória) mas não é todo mundo que teve esse aprendizado, a maioria sequer passa perto da aba de configurações. Conheço gente que setou o 2FA e esqueceu a senha e queria q eu “descobrisse”. Na minha bolha eu já ensinei bastante gente a fazer essa limpeza, principalmente a pasta “sent” do wpp que geralmente tem muita coisa e a galera não sabe pq ngm pensou que o wpp gera cópia de coisas q vc manda.

Nisso eu concordo com certeza, mas aí a pessoa corra o risco que ela quer, eu no máximo aviso “vai dar ■■■■■” e quando der eu digo “eu avisei”.

Manda o link desse S22 que vou revender XD

O usuário médio nem sabe o que é e pra q serve um cartão classe 10, muito menos necessita disso num aparelho q vai filmar ESTOURANDO em 1080p@60, sendo q mto provavelmente será a 30. A pessoa vai comprar um cartão de 32-64gb mais baratinho que encontrar e já era. No máximo TALVEZ, bem talvez, reclame q o “celular” ta lento pra abrir o dito vídeo, quando na verdade é o SD, mas fora isso, ela nem vai notar.