A compra de músicas digitais está caindo em desuso?

Ouço e acompanho poucas bandas, para mim não justificava muito assinar um serviço de streaming e pagar mensalmente para ouvir as mesmas músicas, de modo que eu costumava comprar os álbuns lançados digitalmente. Para outras músicas que eu eventualmente ouço, o conteúdo do YouTube supria.

Só que de uns tempos para cá percebi que este tipo de venda está desaparecendo, a Microsoft deixou de vender há um bom tempo e, recentemente, Google também. Será que o futuro das músicas será apenas o streaming?

Se pararmos pra pensar, não faz sentido armazenar localmente. E para o artista compensa mais receber por “visualização”, do que por compra unitária. Comprar você gasta apenas uma vez, já por streaming é uma renda recorrente.

E para o usuário também não faz mais sentido comprar, o futuro é você poder acessar tudo de onde estiver. A sua música está no relógio, no smartphone, no computador …

Óbvio que não tem o charme da mídia física ou da posse em si, mesmo que digital. Conheço pessoas que se orgulhavam de ter uma biblioteca organizada, hoje isso meio que é automático e ainda tem a vantagem das recomendações.

2 curtidas

Eu ouço sempre as mesmas coisas.
Em tese, eu nem precisaria de nenhum streaming, mas é como o colega acima falou - hoje não faz muito sentido ter as músicas apenas localmente.
Claro q existem uns e outros álbuns que não existem no streaming, normalmente coisa de entusiasta, ou coisa muito antiga q não foi digitalizada. Mas, particularmente, não tenho esse preciosismo e, portanto, o streaming me atende hoje.

Como mídia digital muito provavelmente vai virar tudo streaming mesmo, a não ser as bandas que estão no bandcamp que oferecem flac pros audiofilos. Mesmo assim muitos serviços de streaming estão adicionando opções de qualidade de Studio, já tem o Tidal e logo o Spotify deve ter também.
E mídia física vai ser item limitado, para as bandas que fizerem.

Acho que está mais ligado em como a indústria hoje arrecada mais dinheiro, e obviamente, o streaming é a bola da vez. Mesmo com todas as vantagens de se ter tudo em nuvem, a grande desvantagem é que a gente fica refém dela. Basta cair servidor do serviço, do provedor ou simplesmente da operadora, adeus músicas. Ou simplesmente se a gravadora resolver tirar da nuvem como já aconteceu com alguns artistas.

Tenho artistas que ainda consumo mídia física quando é lançada, apenas por coleção mesmo, mas nesses casos que citei, ter eles localmente e fisicamente pode salvar.

Ainda faço minhas compras no iTunes, na maioria de álbuns que não estão no Deezer, aí eu converto eles pra MP3 e faço o upload no Deezer.

Eu pago Spotify mas ainda sou a favor do MP3.
O papo de que o streaming tem tudo é balela. Até de artistas famosos, como o Leonardo, tem álbuns dele que não está disponível lá (tenho todos mídia física original) e dentro de álbuns tem músicas indisponíveis (geralmente por frescura das gravadoras).
Por isso nunca vou abandonar a mídia física, e o pen drive com as mp3 baixadas para ouvir no carro.

1 curtida

Já caiu. Ninguém quer pagar em um único álbum o preço de um mês de assinatura que posso escutar tudo.

Quase ninguém liga mais pro sentindo de “pertencimento” do produto, as pessoas não se importam em saber que não são donas de nenhuma das músicas que pagam pra ouvir pela plataforma.

1 curtida

O streaming de músicas tem praticamente uma grande facilidade de acesso. O YouTube praticamente tem todas as músicas do mundo. Os principais serviços de streaming também tem planos gratuitos com propagandas. Isso deixa o download de música digital algo restrito a audiófilos.
O streaming de músicas, por outro lado, alavancou a pirataria com rips de sites de streaming, o que torna a música praticamente gratuita.
Acho também que falta diferenças grandes entre os principais serviços de música. Spotify e Apple Music tem o maior acervo.
Resta agora a briga dos podcasts. Podcasts exclusivos é algo que muitos serviços de streaming de aúdio querem.

Embora comprei muito pouco mídia física e digital sempre que posso faço isso com artistas menores ou que sejam independentes. Dificilmente as pessoas vão querer largar o modelo de streaming e hoje elas são uma grande vitrine, o que é super importante para divulgação.

Por outro lado esse modelo só piora pra os músicos no sentido de remuneração, já que basicamente não paga nada por reprodução. Se for independente essa situação piora já que o custo pra gravar ainda não é algo tão baixo, e pagar toda produção do álbum pra depois receber centavos é inviável. Claro que também para o músicos com uma grande quantidade de reprodução esse problema de remuneração por vezes acontece devido aos acordos com gravadoras.

Acredito que no futuro mais artistas iram recorrer a montar grupos de apoio financeiro. Mas vale lembrar que nos últimos anos mídia física teve um aumento nas vendas, e salve engano digital também, então acredito que tá longe de morrer o modelo de comprar um álbum.

The music streaming debate: what the artists, songwriters and industry insiders say | Music streaming | The Guardian

Este tópico foi fechado automaticamente 30 dias depois da úlima resposta. Novas respostas não são mais permitidas.